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Além de influenciador e filantropo, Felipe Neto fundou mais de um negócio

O influenciador digital ganhou as manchetes ao anunciar a intenção de pagar os estudos da menina de 10 anos grávida por estupro. Veja negócios de Neto

O influenciador Felipe Neto: ajuda no marketing de outros influenciadores das redes sociais (Play9/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2020 às 11h49.

Última atualização em 23 de agosto de 2020 às 10h14.

O influenciador digital Felipe Neto ganhou mais uma vez as manchetes neste domingo ao anunciar, no Twitter, a intenção de pagar os estudos da menina de 10 anos do Espírito Santo que engravidou após ser estuprada pelo tio – num caso que chocou o Brasil e repercutiu fortemente nas redes sociais ao longo do fim de semana.

https://twitter.com/felipeneto/status/1295204507224346624?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1295204507224346624%7Ctwgr%5E&ref_url=https%3A%2F%2Fexame.com%2Fcasual%2Fwhindersson-nunes-oferece-ajuda-para-menina-gravida-por-estupro%2F

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Para além de filantropo e uma das personalidades mais populares das redes sociais brasileiras, Neto é também um empreendedor serial – nome dado aos fundadores de mais de um negócio.

Junto com João Pedro Paes Leme, executivo com mais de duas décadas de experiência na TV Globo, Neto fundou a Play9, agência carioca de marketing de influência. A premissa da Play9 é cuidar da carreira de influenciadores dispostos a tratar de assuntos espinhosos, como a desigualdade social ou a discriminação de gênero.

Trata-se de um nicho de mercado em expansão por causa da pandemia. “As pessoas ficaram em casa e prestaram mais atenção ao conteúdo dos influenciadores”, diz Leme. “Quem tinha o que dizer ganhou relevância.”

Na lista da Play9 estão nomes como a comentarista da CNN Brasil Gabriela Prioli, dona de um canal com mais de 530.000 inscritos no YouTube, além da jogadora de futebol Marta, que tem 2,4 milhões de seguidores no Instagram.

Nos planos da agência está ampliar o rol de influenciadores negros — eles ainda estão fora da lista dos 100 mais influentes no país. Uma das apostas é Gabi Oliveira, jornalista de Niterói, no Rio de Janeiro, que já palestrou sobre desafios raciais do Brasil na Universidade Harvard e em eventos como o TEDx, além de colaborar com a ONU Brasil. O canal de Gabi tem 570.000 seguidores no YouTube.

Aberta em 2019, a Play9 espera receitas de 14 milhões de reais, o dobro do ano passado.

Outro mercado com investido por Neto e Leme é o de games. Em 2018, os dois, junto a outros investidores, criaram a Final Level, uma plataforma de entretenimento gamer.

A plataforma, ancorada no YouTube, reúne uma série de produtores de conteúdo sobre games no canal homônimo, que acumula cerca de 23 milhões de visualizações mensais.

Alguns dos influenciadores parceiros da Final Level vivem juntos na Gameland, uma casa de luxo, no Rio. “Para os influenciadores, é uma oportunidade de se profissionalizar e catapultar a carreira”, diz Fernanda Lobão, presidente da Final Level.

O modelo coletivo criado pela empresa para desenvolver conteúdo já foi licenciado para a Espanha, nos moldes do que a produtora holandesa Endemol fez com o programa Big Brother.

Entenda o caso da menina

Neste domingo, Neto seguiu a atitude do ator e comediante Whindersson Nunes que, também no Twitter, disse que procurava contato com a família para poder oferecer ajuda: custear tratamento psicológico da menina até ela completar 18 anos.

“A Terra devia estar em paz com tantos Jesus nas redes sociais, tantos imaculados. Me preocupa o tanto de atrocidades que essa criança vai ouvir no decorrer da vida. Alguém da família entre em contato, quero ajudar com toda assistência piscologica até os 18 anos”, escreveu.

A menina foi obrigada a sair do Espírito Santo para interromper a gestação de 20 semanas, um ato que já havia sido autorizado pela Justiça e está em acordo com a legislação brasileira de aborto legal.

O Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), em Vitória (ES), referência no estado para esses casos, alegou questões técnicas para não fazer o procedimento. A idade gestacional estava avançada e, portanto, não estaria amparada pela legislação, apesar de a Justiça ter entendido o contrário.

Com apoio da Promotoria da Infância e da Juventude de São Mateus e da Secretaria Estadual de Saúde, ela foi transferida para Recife, em companhia da avó, para interromper a gravidez. O hospital escolhido, no entanto, foi alvo de confusão entre grupos contrários e favoráveis ao aborto neste domingo.

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