PME: segundo estimavas do governo federal, deverão ser disponibilizados 40 bilhões de reais para o financiamento das folhas de pagamento dessas empresas (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2020 às 12h47.
Última atualização em 27 de março de 2020 às 12h53.
Bradesco, Santander e Itaú Unibanco anunciaram, nesta sexta-feira (27), a adesão ao fundo emergencial voltado para o financiamento da folha de pagamento de pequenas e médias empresas (com faturamento anual de até 10 milhões de reais). O objetivo é garantir a sobrevivência dos pequenos negócios e, consequentemente, preservar postos de trabalho no segmento que é o maior gerador de empregos da economia.
A linha, que financiará dois meses de folha de pagamento, receberá 85% de funding do Tesouro Nacional, recursos que serão aportados em um fundo a ser administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e 15% dos próprios bancos, que serão responsáveis pelo repasse dos recursos a seus clientes.
Os tomadores terão seis meses de carência e o pagamento parcelado em até 36 meses, com uma taxa de juros equivalente ao CDI, ou seja, sem cobrança de spread. As empresas clientes dos bancos que solicitarem os recursos para o financiamento da folha de pagamento serão submetidas à análise de crédito das instituições financeiras.
Segundo estimavas do governo federal, deverão ser disponibilizados 40 bilhões de reais para o financiamento das folhas de pagamento dessas empresas.
Segundo o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em nota, este é mais um passo que os bancos privados de varejo dão, em parceria com o governo federal, para proteger a economia brasileira da crise gerada pela pandemia do coronavírus. "Por meio da oferta de linhas para o pagamento dos salários dos funcionários dos nossos clientes, iremos contribuir de modo decisivo para manter empregos e renda a milhares de trabalhadores.”
O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, avalia que a medida dará fôlego para milhões de empreendedores neste momento de dificuldade econômica. “Este é um exemplo claro de como parcerias entre o setor público e o setor privado podem contribuir para o bem-estar da sociedade”, afirma.
Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil, destaca a tempestividade da iniciativa. “Faremos com que o capital de giro chegue às pequenas empresas com o único propósito de manutenção de empregos, de forma a manter a atividade econômica viável e a permitir o retorno do crescimento assim que possível", afirma o executivo.