São Paulo – O mercado de moda no Brasil não para de crescer. A semana de desfiles de São Paulo já está entre as maiores do mundo e a indústria têxtil faturou 67 bilhões de dólares no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT). Seguem o mesmo caminho as áreas de joias, lingerie e perfumes. Neste movimento, as pequenas empresas e startups ganham espaço e conseguem aproveitar uma fatia deste mercado. Veja nas páginas a seguir o exemplo de empreendedores que viram uma oportunidade no setor fashion e como funcionam seus modelos de negócios.
O site OQVestir foi criado em 2009 pelas sócias Isabel Humberg, Mariana Medeiros e Rosana Sperandeo e revende roupas e acessórios de mais de 125 marcas de luxo, como Le Lis Blanc, Cia. Marítima, Daslu e Farm. O site já recebeu investimento dos fundos Tiger Global e Kaszek Ventures. Com mais de 100 funcionários e um centro de distribuição de 2 mil metros quadrados, a marca passa a olhar para outros mercados além do de roupas, como decoração.
A Sophie & Juliete foi criada por Camila Souza e Ronald Beigl e funciona como um e-commerce de acessórios focado em venda direta. A ideia é que as revendedoras comercializem as peças nas redes sociais e em pequenos bazares. A empresa já recebeu aportes dos fundos IG Expansión e Redpoint e.ventures. Neste ano, a startup começa a trazer peças da Europa e da Ásia, com preço médio de 250 reais. A meta é alcançar 2 mil revendedoras.
A loja virtual Lets foi criada no ano passado pelas empreendedoras Karen Sanchez e Paola Haidar para ser uma marca fast-fashion brasileira online, em um modelo semelhante ao da Asos. Pouco tempo depois, parte da empresa foi comprada pelo grupo RBS, o que permitiu investir 1 milhão de reais em um novo centro de distribuição com 2 mil metros quadrados. Além de peças próprias, a Lets revende marcas como Colcci, Fórum e M.Officer.
Controlada pelo grupo alemão Rocket Internet, a 21Diamonds tem operações em 18 países, incluindo o Brasil. No site, é possível personalizar e customizar joias, escolhendo cores e tipos de pedras. Para 2013, a estimativa de receita é de 25 milhões de reais. Estão à frente do negócio os empreendedores Adriana Costa e José Reis.
Fundada por Olivier Grinda, Fabrice Grinda, Carlos Martin e Jose Marin, a empresa começou com um modelo de venda de sapatos por assinatura. Hoje, ampliou seu portfólio, que vai de bolsas a óculos, e vende também peças avulsas. A empresa planejava fechar 2012 com 55 mil sapatos vendidos e faturamento de 5,5 milhões de reais. Accel Partners, Redpoint Ventures, Flybridge Capital Partners, IG Expansión e Romero Rodrigues, do Buscapé, já investiram no negócio.
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