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Angústia de empreendedor tem fundamento

Tem muita gente que nem dorme à noite por achar que tem algo de errado em seus negócios. E quer saber? Quem perde o sono está coberto de razão

Basta investigar um pouco, que a gente sempre acha o que corrigir ou aprimorar num negócio em expansão (Creative Commons/flickr/brookselliot)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2012 às 17h53.

São Paulo - Eu vivo cismando. Ainda que passe­ a impressão de ser um poço de confiança, estou sempre cheio de incertezas na cabeça. Será que tem alguma coisa errada na minha empresa? Estou sendo descui­dado com as finanças e perdendo o controle sobre os custos? Entre todas as alternativas à minha disposição, escolhi a melhor? Investi bem os recursos do meu negócio?

É um sufoco viver com esse tipo de dúvida. Às vezes, me sinto como nos tempos de escola, quando voltava para casa angustiado depois de uma prova difícil.

Ficava me remoendo, pensando se tinha acertado as questões, imaginando se tiraria 10 ou levaria bomba. A aflição só passava quando a professora entregava as notas, às vezes até uma semana depois.

Hoje, é como se eu fosse posto à prova todos os dias. Preciso provar aos fornecedores que sou honesto e vou pagar as contas no prazo para que continuem me dando crédito. Tenho de mostrar aos clientes que comando uma empresa competente para atendê-los.

Diariamente, devo convencer os funcionários de que sou sincero e justo ao avaliá-los. A diferença é que não tem ninguém para dizer no que estou errado.

Até perceber que falhei, posso ter perdido tempo, dinheiro e profissionais preciosos para a continuidade dos negócios. Que saudade da professora, que me corrigia em menos de uma semana!

Conheço muitos empreendedores que vivem com essa mesmíssima sensação de desconforto. Tem gente que nem dorme à noite, pensando em tudo que pode estar fazendo de errado sem perceber.


E quer saber? Eles têm razão em perder o sono. Basta investigar um pouco que a gente encontra algo para corrigir ou aprimorar — ainda mais nos negócios em expansão, em que o perfeito de hoje já estará ultrapassado amanhã.

Meus funcionários dizem que tenho um dedo mágico para encontrar os menores problemas onde ninguém  mais consegue enxergar nada errado. Deve ser porque nunca estou satisfeito.

Às vezes, encontro uma forma de fazer algo de um jeito melhor — e, em seguida, lá estou eu de novo tentando descobrir se não tem como aprimorar mais um pouquinho.

De certa forma, é até bom ficar com a pulga atrás da orelha. Essa inquie­tação permanente me faz rever tudo o que se passa na empresa. Quem pensa que está tudo certo em seu negócio corre o risco de cair no comodismo.

Às vezes, pode parecer um esforço desnecessário, já que nem sei bem do que estou tentando me prevenir. Minha mãe sempre diz que quem procura acha. Ao procurar problemas, encontro oportunidades para melhorar os processos e deixar minha empresa mais eficiente.

Pode até ser que eu perca tempo investigando problemas que, na verdade, não existem. Mesmo assim, no fundo acho que sempre saio ganhando. Uns me chamam de perfeccionista, outros me xingam de paranoico. Será que sou um ou outro? Não sei, também estou em dúvida sobre isso.

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São Paulo - Eu vivo cismando. Ainda que passe­ a impressão de ser um poço de confiança, estou sempre cheio de incertezas na cabeça. Será que tem alguma coisa errada na minha empresa? Estou sendo descui­dado com as finanças e perdendo o controle sobre os custos? Entre todas as alternativas à minha disposição, escolhi a melhor? Investi bem os recursos do meu negócio?

É um sufoco viver com esse tipo de dúvida. Às vezes, me sinto como nos tempos de escola, quando voltava para casa angustiado depois de uma prova difícil.

Ficava me remoendo, pensando se tinha acertado as questões, imaginando se tiraria 10 ou levaria bomba. A aflição só passava quando a professora entregava as notas, às vezes até uma semana depois.

Hoje, é como se eu fosse posto à prova todos os dias. Preciso provar aos fornecedores que sou honesto e vou pagar as contas no prazo para que continuem me dando crédito. Tenho de mostrar aos clientes que comando uma empresa competente para atendê-los.

Diariamente, devo convencer os funcionários de que sou sincero e justo ao avaliá-los. A diferença é que não tem ninguém para dizer no que estou errado.

Até perceber que falhei, posso ter perdido tempo, dinheiro e profissionais preciosos para a continuidade dos negócios. Que saudade da professora, que me corrigia em menos de uma semana!

Conheço muitos empreendedores que vivem com essa mesmíssima sensação de desconforto. Tem gente que nem dorme à noite, pensando em tudo que pode estar fazendo de errado sem perceber.


E quer saber? Eles têm razão em perder o sono. Basta investigar um pouco que a gente encontra algo para corrigir ou aprimorar — ainda mais nos negócios em expansão, em que o perfeito de hoje já estará ultrapassado amanhã.

Meus funcionários dizem que tenho um dedo mágico para encontrar os menores problemas onde ninguém  mais consegue enxergar nada errado. Deve ser porque nunca estou satisfeito.

Às vezes, encontro uma forma de fazer algo de um jeito melhor — e, em seguida, lá estou eu de novo tentando descobrir se não tem como aprimorar mais um pouquinho.

De certa forma, é até bom ficar com a pulga atrás da orelha. Essa inquie­tação permanente me faz rever tudo o que se passa na empresa. Quem pensa que está tudo certo em seu negócio corre o risco de cair no comodismo.

Às vezes, pode parecer um esforço desnecessário, já que nem sei bem do que estou tentando me prevenir. Minha mãe sempre diz que quem procura acha. Ao procurar problemas, encontro oportunidades para melhorar os processos e deixar minha empresa mais eficiente.

Pode até ser que eu perca tempo investigando problemas que, na verdade, não existem. Mesmo assim, no fundo acho que sempre saio ganhando. Uns me chamam de perfeccionista, outros me xingam de paranoico. Será que sou um ou outro? Não sei, também estou em dúvida sobre isso.

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