As 60 ideias de negócios que mais dão certo no Brasil
Veja quais tipos de empresas mais sobrevivem no país, segundo dados do Sebrae
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h17.
São Paulo – Durante muitos anos, a taxa de sobrevivência das pequenas empresas brasileiras era assustadora. Nem 30% dos negócios sobreviviam aos primeiros 2 anos. Segundo o estudo do Sebrae sobre o tema, a média nacional de sobrevivência chegou a 75,6%. O relatório de sobrevivência mediu empresas criadas em 2007 e que tinham informações atualizadas em 2010 na Receita Federal. A taxa foi melhor do que as de 2005 e 2006. Assim, só duas em cada dez empresas criadas em 2007 não completaram dois anos. Para Luiz Barretto, presidente do Sebrae, três fatores foram indispensáveis para isso. “O aumento do mercado interno, a melhora nos níveis de escolaridade dos empreendedores e a reforma tributária que criou o Supersimples foram os principais responsáveis”, diz. Apesar de a sobrevivência ser apenas um dos indicadores de sucesso para pequenas empresas, esta taxa indica que os empresários brasileiros têm superado o período mais crítico dos primeiros dois anos. “São decisivos para a sobrevivência porque ele está começando, não tem expertise, está formando clientela, tem que passar por fases boas e não tão boas”, afirma. Uma boa gestão é um dos principais motivos de sucesso. “É preciso ter bom planejamento, não errar na capacidade financeira, ter controle de caixa, não misturar as finanças e ser atento aos que os concorrentes estão fazendo”, ensina Barretto. Confira a seguir os 60 negócios que apresentaram taxas de sobrevivência acima da média no relatório.
Com a valorização do dólar, o mercado de instrumentos musicais cresceu 12% no ano passado, chegando a faturar mais de 600 milhões de reais. Este tipo de negócio foi o que apresentou a melhor taxa de sobrevivência, com 89%. No total, 314 deste tipo foram criadas em 2007.
O uso de computadores no Brasil cresceu consideravelmente nos últimos anos. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2012), 46% das casas brasileiras já têm um computador. Empresas de fabricação de circuitos integrados e aplicação de tecnologias altamente especializadas tiveram sobrevivência de 86%, e pouco mais de 200 negócios abertos.
A atividade de comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial teve taxa de sobrevivência de 86%, segundo o relatório. Contam também as vendas de partes e peças e não apenas máquinas inteiras. Só o mercado de importação desses itens movimentou 2,4 bilhões de dólares em 2011.
O comércio de material elétrico teve taxa de sobrevivência de 86%, com 1892 empresas abertas. Esta atividade cresce principalmente com o aumento de obras e reformas no país. Na comparação entre as atividades comerciais, este foi o terceiro melhor negócio.
Puxado pelo aumento nas vendas de produtos de cosméticos e também na evolução do mercado de animais de estimação, este negócio apresentou taxa de sobrevivência de 86%. Segundo a Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias, essas empresas têm faturamento médio de 95 mil reais, quando são de pequeno porte.
Este é um setor de mais de 70 bilhões de dólares, ainda controlado fortemente por empresas nacionais. No relatório, a indústria de máquinas tem taxa de sobrevivência de 85%. As barreiras de entrada costumam ser altas e pouco mais de 800 empresas do tipo surgem ao ano.
Assim como o comércio de materiais elétricos, as vendas de tintas e materiais para pinturas foram alavancadas pelo aumento de obras e reformas no país nos últimos anos. A taxa de sobrevivência calculada foi de 85%. A indústria de tintas do Brasil produz 1,4 bilhão de litros de tintas ao ano.
Ao todo, 1345 empresas desta área foram abertas no país em 2007. A taxa de sobrevivência é de 85%, segundo o relatório. O mercado de vidros no Brasil fatura mais de 1 bilhão de reais ao ano.
Móveis, colchões e iluminação entram nessa categoria, com taxa de sobrevivência de 85%. O mercado de decoração de interiores movimenta 5 bilhões de reais ao ano e também se beneficia do aumento de renda da população.
Hoje, mais de 21 milhões de motocicletas circulam pelas ruas do país, criando um mercado enorme para empresas de manutenção e reparos. A taxa de sobrevivência desta atividade foi de 85%, bem acima da média nacional.
Essas duas indústrias, de produtos de metal e minerais não-metálicos, tiveram desempenho bastante parecido, com taxa de sobrevivência de 84%. A primeira inclui estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada para diversas aplicações e a segunda, a fabricação de vidro, cerâmicas e gesso, por exemplo.
A indústria têxtil ficou entre as mais bem colocadas no estudo, com 84% de taxa de sobrevivência e 1330 empresas abertas. Estão nesta categoria fabricantes que preparam as fibras têxteis, a fiação e a tecelagem. No Brasil, a receita total da indústria ultrapassa os 67 bilhões de dólares.
Essa categoria inclui empresas de sapatos, de qualquer material, inclusive os esportivos, e de artigos de viagens, como malas e outros materiais, além de alguns artigos de couro. Segundo o levantamento, a taxa de sobrevivência foi de 84%.
Empresas de construção de edifícios, de compra e venda de imóveis e de serviços de arquitetura estão inclusas nesta categoria que apresentou taxa de 84%. O mercado imobiliário no Brasil tem crescido com a demanda cada vez maior por imóveis próprios.
A taxa de sobrevivência desta indústria é de 83%. Estão incluídos nesta categoria todos os negócios de fabricação de veículos, carrocerias, reboques e semi-reboques para veículos automotores além da produção de peças e acessórios, como estofados.
Apesar do crescimento do mercado digital, a área de impressão de materiais como livros e revistas apresentou taxa de sobrevivência de 83%.
O negócio de venda de ferragens para construção e ferramentas, como martelos e chaves de fenda, por atacadistas apresentou taxa de sobrevivência de 83%. Segundo o relatório, foram constituídas 267 empresas no tipo.
O comércio atacadista de instrumentos médicos, cirúrgicos, ortopédicos e odontológicos inclui estetoscópios, medidores de pressão, bisturis e próteses. Segundo o relatório, foram criadas 507 empresas neste perfil e a taxa de sobrevivência foi de 83%. No caso do varejo, o percentual foi de 82%.
Arados, tratores, cortadores de grama e maquinário para avicultura e apicultura estão entre os principais itens vendidos pelo atacado nesta modalidade. Uma das opções de negócio é o aluguel destes equipamentos em áreas rurais. A taxa de sobrevivência foi de 83%.
Um setor de mais de 4 bilhões de dólares e com cerca de 14 mil empresas estabelecidas. O mercado brasileiro de joias e relógios inclui peças em ouro e metais preciosos e apresentou 83% de taxa de sobrevivência. As bijuterias ficam de fora desta categoria.
A maior parte dos produtos feitos com esses materiais, com exceção de roupas e sapatos, entra nesta categoria. Só a indústria de embalagens plásticas, por exemplo, apresenta receita líquida de 50 bilhões de reais, segundo dados da Associação Brasileira de Embalagem. Estes tipos de negócios tiveram taxa de sobrevivência de 82%.
Os negócios de fabricação de madeira serrada, laminada, compensada, prensada e aglomerada e de produtos de madeira para construção, para embalagem, para uso industrial, comercial e doméstico tiveram taxa de sobrevivência de 82%.
Empresas de vendas no atacado e no varejo de itens como pneus e baterias tiveram taxa de sobrevivência de 82%, segundo o relatório. Estes negócios trabalham, geralmente, com peças e acessórios.
Brinquedos, bicicletas e aparelhos de ginástica estão nesta categoria, que apresentou taxa de sobrevivência de 82%. O mercado de brinquedos, por exemplo, fatura sozinho 4 bilhões de reais ao ano no Brasil.
O comércio varejista especializado em peças e acessórios para aparelhos de uso doméstico teve taxa de sobrevivência de 82%. Nesta atividade, não contam acessórios para informática e comunicação.
Dentro do ramo de construção, essa foi a segunda melhor atividade em taxa de sobrevivência, com 82%. São classificados nesta categoria sistemas de aquecimento, ligação de gás e tubulações de vapor, por exemplo.
No Brasil, são produzidas mais de 6 bilhões de peças de vestuário todos os anos, chegando a 47 bilhões de dólares de faturamento anual. Negócios de confecção de roupas para crianças ou adultos apresentaram taxa de sobrevivência de 81%.
Nesse segmento entram as indústrias especializadas na produção de metais em formas primárias, como laminados, canos e tubos. De acordo com o levantamento, para as 284 empresas constituídas em 2007, a taxa de sobrevivência foi de 81%.
Indústrias que fabricam artefatos de couro e bolsas e de artigos para viagem de qualquer material entram nesta divisão. Em 2007, foram abertas 1885 empresas e, destas, a taxa de sobrevivência foi de 81%.
De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a produção de motocicletas cresceu 14,2% em janeiro se comparado com o mesmo mês do ano passado. Ao todo, foram produzidas 145.302 motocicletas. Das 4021 empresas abertas em 2007, a taxa de sobrevivência foi de 81%.
Mesmo com a facilidade da compra de livros por meio do comércio eletrônico e do acesso a jornais e revistas por meio de tablets e outros dipositivos, os negócios especializados em livros, revistas e papelaria têm o seu espaço. Em 2007, foram constituídas 6372 empresas e dessas 81% sobreviveram.
Neste segmento entram tanto os grandes supermercados quanto os pequenos comércios de bairro. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), as vendas do setor supermercadista cresceram 5,36% em 2013, de acordo com o Índice Nacional de Vendas. Foram abertas 24140 empresas em 2007 e a taxa de sobrevivência foi de 81% após dois anos.
Os consertos de desktops, monitores, laptops, terminais de computação, impressoras, entre outros produtos são especialidades de alguns negócios. Existem várias franquias no mercado que oferecem esse tipo de serviço a domicílio, por exemplo. Das 7152 empresas constituídas, 81% continuaram no mercado.
De acordo com a Associação Brasileira de Celulose e Papel, o Brasil é o quarto maior produtor de celulose do mundo. Foram produzidas 13.977 mil toneladas de celulose em 2012 e 10,260 mil de papel. Das 420 indústrias constituídas em 2007, 80% sobreviveram.
São as empresas que produzem alimentos para uso humano e animal. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação, o faturamento consolidado em 2012 do setor foi de 431,9 bilhões de reais, um crescimento da produção física de 3,59%. Em 2007, foram criadas 3969 empresas e a taxa de sobrevivência foi de 80%.
São negócios que comercializam telefones, intercomunicadores, fax, secretária eletrônica e similares, além de partes e peças para equipamentos de telefonia. Das 2.789 empresas que foram abertas em 2007, 80% sobreviveram.
O mercado de vestuário no país ainda tem espaço para crescer. De acordo com um estudo realizado pela consultoria norte-americana AT Kearney, no ano passado, o Brasil ficou em quinto lugar no ranking dos maiores consumidores de roupas, com 42 bilhões de dólares em vendas. Das 34.757 empresas, a porcentagem de sobrevivência foi de 79% durante o período avaliado.
Segundo a Associação Brasileira de Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o Brasil é o terceiro maior mercado global de produtos do gênero, tendo gasto 42 bilhões de dólares no ano passado. Dos 5.906 comércios abertos em 2007, a taxa de sobrevivência foi de 79%.
Neste segmento entram empresas especializadas no comércio de botijões de gás para domicílios. Em 2007, 3.186 foram constituídas e destas 79% sobreviveram.
Neste segmento entram empresas especializadas em lubrificantes para veículos. Em 2007, 270 foram constituídas e destas 79% sobreviveram.
O sucesso dos bolos caseiros, das brigaderias, dos iogurtes naturais e das padarias artesanais são apenas alguns exemplos que mostram que o mercado ainda tem espaço para diversos tipos de negócio. Das 9.585 empresas abertas, ao longo de dois anos 79% permaneceram no mercado.
De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de eletrodomésticos foi um dos responsáveis pela alta do varejo em novembro do ano passado. Em 2007, foram criados 2412 comércios e 79% sobreviveram.
Empresas especializadas na venda de produtos de cama, mesa e banho estão conquistando cada vez mais espaço no mercado. Segundo dados do IEMI (Instituto de Estudos e Marketing Industrial), em 2011, o varejo de cama, mesa e banho movimentou 12,7 bilhões de reais. Das 6.320 empresas abertas em 2007, a taxa de sobrevivência foi de 79%.
Neste segmento, estão as empresas que oferecem atividades de manutenção e reparação de veículos automotores e motocicletas. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revelam que 3,74 milhões de unidades foram produzidas em 2013, superando em 9,9% as 3,40 milhões de 2012. Em 2007, foram abertas 8.824 empresas e 79% sobreviveram.
Negócios que oferecem hospedagem de curta duração para turistas têm crescido muito. Além de albergues, aplicativos como o Airbnb ajudam pessoas que desejam alugar a casa ou um quarto por um breve período. Dos 2.636 negócios que foram criados, 79% continuaram no mercado.
Hoje, não é preciso muito capital para produzir vídeos sobre diversos assuntos e muitas empresas se especializaram nesse nicho. Alguns empreendedores estão faturando com vídeos de desenhos animados e comédia, por exemplo. Em 2007, 1.666 empresas foram abertas e a taxa de sobrevivência foi de 79%.
Com o aumento de empresas de comércio eletrônico, as entregas dos produtos comprados online também cresceram. De acordo com os números dos Correios de dezembro de 2012, são distribuídos 36,5 milhões de objetos por dia. Hoje, existem empresas especializadas em entregas rápidas por meio de motoboys e até bicicletas. Em 2007, 2.181 empresas foram constituídas e a taxa de sobrevivência foi de 79%.
Segundo a Associação Nacional Para Difusão de Adubos, a produção nacional de fertilizantes intermediários foi de 9.304.713 toneladas no ano passado. Dos 269 comércios abertos nas áreas de defensivos agrícolas, adubos, fertilizantes e corretivos do solo, a taxa de sobrevivência foi de 78%.
Tecidos, linhas, botões, zíperes e outros aviamentos para costura são alguns produtos comercializados por essas empresas. Em 2007, foram criados 488 negócios no setor e 78% sobreviveram depois de dois anos.
Postos de combustíveis e empresas que vendem gás natural para carros fazem parte deste segmento. Das 2.037 empresas que foram constituídas em 2007, a taxa de sobrevivência foi de 78%.
De micro a grandes empresas, a maioria demanda o uso de computadores para auxiliar na gestão do negócio. Em 2007, foram criados 10.832 negócios neste segmento e 78% sobreviveram após dois anos.
De acordo com dados da Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem, do Ministério do Turismo, divulgados no começo do ano passado, mais de 68% dos entrevistados pretendiam viajar para cidades brasileiras e 23% para o exterior. O mercado aquecido favorece as agências e serviços de reservas de hotéis e passagens. Dos 2.299 empreendimentos abertos, a taxa de sobrevivência foi de 78% após dois anos.
Empresas que prestam serviços jurídicos, contábeis ou de auditoria estão neste grupo. Dos 5.073 negócios que oferecem esses serviços, a taxa de sobrevivência foi de 77% após dois anos.
Existem empresas especializadas que lidam com resíduos, seja papel ou metal, e lucram com isso. Em 2007, foram constituídas 1.233 empresas e a taxa de sobrevivência foi de 76% de acordo com o estudo.
Além dos açougues e peixarias tradicionais, há também as butiques de carnes que acharam um nicho no mercado com a venda de cortes diferenciados a preços mais altos. Em 2007, das 4058 varejistas de carnes e pescados, a porcentagem de sobrevivência foi de 76%.
De acordo com o estudo Copa do Mundo FIFA 2014: Mapa de oportunidade para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede realizado pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas, foram identificadas 132 oportunidades na agricultura e pecuária. Das 843 empresas de atacado abertas no começo da pesquisa, 77% continuaram no mercado. No caso das varejistas, 1.857 empresas foram abertas e 76% sobreviveram.
A demanda por instalações elétricas na área de construção deve continuar a crescer porque ainda há muitas obras imobiliárias e de infraestrutura em vigor. De acordo com Abramat, associação que representa esta indústria, as vendas de materiais de construção devem crescer 4,5% neste ano. Em 2007, foram criados 1.506 negócios de instalações elétricas e 76% sobreviveram.
Esse segmento reúne negócios que fornecem transporte de passageiros e cargas por meio de rodovias e ferrovias. Das 19.029 empresas que foram criadas em 2007, a taxa de sobrevivência foi de 76%.