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7 erros dos empreendedores ao escolher um ponto comercial

Ter um bom ponto comercial pode ser determinante para o sucesso do empreendimento. Por isso, na hora de escolher onde abrir o negócio, nada de ir pela intuição

Localização: o ponto comercial pode representar até 50% do sucesso do seu negócio, diz especialista (Studio-Annika/Thinkstock)

Mariana Fonseca

Publicado em 2 de junho de 2015 às 06h00.

São Paulo - Ter um bom ponto comercial pode ser determinante para o sucesso do empreendimento. Por isso, na hora de escolher onde abrir o negócio, nada de ir só pela intuição: é preciso pesquisar muito sobre qual será o modelo de operação, quem serão seus clientes e como a empresa se relacionará com os futuros vizinhos.

De acordo com Filomena Garcia, sócia do Grupo Cherto, o ponto comercial pode representar até 50% do sucesso do seu negócio, dependendo do setor em que o empreendedor atua. "Menos ou mais, o ponto sempre vai ser algo que você tem de cuidar, tanto quanto sua marca", afirma. A outra metade do sucesso é feita pela gestão do empreendimento.

Guilherme Siriani, sócio diretor da ba}EXPANSÃO e especialista em varejo e mercado de consumo, diz que não ter um plano de expansão bem definido é o primeiro passo na direção de uma má escolha de ponto. Por exemplo, resolver mudar para uma área de consumo muito distante da original, quando "existem outras regiões no meio do caminho que fazem sentido".

Indo na mesma linha de pensamento, Marcuz Rizzo, consultor de franquias na Rizzo Franchise, afirma que o empreendedor deve sempre buscar estar perto do seus consumidores. "A maioria dos clientes vem de uma distância máxima de três quilômetros do seu negócio. Antes de instalar, busque essa concentração", recomenda.

Veja, a seguir, os sete erros que os empreendedores mais cometem na hora de avaliar um ponto comercial:

1. Adaptar o negócio para um ponto e não o contrário

Um grande erro que o empreendedor comete é de tentar adaptar seu negócio às características do ponto comercial que ele encontrou. "Você está mudando seu conhecimento diante de um ponto oportunidade. Eu não acredito em oportunidade, acredito em situações em que o ponto está adequado para o seu negócio", afirma Rizzo.

2. Deixar a ansiedade de abrir o negócio atrapalhar a negociação

O empreendedor já deve ter em mente de três a cinco pontos comerciais bons na hora de escolher onde irá abrir seu negócio. "Quando você tem um só ponto, não há opção, e sim a falta dela. Essa é a hora de gastar muita sola de sapato", diz Filomena. Quanto menos opções o empreendedor tem, menor é sua chance de sucesso, já que ele perde seu poder de barganha.

De acordo com Siriani, o momento de negociação é o de ter muito pé no chão. "Esse momento do acordo é uma batalha para a gente ter o melhor custo para nossa operação. Essa é a parte dos números: quanto minha operação pode pagar?".

3. Depender de poucas pessoas para indicar pontos

Filomena recomenda ampliar o leque de pessoas que possam trazer pontos, porque a oportunidade de um bom local pode aparecer de um dia para o outro. "O ponto bom não fica muito tempo, então tem de ter uma avaliação rápida. Não é se precipitar no primeiro, mas, quando você vê um ponto que segue seus valores, você tem de ser rápido para fechar a negociação", recomenda.

4. Só levar em consideração o custo do aluguel

Um erro comum dos empreendedores é não avaliar os custos extras envolvidos ao pensar em ter um negócio em um shopping center, por exemplo. "Às vezes, não há essa avaliação sobre a diferença no potencial de consumo, no fluxo de pessoas e no tipo de marketing. A rua e o shopping são dois meios de compra distintos", avalia Siriani.

Já Filomena analisa o outro lado e destaca que alguns empreendedores esquecem de serviços que os shoppings já incluem. Na hora de decidir qual o melhor custo-benefício, o empreendedor deve levar em consideração que os centros de compras já contam com segurança e manutenção inclusas, por exemplo.

5. Desconhecer o modo como seus cliente chegam ao negócio

Antes de escolher um ponto, o empreendedor deve avaliar se o seu negócio é de passagem ou de destino. Se os consumidores vão porque são atraídos pela fachada, como ocorre em um fast food, o negócio é de passagem. Já se os clientes estão dispostos a se deslocar, como é o caso de um restaurante ou de um cabeleireiro, o empreendedor tem um negócio de destino.

"O negócio de passagem depende de alto fluxo de passantes. Por isso, tem que ter boa visibilidade e tentar aproximar a venda da porta para captar os clientes. Já o negócio de destino deve ter seviços adicionais, como estacionamento", explica Rizzo. O empreendedor deve escolher um local que se adapte à sua operação.

Siriani destaca a necessidade de avaliar se seu negócio terá ou não acessibilidade para seus clientes, à pé ou de carro. Como exemplo, o especialista afirma que o empreendedor deve considerar se o negócio será localizado em uma rua sem saída ou uma rua de mão única, no caso de seus clientes se locomoverem de carro. Além de, é claro, ser um ponto adaptado para pessoas com deficiência.

6. Esquecer de avaliar a área de atuação e seus vizinhos

Muitos empreendedores esquecem de avaliar em qual região do bairro seu produto será mais consumido. "Você terá uma grande vantagem se estiver onde as pessoas estão acostumadas a consumir. Se você monta o negócio em uma rua periférica, terá de investir mais em marketing", diz Siriani.

Filomena segue a mesma linha de raciocínio. "Não basta ter só o endereço, tem que ver a localização melhor dentro dele. Você deve procurar marcas que concorram ou que complementem seu negócio", afirma.

Isso, claro, depende de qual o produto que será comercializado. Uma loja de moda pode procurar estar ao lado de outras marcas do mesmo ramo e para o mesmo público, porque a característica do negócio é o consumidor ir olhando diversas vitrines. Já uma loja de materiais de construção deve estar em uma área que seja caracterizada por esse tipo de serviço.

7. Comprar o ponto pensando em vender depois

Segundo Rizzo, comprar o ponto para vendê-lo depois por um valor maior pode ser uma ideia ruim. "Não considere a aquisição do ponto comercial como um investimento. Você não entra num negócio para vender depois, e sim para fazer sua ideia acontecer. Você terá de pagar multa pela transferência de negócio, no caso de shoppings, além de não conseguir o valor que você pagou pelo ponto", alerta.

São Paulo – O primeiro passo para quem pensa em investir em franquias é fazer uma avaliação financeira. É essencial calcular o investimento necessário e ter um capital reserva para os primeiros meses de operação. Antes de escolher a marca, é recomendável conversar com franqueados atuais da rede para entender melhor o dia a dia do negócio. Veja 10 franquias que têm investimento inicial de 150 mil reais.
  • 2. 2be Study

    2 /12(Divulgação/2be Study)

  • Veja também

    A rede 2be Study atua no segmento de intercâmbio e turismo e tem 14 unidades. A marca tem dois modelos de negócio: micro e básica. No caso da micro, o investimento inicial de uma unidade é de 80 mil reais. A taxa de franquia custa 50 mil reais e a marca não cobra taxa de royalties. O prazo de retorno do investimento é de 24 a 36 meses.
  • 3. Amiste Café

    3 /12(Divulgação/Amiste Café)

  • Fundada em 2001, a Amiste Café é uma rede de franquias especializada em locação de máquinas de café e bebidas quentes. A marca começou a expansão por meio de franquias em 2013. Para ser franqueado é preciso desembolsar um investimento inicial de 120 mil reais. A taxa de franquia custa 20 mil reais e é preciso ter uma área mínima de 70 metros quadrados. O retorno acontece em até 36 meses.
  • 4. Ares Perfumes

    4 /12(Divulgação/Ares Perfumes)

    Fundada em 2010, a Ares Perfumes conta com 82 franquias. Até o final do ano, a expectativa é de comercializar e implantar mais 20 unidades. O investimento inicial é de 82 mil reais para os modelos de negócio loja, quiosque e sala comercial. Cada loja fatura, em média, 25 mil reais. O prazo de retorno do capital é de 18 a 24 meses.
  • 5. Brasileirinho Delivery

    5 /12(Divulgação/Brasileirinho Delivery)

    A rede de franquia Brasileirinho Delivery é especializada em delivery de comida brasileira e tem 13 unidades. Para abrir uma franquia é preciso ter um espaço de, no mínimo, 45 metros quadrados e uma equipe de seis funcionários. O investimento inicial necessário varia de 50 mil reais a 100 mil reais. O retorno do capital investido acontece em até 12 meses.
  • 6. Espetto Carioca

    6 /12(Divulgação/Espetto Carioca)

    Fundada em 2010, a Espetto Carioca começou a expansão por meio do franchising dois anos depois. Hoje, a rede tem 17 franquias. Para abrir uma unidade, o investimento inicial é a partir de 120 mil reais. É possível escolher entre uma loja ou quiosque. Um quiosque fatura, em média, 30 mil reais. Nesse caso, o prazo de retorno é de 24 meses.
  • 7. Gou Franquias

    7 /12(Divulgação/Gou Franquias)

    Fundada em 2010, a rede GOU (Grupo Odontológico Unificado) é especializada em ortodontia e clareamento dental. Hoje, tem 107 unidades no país. Para ser franqueado da marca é preciso desembolsar a partir de 120 mil reais. Cada unidade tem faturamento médio mensal estimado em 65 mil reais. O retorno do investimento acontece a partir de 18 meses.
  • 8. Instituto Embelleze

    8 /12(Divulgação/Instituto Embelleze)

    O Instituto Embelleze é uma rede de franquia de cursos profissionalizantes na área de beleza e tem 392 unidades. Para 2015, a expectativa é de abrir mais 50 novas unidades. O investimento inicial de uma franquia varia de 90 mil reais a 245 mil reais. O prazo de retorno é de 18 a 24 meses.
  • 9. Pão Express

    9 /12(Divulgação/Pão Express)

    Fundada em 2013, a Pão Express é uma rede de padarias drive-thru. A marca tem quatro unidades e espera chegar a 50 unidades até o final desse ano. O investimento inicial de uma franquia varia de 90 mil reais a 150 mil reais. Em média, o prazo de retorno do capital investido é de 16 a 24 meses.
  • 10. Patroni Expresso

    10 /12(Divulgação/Patroni Expresso)

    A rede de franquias Patroni é especializada em pizzas e tem 192 unidades, sendo 12 próprias. O plano de expansão da marca é de abrir 95 novas unidades, sendo que 50 no modelo Patroni Expresso e 45 nos modelos classic e premium. No caso do Expresso, o investimento inicial é de 150 mil reais a 200 mil reais e o prazo de retorno é de 18 a 24 meses.
  • 11. Sigbol Fashion

    11 /12(Divulgação)

    Fundada em 1975, a Sigbol Fashion oferece cursos de corte, costura e moda. A marca tem dois modelos de negócio: full e smart. O modelo full é indicado para capitais e grandes centros e exige investimento inicial de 94 mil reais. Nesse caso, a taxa de franquia custa 15 mil reais e o faturamento médio mensal é de 35 mil reais. O prazo de retorno é de 11 meses.
  • 12. Agora, leia mais sobre franquias

    12 /12(Divulgação)

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