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8 lições que os empreendedores não aprendem na escola

Oito empreendedores contam o que tiveram que aprender na prática e que cursos e MBAs não ensinam sobre a gestão de uma empresa

Tentativa e erro (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 09h15.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h18.

São Paulo – Sim, todo empreendedor deve se capacitar. Já está mais do que comprovado que gestores que buscam conhecimento, seja com uma graduação ou um MBA , têm mais chances de sucesso em uma pequena empresa . Mas há coisas que só o dia a dia do negócio é capaz de ensinar. Para falar sobre o que os empreendedores não aprendem na escola, Exame.com ouviu oito empresários de vários segmentos e com empresas em diferentes níveis de maturidade para falar sobre as lições que eles tiram do cotidiano como empreendedores e gestores.
  • 2. Ser um líder melhor todo dia

    2 /10(Blue Tree Hotels/Divulgação)

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    No ano passado, a rede Blue Tree Hotels registrou faturamento de 255,5 milhões de reais. À frente do negócio está a fundadora e presidente Chieko Aoki. Ela é formada em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), fez cursos em administração na Universidade de Sophia, no Japão, e cursos de administração hoteleira na Cornell University, nos Estados Unidos. Mesmo com este currículo, ela acredita que nada substitui a vivência na prática e o aprendizado no contato direto com os clientes. “Dificuldades, obstáculos e resistências ajudam no desenvolvimento profissional e a sermos mais fortes. Por exemplo, liderar é uma arte em relacionamento e noto como algumas boas práticas de alguns anos atrás não são mais efetivas hoje”, conta Chieko.
  • 3. Arriscar-se

    3 /10(Divulgação/Seletti)

  • A rede de fast food saudável Seletti foi criada em 2007, por Luis Felipe Campos. Com faturamento na casa dos 30 milhões de reais, a empresa foi, para Campos, a maior escola. Depois de passar por cursos que vão de neurolinguística a hotelaria na Suíça, ele diz que muitas coisas só se aprendem no dia a dia da empresa. “É na empresa que você aprende a fazer as pessoas comprarem um sonho que é inicialmente do empreendedor, e a tomar decisões sem ter todas as informações ou capital em mãos, o que para muitos seria loucura”, afirma Campos.
  • 4. Cultivar bons relacionamentos

    4 /10(Divulgação/ContaAzul)

    Vinicius Roveda estudou gestão empresarial e ciências da computação antes de virar empreendedor. “Eu já tinha planos de abrir minha própria empresa”, conta o CEO da ContaAzul, uma plataforma de gestão on-line para micro e pequenas empresas. Segundo ele, as aulas o ajudaram a ter acesso a ferramentas de administração e a aumentar o conhecimento sobre negócios. Durante o trabalho, no entanto, ele aprendeu a importância do autoconhecimento e da empatia. “Eles não estão presentes em cursos de MBA, mas são pontos que venho buscando evoluir desde que fundei minha empresa, pois são fatores emocionais. Uma corporação nada mais é do que uma relação entre pessoas e os seres humanos agem na maior parte do tempo baseados no instinto”, explica Roveda.
  • 5. Sorte também é um elemento importante

    5 /10(Divulgação)

    Matias Recchia, CEO da produtora de jogos sociais Vostu, criou o negócio em 2007. Recchia estudou administração e fez cursos na London School of Economics e na Universidade de Harvard. Para ele, há duas lições essenciais aprendidas na prática. A primeira é que a sua ideia inicial pode não ser aquilo que seu negócio vai se tornar. “Levamos dois anos para descobrir qual seria o modelo ideal de negócio”, diz. Além disso, a sorte é um elemento importante para uma empresa. “A sorte desempenha um papel. Não se coloque em uma posição elevada quando as coisas estão indo pela direção certa e não seja tão duro com você mesmo quando as coisas parecem não estar se movendo”, sugere Recchia.
  • 6. Estar preparado para mudar de rumo

    6 /10(Divulgação/Mobly)

    Victor Noda, sócio-fundador da Mobly, loja virtual de móveis, acredita que MBAs e cursos ensinam ferramentas e técnicas extremamente importantes para o cotidiano, como plano de negócios e estratégias de segmentação de clientes. No entanto, como empreendedor, ele aprendeu outras coisas que não estão no currículo dos cursos. “Uma coisa que aprendi e usamos em tudo na Mobly é a cultura de realizar testes rápidos. É importantíssimo estar preparado para mudar o rumo da empresa assim que identificado um problema. Se a estratégia, modelo de negócio ou execução não estiverem de acordo, não tenha medo em alterar completamente a cara da empresa”, sugere Noda.
  • 7. Inspirar sua equipe

    7 /10(Divulgação/Underdogs)

    Com expectativa de faturar 6 milhões de reais neste ano, a agência de marketing digital underDOGS foi criada em março do ano passado. Tiago Luz, presidente da companhia, estudou administração na Saint Mary's University, no Canadá, e fez pós-graduação em Inteligência Competitiva na PUC. Para ele, a escola ensina processos e fórmulas para calcular e manter a rentabilidade do negócio, mas não ensina a ter paixão. “Não ensina que o sucesso é o resultado da disseminação dessa paixão na sua equipe. O que aprendi no mundo dos negócios e a escola não me ensinou foi, sem dúvida nenhuma, inspirar a equipe a ter excelência, orgulho e paixão pelo que faz”, diz Luz.
  • 8. Interligar áreas

    8 /10(Divulgação/Mr. Mix)

    Clederson Cabral criou a rede especializada em milkshakes e sorvetes Mr. Mix em 2006. No ano passado, a rede faturou 10 milhões de reais e projeta um faturamento de 27 milhões de reais para este ano. Para aprimorar o negócio, Cabral, que é formado em administração, fez MBA em franquias e até cursos sobre sorvetes. “Quando você vai para a sala de aula, você aprende um processo ou área individualmente, como marketing, finanças e contabilidade. Na prática, além do empreendedor precisar saber sobre cada um desses ‘quadrados’, ele precisa criar sinergia entre as áreas para que a empresa tenha um só norte”, diz Cabral.
  • 9. Sobreviver aos movimentos da economia

    9 /10(Divulgação/ Mega Sistemas Corporativos)

    Walmir Scaravelli, sócio-fundador e diretor comercial da Mega Sistemas Corporativos, estudava matemática na Unicamp quando decidiu virar empreendedor. Largou o curso e só quinze anos depois retomou os estudos, para fazer um MBA. Depois de um curso no exterior, Scaravelli viu a empresa faturar 50 milhões de reais no ano passado. Para ele, lidar com o cenário macroeconômico foi a principal lição que aprendeu no dia a dia. “A empresa foi a maior escola, em especial na sua primeira década, momento de alta inflação no país, sucessivos pacotes econômicos, confisco nas contas bancárias e inexistência de financiamentos. Isso trouxe uma maturidade empresarial que seria impossível ser aprendida na vida acadêmica”, opina Scaravelli.
  • 10. Veja agora a galeria sobre startups que saíram da universidade

    10 /10(Divulgação)

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