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Capital paulista deve ter ‘Poupatempo’ para comerciante

Futuro secretário de Desenvolvimento Econômico pretende criar um "balcão único" para resolver as pendências burocráticas enfrentadas pelos pequenos e médios comerciantes

Poupatempo: a ideia é estabelecer um canal direto, onde qualquer empreendedor possa resolver desde o atraso no pagamento de multas a pedidos de licença (Prefeitura de Votuporanga/Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 08h16.

São Paulo - A gestão Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo ainda não começou, mas os secretários escolhidos pelo petista já planejam as primeiras medidas práticas. Da lista de 26 secretarias municipais, uma delas ganhou dupla função.

A partir de janeiro, as ações direcionadas ao microempreendedor serão desenvolvidas pelo futuro secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, vereador Eliseu Gabriel (PSB). Ao assumir, ele promete criar um "balcão único" para resolver as pendências burocráticas enfrentadas pelos pequenos e médios comerciantes.

A ideia é estabelecer um canal direto, com atendimento rápido, onde qualquer empreendedor possa resolver desde o atraso no pagamento de multas a pedidos de licença, independentemente do tipo de negócio. A inspiração está no modelo adotado pelo governo estadual na criação da rede Poupatempo. A política favoreceria cerca de 980 mil comerciantes em situação irregular na capital.

"São Paulo não é uma cidade amiga do empreendedor hoje, daquele pequeno empresário que gostaria de abrir uma pizzaria no Tatuapé, na zona leste, por exemplo. Esse comerciante nem abriu seu estabelecimento e já está levando multa", afirma o futuro secretário, eleito em outubro para um quarto mandato consecutivo na Câmara Municipal - seu suplente é Alessandro Guedes (PT), que estreia no Legislativo em 2013.

O futuro secretário critica o modelo de atendimento em vigor na gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD). "Centenas de pessoas desistem de abrir um negócio na capital por causa da burocracia, das multas. Aqui, é tudo muito difícil de conseguir. A Prefeitura tem de mudar esse quadro."


Outra dificuldade apontada por Eliseu diz respeito à obtenção de alvarás, cujas regras são consideradas rígidas. Para não prejudicar quem tenta se regularizar, o futuro secretário promete lutar pela ampliação do período de inscrição do chamado "alvará provisório", que expira em 13 de março. Aprovado pela Câmara Municipal em novembro do ano passado, ele dá quatro anos de prazo para o comerciante ficar em dia com a Prefeitura.

Professor de Física na USP, Eliseu é um dos poucos parlamentares que encamparam temas da classe média paulistana nos últimos anos. Ele esteve entre os líderes de movimentos que lutaram pelo tombamento da fachada do Cine Belas Artes e contra a venda de um terreno no Itaim-Bibi, na zona sul, conhecido como "quarteirão da cultura". Também lutou, sem sucesso, pela aprovação de um projeto de lei que estabeleceria a educação em tempo integral na rede municipal de ensino.

Agência

Agora secretário, ele promete modernizar a pasta com o objetivo de atrair mais investidores à cidade. Para isso, Eliseu também vai assumir o comando da Agência São Paulo de Desenvolvimento, promessa de campanha de Haddad.

Estima-se que São Paulo tenha hoje cerca de 600 mil empreendedores de pequeno e médio portes. Ao anunciar a escolha do vereador, o prefeito eleito ressaltou que a Prefeitura deve conceder apoio jurídico, de crédito e educação profissional para o cidadão que deseja desenvolver seu negócio.

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São Paulo - A gestão Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo ainda não começou, mas os secretários escolhidos pelo petista já planejam as primeiras medidas práticas. Da lista de 26 secretarias municipais, uma delas ganhou dupla função.

A partir de janeiro, as ações direcionadas ao microempreendedor serão desenvolvidas pelo futuro secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, vereador Eliseu Gabriel (PSB). Ao assumir, ele promete criar um "balcão único" para resolver as pendências burocráticas enfrentadas pelos pequenos e médios comerciantes.

A ideia é estabelecer um canal direto, com atendimento rápido, onde qualquer empreendedor possa resolver desde o atraso no pagamento de multas a pedidos de licença, independentemente do tipo de negócio. A inspiração está no modelo adotado pelo governo estadual na criação da rede Poupatempo. A política favoreceria cerca de 980 mil comerciantes em situação irregular na capital.

"São Paulo não é uma cidade amiga do empreendedor hoje, daquele pequeno empresário que gostaria de abrir uma pizzaria no Tatuapé, na zona leste, por exemplo. Esse comerciante nem abriu seu estabelecimento e já está levando multa", afirma o futuro secretário, eleito em outubro para um quarto mandato consecutivo na Câmara Municipal - seu suplente é Alessandro Guedes (PT), que estreia no Legislativo em 2013.

O futuro secretário critica o modelo de atendimento em vigor na gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD). "Centenas de pessoas desistem de abrir um negócio na capital por causa da burocracia, das multas. Aqui, é tudo muito difícil de conseguir. A Prefeitura tem de mudar esse quadro."


Outra dificuldade apontada por Eliseu diz respeito à obtenção de alvarás, cujas regras são consideradas rígidas. Para não prejudicar quem tenta se regularizar, o futuro secretário promete lutar pela ampliação do período de inscrição do chamado "alvará provisório", que expira em 13 de março. Aprovado pela Câmara Municipal em novembro do ano passado, ele dá quatro anos de prazo para o comerciante ficar em dia com a Prefeitura.

Professor de Física na USP, Eliseu é um dos poucos parlamentares que encamparam temas da classe média paulistana nos últimos anos. Ele esteve entre os líderes de movimentos que lutaram pelo tombamento da fachada do Cine Belas Artes e contra a venda de um terreno no Itaim-Bibi, na zona sul, conhecido como "quarteirão da cultura". Também lutou, sem sucesso, pela aprovação de um projeto de lei que estabeleceria a educação em tempo integral na rede municipal de ensino.

Agência

Agora secretário, ele promete modernizar a pasta com o objetivo de atrair mais investidores à cidade. Para isso, Eliseu também vai assumir o comando da Agência São Paulo de Desenvolvimento, promessa de campanha de Haddad.

Estima-se que São Paulo tenha hoje cerca de 600 mil empreendedores de pequeno e médio portes. Ao anunciar a escolha do vereador, o prefeito eleito ressaltou que a Prefeitura deve conceder apoio jurídico, de crédito e educação profissional para o cidadão que deseja desenvolver seu negócio.

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