São Paulo – As franquias especializadas na venda de sorvetes surgiram somente nos últimos cinco anos, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Tendo em vista a oportunidade de negócio, cerca de dez marcas migraram para o sistema de franquias neste período. Entre redes de franquias de sorvetes e as especializadas em frozen yogurt, a ABF soma 18 marcas associadas, que juntas registraram faturamento anual de mais de 350 milhões de reais. A participação delas é de apenas 5% de todo o sistema de franquias. O diretor executivo da entidade, Ricardo Camargo, afirma que há grande possibilidade de expansão das redes para as regiões Norte e Nordeste e até para fora do país. Ele ainda aponta a tendência de crescimento para os próximos anos das vendas de sorvetes, café e chocolate. “É preciso ampliar a rede para manter um preço mais baixo, aumentar a verba de marketing e manter o diferencial de sabores”, comenta o diretor executivo sobre os desafios deste segmento para os próximos anos.
A Cold Stone Creamery, rede de sorveterias americana, começou sua chegada ao Brasil através de um máster franqueado, que será responsável pela venda de unidades. A meta é abrir 30 lojas nos próximos quatro anos. Cada unidade deve custar entre 350 mil e 400 mil reais. O carro-chefe da marca são sorvetes personalizados, em que o cliente escolhe os ingredientes que quer colocar na massa. A mistura é feita em uma pedra de granito congelada a -3 graus, método exclusivo da Cold Stone.
Líder na Argentina, a rede de sorveterias Freddo embarcou neste ano em São Paulo. A loja, inaugurada na Rua Normandia, em Moema, marca o inicio das operações mais intensificadas no país e a busca pela liderança do ramo. A rede chega ao Brasil pelas mãos do grupo de investidores PPGP, como um modelo de franquias. O grupo pretende investir 3 milhões de reais nos próximos três anos para consolidar a marca. A princípio, todas as unidades serão controladas por ele.
A trajetória de Ivan Almeida e do seu sócio Armando Queiroz Jr. como empreendedores começou há mais de 15 anos. Em 2007, optaram pelo sistema de franchising e as lojas próprias que tinham passaram a ser unidades da rede IceMellow. A inauguração da primeira franquia também pôs em prática a parceria de exclusividade feita com a Kibon, que agrega o peso da marca à rede. Atualmente, há 43 unidades distribuídas em 11 estados, mais o Distrito Federal.O faturamento médio mensal vai de 30 mil a 70 mil reais e lucro líquido, de 15 a 25%. Uma unidade exige investimento de 125 mil reais e o retorno pode acontecer entre 12 e 36 meses.
O próprio nome faz menção ao início da sorveteria, em 1975, quando os irmãos Salvatore e Orazio Rametta, transformaram em negócio a legítima receita de sorvete italiano. Os sorvetes de produção artesanal eram vendidos em uma loja em Ipanema, no Rio de Janeiro. A venda de sorvete no copinho ganhou as ruas e chegou às praias cariocas. Alguns anos mais tarde, o sócio Tannous Alouf incrementou a receita do negócio abrindo a fábrica na Estrada da Gávea, na Rocinha, onde começaram a produzir picolés cremosos de frutas. Quase vinte anos depois, a Sorvete Itália passou por reestruturação e a nova fábrica foi inaugurada em Vargem Grande, com maior capacidade. Em 2000, a marca migrou para o franchising e hoje possui 22 lojas, sendo três próprias. O faturamento médio mensal é de 45 mil reais em um quiosque e 75 mil reais para uma loja. O investimento inicial é de 155 mil reais e 190 mil reais, respectivamente. O prazo de retorno é de 24 meses.
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