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Brasil vai usar experiência europeia em economia local

Brasília - O Brasil vai usar a experiência europeia para criar oportunidades de negócios em seus arranjos produtivos locais (APLs) durante grandes eventos como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. As medidas para fomentar esses negócios e tornar os APLs mais competitivos estão sendo discutidas hoje (30) e amanhã (1º), […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O Brasil vai usar a experiência europeia para criar oportunidades de negócios em seus arranjos produtivos locais (APLs) durante grandes eventos como a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. As medidas para fomentar esses negócios e tornar os APLs mais competitivos estão sendo discutidas hoje (30) e amanhã (1º), em Brasília, no seminário Brasil – União Europeia: Inovação em Arranjos Produtivos.

"Vamos mostrar o que é tendência nos APLs da Europa e como eles usam a inovação para construir modelos de negócio mais competitivos", afirmou o diretor de Fomento à Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Marcos Vinícius Souza.

Os APLs são aglomerações de empresas de um mesmo ramo em uma mesma região que interagem e também desenvolvem parcerias com atores locais, como instituições de ensino e governos.

Durante o evento, será relatada a visita de uma delegação brasileira a vários países europeus para observar como eles usam a inovação para incrementar a economia dos APLs, também chamados de clusters (aglomerações, em português). Em seguida, especialistas e representantes do governo irão discutir o que pode ser aplicado na realidade brasileira.

Para Souza, as estratégias europeias em setores tradicionais, como confecção, têxtil, e de madeira e móveis, podem ajudar o Brasil. Esses setores inovaram para competir com produtores da China e de países do Leste Europeu. O diretor destaca que a inovação não deve ser entendida somente como avanço tecnológico e melhoramento genético, mas também como uma maneira diferente de trabalhar as marcas.

Outro ponto a ser considerado é a prática do continente de recepcionar eventos internacionais. "Grande parte dessa experiência vai ser usada na Copa. Vimos como as políticas públicas europeias criam oportunidades em eventos de grande mobilização, como as Olimpíadas de Londres, e conseguem alavancar alguns clusters", disse Marcos Vinícius.

Segundo ele, para que isso ocorra, o Brasil precisa superar a desarticulação de órgãos federais, estaduais, municipais e associações empresariais. "Depois de conscientizar e unir os atores, vamos mapear quais investimentos podem beneficiar as APLS", disse.

Para o secretário de Políticas de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, Henrique Villa, o crescimento dos clusters deve ser tratado com tema relevante. "Eles são uma ferramenta importante para diminuir as desigualdades sociais", disse.
 

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