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Afinal, quanto custa abrir uma loja virtual?

Entenda os investimentos que você precisa levar em conta para abrir um e-commerce de sucesso.

E-commerce: quanto custa ter a sua loja virtual? (./Divulgação)

Mariana Desidério

Publicado em 5 de julho de 2017 às 15h00.

Última atualização em 5 de julho de 2017 às 15h00.

De quase zero a um milhão: afinal, quanto custa abrir uma loja virtual?

É um fato: tem sido cada vez mais frequente negociar produtos pela internet. Observamos uma avalanche de ofertas, inclusive nas redes sociais. É bastante provável que este movimento tenha se dado, dentre outros motivos, por conta da atual crise político-econômica enfrentada no país. No entanto, é inegável o potencial do comércio digital e o quanto este setor ainda tem para crescer. No Brasil, o comércio eletrônico representa 4% do varejo tradicional, enquanto nos Estados Unidos esse índice é de 20%. Ainda há muitas oportunidades por aqui para avançarmos.

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Se você está pensando em empreender no e-commerce, precisará saber de alguns detalhes bastante relevantes - e que às vezes passam despercebidos de muita gente que começa a vender online. Por exemplo: o modelo já consagrado de marketplace - plataforma livre para negociar seus produtos - normalmente é o ponto de partida para os empreendedores digitais, uma vez que é o tipo de negócio que requer o mais baixo dos investimentos.

Ao optar por um modelo como este, o usuário precisará preocupar-se basicamente com a escolha do seu negócio. Ou seja, se vai vender produto A ou B, a qual preço, qual margem. A estrutura do negócio crescerá à medida que ocorrer o aumento de suas vendas. Outro benefício é que não precisará investir tanto em marketing, pois os marketplaces já têm uma audiência alta e com intenção de compra. Faça boas fotos, descreva bem os seus produtos e boas vendas!

Mas se você quiser construir e fortalecer a sua própria marca na internet, uma loja virtual própria também poderá te ajudar. Para ter a sua loja on-line você precisará criar uma marca própria, o domínio do seu site (www.loja.com.br) e todos os detalhes que construirão a identidade do seu negócio digital.

Neste modelo, os investimentos já são mais expressivos, pois será necessária uma plataforma de tecnologia robusta e confiável, além de ferramentas que o auxiliem no gerenciamento do estoque, por exemplo. As plataformas têm sido oferecidas em um modelo de performance, ou seja, com pagamento variável de acordo com as vendas, e não baseadas em uma mensalidade. Desta forma, o interesse comum será fazer com que o negócio cresça e prospere.

Após a escolha da plataforma, será necessário contratar uma agência que o auxilie no projeto de layout da loja virtual. Não só para ela ser bonita, mas para oferecer um design de navegação eficaz, que torne fluida a jornada do consumidor dentro da sua loja (o que chamamos de UX - user experience, ou experiência do usuário). É sempre bom verificar referências de sites para avaliar o que melhor atenderá suas necessidades e as do cliente final.

É impossível conceber uma loja virtual sem investimentos em marketing. Contar com o auxílio de uma agência de marketing online é uma boa opção caso o empreendedor tenha capital para investir. No início do investimento, é possível comprar palavras-chave em sites de busca por conta própria e gerenciar anúncios também, mas, com o tempo, outros investimentos serão necessários. Entre eles, o envio de e-mails marketing, a compra de banners em portais ou marketplaces que possam gerar tráfego para a sua loja, e a participação de promoções do comércio que exigem mais visibilidade (Black Friday, por exemplo). São estratégias voltadas a conquistar mais clientes e aumentar as vendas. Normalmente o investimento inicial em marketing, para que seja efetivo, corresponde a cerca de 10% do faturamento esperado.

E lembre-se: quanto mais você crescer, mais gente terá que trabalhar com você.. É necessário pensar em todos os custos relacionados à sua operação, além do que se refere à abertura da empresa (você precisará ser minimamente uma MEI). Há também as despesas, como o eventual aluguel de um espaço para armazenar seus produtos, a conta da luz, do provedor de internet, etc.

O segredo é ter bons fornecedores e um fluxo de caixa que permita ter retorno em médio e longo prazos. Muita gente se engana quando investe em e-commerce imaginando que o retorno se dá em curto prazo. O crescimento real se dá em médio prazo e com muito planejamento por trás.

Portanto, mais do que números, esteja preparado para empreender considerando seus limites e tendo como foco o seu cliente final. Ao proporcionar uma boa experiência de compra pra ele e investir corretamente seus recursos, você terá chances reais de fazer seu negócio prosperar.

Cristina Farjallat é diretora do marketplace do Mercado Livre no Brasil.

Envie suas dúvidas sobre negócios digitais parapme-exame@abril.com.br.

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