As oportunidades para quem quer empreender em educação
Quer empreender no setor de educação? As oportunidades são gigantescas. Então veja as principais oportunidades no setor.
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2016 às 15h07.
As oportunidades para quem quer empreender no setor de educação
Escrito por Antônio Carlos Guarini Perpétuo, especialista em empreendedorismo
A educação é o vetor mestre para o crescimento pessoal e para o desenvolvimento de um país, o que faz deste setor uma fonte permanente de oportunidades para empreendedores . Prova disso é a grande movimentação do setor, com muitas fusões e aquisições nos últimos anos, contando com a chegada de grandes grupos educacionais e fundos de investimento internacionais. A movimentação, que em um primeiro momento esteve muito focada no ensino superior, agora chega ao ensino fundamental, cursos livres, soluções tecnológicas e com muito espaço para pequenos e médios investidores.
As oportunidades são gigantescas, principalmente em virtude da inovação e das mudanças que hoje são exigidas no processo ensino/aprendizagem. Para poder mapear e identificar reais oportunidades, é fundamental ter uma visão ampla do setor, conhecendo quais são as grandes tendências educacionais que dominarão o mundo nos próximos anos.
Vou tratar hoje de três grandes tendências, irreversíveis, e que abrem caminhos promissores para quem quer investir em educação. A primeira são as soluções tecnológicas. É impressionante a quantidade de produtos educacionais que chegam ao mercado. Parece que em cada fundo de garagem há uma startup dedicada a desenvolver soluções como plataformas, softwares e aplicativos para conteúdos embarcados, sistemas de ensino, sistemas de avaliação de desempenho, sistemas de gestão e uma infinidade de outra áreas. O risco desse nicho está na dificuldade em se desenvolver um modelo de negócios vencedor, pois a oferta alta gera fortíssima concorrência, além de que os produtos dessa área se tornam obsoletos muito rapidamente.
A segunda grande tendência é a neuroeducação, conceito que se tornou recentemente o queridinho do setor de educação: aqui é o caso de onde muito se fala e pouco se produz. Neuroeducação é a neurociência aplicada aos processos de aprendizagem. É o estudo do que ocorre com o cérebro no momento do estímulo: qual o papel e função de cada região cerebral, quais são os estímulos corretos, de que maneira esses estímulos chegam, de que forma as memórias se consolidam e como acessamos as informações que absorvemos. Por ser uma ciência muito nova, há muita teoria, mas as soluções práticas ainda são muito incipientes.
Os avanços e descobertas da neurociência ligadas ao processo de aprendizagem, que antes desconhecíamos, representam um universo de possibilidades que não pode mais ser ignorado. Acredito que a grande revolução ocorrerá no ensino infantil e anos iniciais, transformando os educadores em verdadeiros escultores do cérebro.
A terceira tendência é uma completa mudança de paradigma, onde o foco do ensino passa a ser o desenvolvimento das habilidades cognitivas e socioemocionais, as chamadas habilidades do século 21, em detrimento do ensino centrado no conteúdo. Isso já vem acontecendo nos países que são referências em sistemas de ensino, como Finlândia e Coréia, e é unanimidade entre os grandes pensadores da educação mundial na atualidade.
Hoje, com o conhecimento e informação disponíveis na web, e levando em conta a velocidade do avanço das tecnologias, “as escolas devem focar no desenvolvimento da capacidade de análise e síntese, pois o indivíduo adulto, ou seja, os profissionais precisam ter a mente mais flexível e devem ser capazes de raciocinar sobre questões das quais jamais ouviram falar – no exato instante em que se apresentam” (Andréas Schleicher, diretor da OCDE e criador do teste PISA, que avalia a qualidade do ensino mundial).
Órgãos internacionais como Banco Mundial, BID, CEPAL, UNESCO, UNICEF e OCDE realizam estudos e produzem inúmeras publicações e indicadores, largamente difundidos, revelando as lacunas que existem no segmento da educação de crianças, jovens e adultos ao redor do mundo, sinalizando inúmeras oportunidades de negócio. Cabe aos que buscam empreender em educação ficarem atentos, pois os negócios neste setor devem estabelecer vínculos com as atividades produtivas, meio ambiente e sustentabilidade, saúde e longevidade, valores e culturas.
Se há uma área para empreender e que vem apresentando crescimento muito acima do PIB nos últimos anos, esta área é a de Educação, na qual o mercado brasileiro está entre os maiores do mundo e movimenta mais de R$ 100 bilhões por ano, sem incluir a área governamental.
Enfim, há inúmeras oportunidades para se empreender no setor, mas isso exige muito conhecimento, criatividade e inovação. Bons negócios!
Antônio Carlos Guarini Perpétuo é dono da rede de franquias Supera Ginástica para o Cérebro.
Envie suas dúvidas sobre empreendedorismo parapme-exame@abril.com.br.
As oportunidades para quem quer empreender no setor de educação
Escrito por Antônio Carlos Guarini Perpétuo, especialista em empreendedorismo
A educação é o vetor mestre para o crescimento pessoal e para o desenvolvimento de um país, o que faz deste setor uma fonte permanente de oportunidades para empreendedores . Prova disso é a grande movimentação do setor, com muitas fusões e aquisições nos últimos anos, contando com a chegada de grandes grupos educacionais e fundos de investimento internacionais. A movimentação, que em um primeiro momento esteve muito focada no ensino superior, agora chega ao ensino fundamental, cursos livres, soluções tecnológicas e com muito espaço para pequenos e médios investidores.
As oportunidades são gigantescas, principalmente em virtude da inovação e das mudanças que hoje são exigidas no processo ensino/aprendizagem. Para poder mapear e identificar reais oportunidades, é fundamental ter uma visão ampla do setor, conhecendo quais são as grandes tendências educacionais que dominarão o mundo nos próximos anos.
Vou tratar hoje de três grandes tendências, irreversíveis, e que abrem caminhos promissores para quem quer investir em educação. A primeira são as soluções tecnológicas. É impressionante a quantidade de produtos educacionais que chegam ao mercado. Parece que em cada fundo de garagem há uma startup dedicada a desenvolver soluções como plataformas, softwares e aplicativos para conteúdos embarcados, sistemas de ensino, sistemas de avaliação de desempenho, sistemas de gestão e uma infinidade de outra áreas. O risco desse nicho está na dificuldade em se desenvolver um modelo de negócios vencedor, pois a oferta alta gera fortíssima concorrência, além de que os produtos dessa área se tornam obsoletos muito rapidamente.
A segunda grande tendência é a neuroeducação, conceito que se tornou recentemente o queridinho do setor de educação: aqui é o caso de onde muito se fala e pouco se produz. Neuroeducação é a neurociência aplicada aos processos de aprendizagem. É o estudo do que ocorre com o cérebro no momento do estímulo: qual o papel e função de cada região cerebral, quais são os estímulos corretos, de que maneira esses estímulos chegam, de que forma as memórias se consolidam e como acessamos as informações que absorvemos. Por ser uma ciência muito nova, há muita teoria, mas as soluções práticas ainda são muito incipientes.
Os avanços e descobertas da neurociência ligadas ao processo de aprendizagem, que antes desconhecíamos, representam um universo de possibilidades que não pode mais ser ignorado. Acredito que a grande revolução ocorrerá no ensino infantil e anos iniciais, transformando os educadores em verdadeiros escultores do cérebro.
A terceira tendência é uma completa mudança de paradigma, onde o foco do ensino passa a ser o desenvolvimento das habilidades cognitivas e socioemocionais, as chamadas habilidades do século 21, em detrimento do ensino centrado no conteúdo. Isso já vem acontecendo nos países que são referências em sistemas de ensino, como Finlândia e Coréia, e é unanimidade entre os grandes pensadores da educação mundial na atualidade.
Hoje, com o conhecimento e informação disponíveis na web, e levando em conta a velocidade do avanço das tecnologias, “as escolas devem focar no desenvolvimento da capacidade de análise e síntese, pois o indivíduo adulto, ou seja, os profissionais precisam ter a mente mais flexível e devem ser capazes de raciocinar sobre questões das quais jamais ouviram falar – no exato instante em que se apresentam” (Andréas Schleicher, diretor da OCDE e criador do teste PISA, que avalia a qualidade do ensino mundial).
Órgãos internacionais como Banco Mundial, BID, CEPAL, UNESCO, UNICEF e OCDE realizam estudos e produzem inúmeras publicações e indicadores, largamente difundidos, revelando as lacunas que existem no segmento da educação de crianças, jovens e adultos ao redor do mundo, sinalizando inúmeras oportunidades de negócio. Cabe aos que buscam empreender em educação ficarem atentos, pois os negócios neste setor devem estabelecer vínculos com as atividades produtivas, meio ambiente e sustentabilidade, saúde e longevidade, valores e culturas.
Se há uma área para empreender e que vem apresentando crescimento muito acima do PIB nos últimos anos, esta área é a de Educação, na qual o mercado brasileiro está entre os maiores do mundo e movimenta mais de R$ 100 bilhões por ano, sem incluir a área governamental.
Enfim, há inúmeras oportunidades para se empreender no setor, mas isso exige muito conhecimento, criatividade e inovação. Bons negócios!
Antônio Carlos Guarini Perpétuo é dono da rede de franquias Supera Ginástica para o Cérebro.
Envie suas dúvidas sobre empreendedorismo parapme-exame@abril.com.br.