Quando o franqueador Rafael Grizzo fundou o portal SeuEvento, tinha o objetivo de encurtar o caminho entre clientes e fornecedores. A ideia do empreendimento surgiu da experiência da agência que tocava, na área de marketing direto e propaganda. “Precisei do serviço para organizar um evento grande de um cliente em 2005 e, na época, não havia como encontrar fornecedores a não ser pegando o carro e indo atrás”, comenta. A dificuldade existente em diferenciar fornecedores de qualidade virou a oportunidade para Grizzo, que trabalhou na elaboração do portal durante um ano. O SeuEvento foi fundado em 2007 e passou por quatro reformulações, mas o aperfeiçoamento é contínuo, segundo ele. A expansão via franquias começou em 2009, estratégia adotada para dar agilidade ao crescimento do negócio. O SeuEvento reúne anunciantes fornecedores do ramo de casamentos, aniversários, festas de empresas e formaturas. Entre os visitantes mais assíduos, estão noivas e mães para fazerem festas infantis. O lucro médio sobre o faturamento é de 60% e os royalties correspondem a de 8% sobre o montante bruto. Não é cobrada taxa de publicidade, porém cabe ao franqueado desenvolver ações de propaganda na sua região. Cada um tem uma delimitação de uma cidade, com exceção de São Paulo e Rio de Janeiro. É função do franqueado tdesenvolver técnicas para fazer seu site ser visto. Uma das franqueadas da capital paulista, Yolanda Cirello, apostou em parcerias para divulgar o portal e na presença em redes sociais, atraindo anunciantes e visitantes para realizar um evento. Atualmente com uma equipe de três vendedores, ela afirma que, por enquanto, precisa de outra renda até ter o ponto de equilíbrio. “Há três meses, operava no vermelho, mas era esperado.” Atualmente com 17 franquias, a expectativa de Rafael Grizzo é de ultrapassar as 40 unidades em dois anos e atuar em outros países. Investimento inicial: a partir de R$ 17 mil
Prazo de retorno: de seis a 15 meses

A tentativa de aproveitar a febre pelos negócios na internet, em 1997, e ter um guia virtual em cidades do interior paulista não vingou, com exceção do núcleo que José Rubens Rodrigues tocava, em Indaiatuba. Os sócios abandonaram a ideia e ele resolveu insistir no mundo virtual, quando começou a desenvolver sites e trabalhar com marketing digital, além dos próprios anúncios dos estabelecimentos. Assim nasceu o Guia-se, que só virou franqueadora bem mais tarde, em 2010. “Queria ver pessoas comprometidas com a marca e empreendedores que se identificassem com a internet”, diz Rodrigues sobre opção pelo franchising e o perfil do franqueado. Este pode apenas comercializar ou também desenvolver anúncios e lojas virtuais, sites, fazer registro de domínios, marketing digital, e oferecer assessoria web. No investimento inicial, o franqueado recebe suporte através de intranet, estratégias de marketing, documentações e planejamento de marketing. A empresa oferece treinamento presencial e online, com reciclagem uma vez por ano. O franqueado deve ter capital de giro, entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, pagar royalties de R$ 200 e publicidade de R$ 200. O lucro médio é de 100% de markup. Cada unidade tem delimitação de uma área com 100 mil habitantes. Hoje o Guia-se possui 105 franquias, com a meta de chegar às 250 unidades em dois anos. Investimento inicial: R$ 14,9 mil
Prazo de retorno: de seis a 18 meses

A fim de se desfazer de seu frigorífico em Mato Grosso, Paulo Cruz colocou três caminhões à venda em um site. Observando a oportunidade no mercado online, deduziu que o futuro negócio poderia se desenvolver no sistema de franquias. “Em 90 dias, já havia quatro unidades”, comenta o empresário sobre o início da Temusados, em 2009, que reúne valores dos veículos nas lojas, concessionárias e revendedoras de determinada região, além de informações sobre o mercado automotivo. O empresário afirma que os franqueados precisam ter perfil de empreendedor, com visão comercial e que acredite no mercado virtual. Mesmo com a possibilidade de trabalhar home office, apenas com internet e um computador, exige-se entre um e três funcionários para a franquia ser aberta. Há treinamento online e pessoalmente para o cadastro das lojas e apoio na parte comercial. A delimitação geográfica vai de acordo com as pretensões e o potencial do franqueado, com divisões por cidades ou regiões, por exemplo. “Vi no sistema de franquias uma forma de vencer grandes barreiras em um país continental como o nosso”, comenta Cruz sobre a opção pelo franchising. O percentual de royalties é de 15% sobre o faturamento, o de publicidade é de 3% e a taxa de franquia é de R$ 10 mil a R$ 50 mil. Atualmente com franquias em mais de dez estados, Paulo Cruz tem perspectivas positivas para os próximos dois anos: “Quadruplicaremos o faturamento da empresa.” Investimento inicial: de R$ 13 mil a R$ 60 mil
Prazo de retorno: de 12 a 18 meses

Depois de conhecer a ferramenta de marketing mobile sendo utilizada na Europa, a equipe da 2Call resolveu trazer a ideia para o Brasil. Com a experiência anterior dos sócios em marketing digital e branding, a empresa iniciou as atividades em 2008 e, oito meses depois, lançaram a primeira franquia. “Criamos estratégias para as marcas se comunicarem com seus consumidores utilizando o celular e mobilidade”, explica o coordenador de projetos da empresa, João Maia, sobre ações, como marketing via bluetooth e até site para celular. A 2Call visa profissionais de marketing ou com experiência comercial para serem franqueados. Eles devem ter pelo menos seis funcionários, dos quais quatro são para a área comercial e um para planejamento e marketing. O trabalho, no dia a dia, é voltado para a busca por empresas para oferecer os serviços e também firmar parcerias com agências de publicidade. A estimativa de lucro médio sobre o faturamento é de R$ 4 mil a R$ 6 mil. O franqueado paga taxa de publicidade de R$ 300 por mês, mas não há cobrança por royalties. Como suporte, a franqueadora ajuda com modelos de proposta, projetos para clientes, ferramentas e material, entre outros serviços. Em geral, cada franquia tem uma região exclusiva para atuar. A empresa recebeu R$ 120 mil do programa Prime, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e aplicou no desenvolvimento de novos produtos. Atualmente com 22 unidades, a expectativa é de chegar às 30 franquias nos próximos dois anos e iniciar o processo de internacionalização da marca. Investimento inicial: R$ 29,9 mil
Prazo de retorno: de 12 a 18 meses

Ao identificar o interesse em investir no segmento de turismo e as dúvidas de futuros empreendedores em relação à operacionalização das vendas de pacotes de viagens, a supervisora executiva do Clube Turismo, Ana Virgínia, viu no sistema de franchising a oportunidade para expandir a marca. Criada em 2008, a Clube Turismo virou franquia no ano seguinte e hoje conta com 124 franqueados. Destes, 79 são da modalidade home office, na qual a divulgação e busca de clientes é feita via internet. O perfil do franqueado que se espera para adquirir esta modalidade é que ele tenha um bom networking. “Como estes atendem a pessoas conhecidas ou por estas indicadas, não é obrigatório que os clientes residam na cidade de residência do franqueado”, explica a supervisora executiva sobre não haver delimitação geográfica. O trabalho consiste em montar orçamentos e pacotes turísticos conforme o interesse do cliente. O investimento inicial para o franqueado virtual é apenas uma taxa de adesão, de acordo com a supervisora executiva, e não é exigido capital de giro, nem é cobrada taxa para publicidade. Os royalties são de 2,5% sobre o faturamento e há taxa mensal de manutenção do site de R$ 70,00. O lucro é atrelado ao networking do franqueado, porém a estimativa da franqueadora é entre R$ 1,5 mil e R$ 10 mil. Segundo Ana Virgínia, 95% dos franqueados virtuais mantêm uma atividade remunerada paralela. Ela conta com o crescimento do setor de turismo nos próximos anos, em especial com os dois eventos esportivos mundiais, para aumentar o número de franquias. Investimento inicial: R$ 2.900,00
Prazo de retorno: de quatro a 12 meses