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Como acabar com a cultura machista numa empresa

Comportamento machista no ambiente de trabalho parece coisa do passado. Será?

Mulher em meio a homens (Getty Images)

Mulher em meio a homens (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2016 às 15h00.

Pequenas atitudes que ajudam a acabar com a cultura machista dentro de uma empresa
Escrito por Lyana Bittencourt, especialista em empreendedorismo

Comportamento machista parece coisa do passado. Será?

Infelizmente não, ainda existem em nosso país muitas empresas que, consciente ou inconscientemente, têm executivos que cultivam essa cultura.

Dentre as razões para isso está o próprio comportamento do executivo principal. Se ele dá o exemplo, é normal que os demais acabem tendo o mesmo comportamento.

Outro aspecto que contribuiu com isso no passado foi o comportamento da mulher, influenciada pela ideia coletiva vinda de seus avós e pais, de que ela nasceu para ser esposa, mãe e dona de casa.

A mulher assumiu esse comportamento e custou para se impor no meio profissional, muitas vezes se colocando numa situação de inferioridade.

Hoje a realidade é outra. Já temos mães que se destacaram no mercado de trabalho e vêm influenciando suas filhas com outro modo de pensar e agir. Muitas mulheres se destacam hoje na área profissional assumindo posições que no passado só os homens assumiam. Algumas inclusive liderando grandes corporações e mostrando a que vieram, gerando resultado e destaque para a empresa.

Para eliminar a cultura machista em uma empresa, um ponto importante é a atuação do profissional de Recursos Humanos. Ele deve ter uma cabeça aberta e livre de preconceitos.

Por exigência de sua profissão, deve procurar sempre equilibrar, nas posições dentro da empresa, mulheres e homens. E, se notar que existem comportamentos machistas na empresa, fazer um trabalho de conscientização, evitando que isso se consolide e gere problemas internamente para as mulheres e para a empresa.

Estamos vivendo em um mundo totalmente global e digital, em que tudo se conhece e se compartilha. As pessoas não ficam mais caladas quando se sentem desconfortáveis com determinadas situações ou atitudes. As empresas precisam ficar atentas a este comportamento atual.

As empresas também não podem ignorar a nova geração. Eles têm outra cabeça, já nasceram no mundo digital e defendem e valorizam aspectos e valores muito diferentes da geração passada. Querem saber, por exemplo, se as empresas cuidam do meio ambiente, qual o propósito da marca, como ela se posiciona no mercado, como trata seus funcionários e qual é a cultura dessa empresa.

Uma cultura machista com certeza não será bem vista.

Portanto, preconceitos, racismo e machismos não cabem mais no mundo atual. Quem pratica está na contramão da evolução, parou no tempo.

Lyana Bittencourt é diretora de marketing e desenvolvimento do Grupo Bittencourt.

Envie suas dúvidas sobre empreendedorismo feminino para pme-exame@abril.com.br.

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