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50 startups: com a Netshow.me, cada cliente pode criar a sua Netflix

Por causa da demanda corporativa por eventos online, o tráfego no sistema da Netshow.me cresceu nove vezes no ano passado

Co-fundadores Rafael Belmonte e Daniel Arcoverde da Netshow.me (Netshow.me/Divulgação)

Luísa Granato

Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 16h39.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2021 às 17h41.

Esta reportagem faz parte da série "50 startups que mudam o Brasil", publicada na EXAME. Conheça as demais empresas selecionadas

Com a expansão do trabalho híbrido, muitas empresas estão investindo em tecnologias para aproximar funcionários à distância. É o que movimenta o negócio da Netshow.me,­ uma plataforma online de vídeos criada em 2013 como uma espécie de palco virtual para artistas iniciantes.

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Segundo o fundador Daniel Arcoverde, na épocaos artistas não viam ainda a utilidade de usar o online para substituir seus shows presenciais e foi difícil viabilizar o produto quando as redes sociais viraramsuacompetição ao agregar recursos para fazerlivesgratuitas.

Assim, em 2016, ele e o sócio Rafael Belmonte fizeram a virada do negócio: eles moldaram a tecnologia para criar conteúdo online para empresas.“Na época, ninguém fazialivespara os funcionários e fomos ganhando mercado e reputação dentro do streaming ao vivo”, conta ele.

Com o mercado inicial demorando para engrenar, a startup passou a vender o serviço a empresas interessadas na plataforma para cursos à distância. Em 2019, com aquisições de serviços correlatos, a startup passou a oferecer uma plataforma com vídeos, textos e imagens num lugar só. “Cada cliente pode montar sua ‘Netflix’ com a gente”, diz.

A pandemia mostrou o acerto da estratégia. Por causa da demanda corporativa, o tráfego no sistema da Netshow.me cresceu nove vezes no ano passado. O número de clientes quadruplicou. Em meio à escalada na demanda, até os artistas voltaram ao radar: foram 4.700 lives no ano passado, entre shows e eventos.

Agora, a empresa tem todos os fatores alinhados para acompanhar as tendências do mundo pós-pandemia. Arcoverde aposta em um mundo de experiência híbridas, onde o digital se torna um complemento dos eventos físicos.

O CEO vê que a pandemia amadureceu a visão das empresas, clientes e consumidores sobre a solução digital parao que antes era limitado à experiência física e, depois, à memória. Para os clientes,foi provado que o modelopode aumentar o alcancede um eventoe diminuirseuscustos.

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