8 ideias de negócios para quem quer abrir uma startup
Especialistas indicam quais são os mercados com potencial de crescimento ainda pouco explorados no país
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2013 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h37.
São Paulo – A cena se repete com frequência no mercado de startups brasileiro: os empreendedores buscam inspiração em negócios americanos e criam uma versão brasileira. “Esse modelo foi relacionado a grandes sucessos do cenário de tecnologia brasileiro, como todas as empresas do portfólio da Rocket Internet e o Peixe Urbano”, diz Fernando de la Riva, especialista em negócios digitais e diretor-executivo da Concrete Solutions. Apesar dos riscos, é possível olhar para o mercado americano e ver alguns setores bem sucedidos que poderiam ser explorados pelos empreendedores no Brasil. “Devem ser empresas facilmente copiáveis - sem barreiras de entrada - e com mercados-alvo também grandes no Brasil”, indica Riva. Com a ajuda do executivo da Concrete Solutions e do investidor-anjo Cassio Spina, EXAME.com chegou a uma lista com ideias de negócios ainda pouco explorados pelas startups brasileiras.
Google, Apple, Samsung. Todos estão de olho na nova tendência de wearable devices ou dispositivos vestíveis. “A próxima tendência na tecnologia pós-mobile é a utilização de equipamentos inteligentes como acessórios”, diz Spina. Além do já conhecido Google Glass e o provável iWatch, o investidor cita a pulseira Up, da Jawbone. A empresa fez uma primeira tentativa no mercado do acessório que controla os movimentos e até o sono em 2011. Com muitos problemas, está tentando novos materiais e funcionalidades para recuperar mercado.
Fernando de la Riva enxerga os negócios ligados à economida de colaboração como promissores ainda. “Qualquer releitura da share economy, como o AirBnb, que esteja alinhada com algum grande gargalo do Custo Brasil, como hotéis, transporte ou custo de capital para compra de ativos produtivos, é uma boa aposta”, indica.
As redes sociais de nicho continuam em alta, para Riva. “Também é possível observar uma releitura de conceitos de empresas estrangeiras para as demandas do mercado brasileiro em empresas como a Atlz, que adaptou a proposta mais madura do LinkedIn para criar uma rede profissional para recém-formados e universitários”, indica.
Com mais trânsito, menos tempo e mais coisas para serem feitas, as empresas que oferecem conveniência e trabalhos temporários ganham mais espaço. É o que Riva chama de “organização de informalidade”. Um exemplo é o task rabbit, startup americana que permite contratar alguém para tarefas simples, como ir ao supermercado ou limpar a casa. No ano passado, a empresa vendeu lugares na fila para comprar o iPhone 5 durante o lançamento.
Ainda faltam soluções que ajudem empresas a lidar com a enorme quantidade de dados que eles coletam atualmente. “O volume de dados armazenados pelas empresas sobre seus consumidores tem aumentado exponencialmente, mas ainda são pouco explorados pela necessidade de ferramentas que possam efetivar uma análise para extrair informações relevantes”, explica Spina. Startups como a Kaggle ou Karmasphere têm modelos de negócio interessantes. A primeira, por exemplo, organiza competições entre “data cientistas” para resolver questões complexas. Em 2011, recebeu aportes da Index Ventures e da Khosla Ventures.
Também um mercado já explorado, mas que permite releitura. Com um novo sistema de busca, o Facebook desperta um “ecossistema de valor agregado social”, segundo Riva. “O mercado de jogos sociais teve um crescimento anual composto de incríveis 184% em 5 anos, segundo a Forbes, e continua sendo uma opção madura mais viável”, indica.
O avanço da tecnologia acompanhando de uma geração que já nasce com o tablet nas mãos é um prato cheio para as startups de educação. “Acredito que a forma que nossos filhos vão estudar será completamente diferente da que nós tivemos”, indica Riva. Segundo ele, empresas como Udacity, Coursera e Khan Academy estão criando um novo modo de educação na internet.