5 dicas para montar uma startup de sucesso
O professor Marcelo Pimenta, do Laboratório de Startups do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM, é o especialista que dá as dicas
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2013 às 16h48.
São Paulo – O cenário é animador. Investidores, especialistas em mercado e CEOs de startups de sucesso são quase unânimes em dizer que o cenário brasileiro de empreendedorismo digital está aquecido e pode revelar grandes empresas globais nos próximos anos.
O governo federal também já se mexeu e lançou o programa Start-Up Brasil, que pretende investir até 36 milhões de reais em 100 startups previamente selecionadas. Esse dinheiro será distribuído entre nove aceleradoras, responsáveis por solidificar o modelo de negócio das jovens empresas e fornecer palestras, mentorias e encontros com investidores.
A promessa de abandonar o emprego chato e ganhar muito dinheiro com a sua própria empresa é uma ideia tentadora. Mas criar uma startup de sucesso tupiniquim está longe de ser uma tarefa fácil. Com cada vez mais empresas no mercado, o dinheiro oferecido pelos investidores tende a diminuir. Além disso, apenas as melhores companhias continuarão a ter forças diante de tamanha concorrência.
Para tentar ajudar o futuro empreendedor que tem uma boa ideia, mas ainda não sabe se deve montar uma startup, INFO conversou com o professor Marcelo Pimenta, do Laboratório de Startups do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM. Confira a seguir cinco dicas do especialista:
Analise bem a sua ideia
Em apresentações aos investidores, as startups costumam apresentar um problema que será solucionado por meio do produto desenvolvido. Até chegar a esse ponto, tudo partiu de uma ideia inicial que foi analisada, testada e minimamente aprovada pelo mercado.
Por isso, antes de fundar a sua empresa, é necessário entender o alcance dessa grande sacada. “É muito fácil ter boas ideias, o difícil é transformar essa iniciativa em um negócio lucrativo”, afirma Pimenta.
O professor considera que uma ideia só se transforma em um grande negócio quando o cliente também percebe o seu valor. “Com uma competição cada vez mais acirrada, o empreendedor precisa verificar a importância da sua startup para o consumidor.”
Construa um modelo de negócio sólido: O professor Marcelo Pimenta salienta: o empreendedor só conseguirá resultados quando a sua empresa contar com um modelo validado de negócio. Em outras palavras, isso significa que é necessário observar, analisar e colocar a sua ideia à prova antes de lançá-la ao mercado.
“A linha teórica da administração mudou ao longo dos últimos anos. Antes, você desenvolvia todo o produto até o final para causar uma surpresa no mercado. Hoje, quem faz isso, tem uma grande chance de errar”, afirma.
Segundo Pimenta, é necessário adotar a teoria do Mínimo Produto Viável. “Você tem uma ideia? Tente traduzi-la de uma maneira simples e a coloque no mercado para ser avaliada previamente.” Dessa maneira, essa avaliação fará toda a diferença na hora de construir um modelo sólido para a empresa.
Verifique se é necessário entrar em uma aceleradora
Apesar de ser um apoio para os jovens empreendedores, nem sempre as aceleradoras são o melhor caminho para uma startup iniciar sua trajetória no mercado. “A opção de entrar ou não em uma aceleradora irá depender da história do empreendedor”, afirma Pimenta.
Dessa maneira, o professor recomenda que jovens com talento e boas ideias, mas sem dinheiro e experiência, ingressem em uma aceleradora. “A instituição estará disposta a investir dinheiro na empresa, fornecer mentorias com especialistas e indicar investidores interessados na startup”, diz.
“Já um profissional com uma carreira consolidada em uma grande empresa, que conhece o mercado e tem vontade de empreender talvez não necessite colocar sua empresa em uma aceleradora”, considera. Para o professor, empreendedores com esse perfil já contam com experiência, capital e influência suficientes para solidificar uma startup.
Conheça as suas próprias características
Apesar de tentador, o mercado do empreendedorismo está reservado para pessoas que contam com características próprias a essa realidade. “É necessário ser alguém que está sujeito a riscos, além de ter capacidade de se levantar depois de ser derrotado. Empreender e fracassar também faz parte do aprendizado”, afirma Pimenta.
O professor considera que o empreendedor deve ter uma personalidade que equilibre duas questões contraditórias: a persistência e a desistência. “Tem horas que você precisa perseverar, você não pode desistir da sua ideia. Mas tem um momento que não adianta bater cabeça, é necessário discernir.”
Observe novas tendências
O professor da ESPM apresenta um número contundente: 90% dos aplicativos disponíveis na App Store dão prejuízo para os desenvolvedores. “Hoje é muito comum ver aplicativos de delivery de comida, por exemplo. Há dezenas de startups que já oferecem isso e ainda recebo em sala de aula pessoas querendo fazer produtos desse tipo. Mas simplesmente não há espaço para todos”, diz Pimenta.
Assim, é necessário verificar as tendências globais e buscar iniciativas consideradas inéditas. “Há algum espaço em meio de pagamentos móveis, gameficação, além de todas as possibilidades oferecidas pelas impressoras 3D, que irão mudar a maneira que observamos a indústria.”
São Paulo – O cenário é animador. Investidores, especialistas em mercado e CEOs de startups de sucesso são quase unânimes em dizer que o cenário brasileiro de empreendedorismo digital está aquecido e pode revelar grandes empresas globais nos próximos anos.
O governo federal também já se mexeu e lançou o programa Start-Up Brasil, que pretende investir até 36 milhões de reais em 100 startups previamente selecionadas. Esse dinheiro será distribuído entre nove aceleradoras, responsáveis por solidificar o modelo de negócio das jovens empresas e fornecer palestras, mentorias e encontros com investidores.
A promessa de abandonar o emprego chato e ganhar muito dinheiro com a sua própria empresa é uma ideia tentadora. Mas criar uma startup de sucesso tupiniquim está longe de ser uma tarefa fácil. Com cada vez mais empresas no mercado, o dinheiro oferecido pelos investidores tende a diminuir. Além disso, apenas as melhores companhias continuarão a ter forças diante de tamanha concorrência.
Para tentar ajudar o futuro empreendedor que tem uma boa ideia, mas ainda não sabe se deve montar uma startup, INFO conversou com o professor Marcelo Pimenta, do Laboratório de Startups do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM. Confira a seguir cinco dicas do especialista:
Analise bem a sua ideia
Em apresentações aos investidores, as startups costumam apresentar um problema que será solucionado por meio do produto desenvolvido. Até chegar a esse ponto, tudo partiu de uma ideia inicial que foi analisada, testada e minimamente aprovada pelo mercado.
Por isso, antes de fundar a sua empresa, é necessário entender o alcance dessa grande sacada. “É muito fácil ter boas ideias, o difícil é transformar essa iniciativa em um negócio lucrativo”, afirma Pimenta.
O professor considera que uma ideia só se transforma em um grande negócio quando o cliente também percebe o seu valor. “Com uma competição cada vez mais acirrada, o empreendedor precisa verificar a importância da sua startup para o consumidor.”
Construa um modelo de negócio sólido: O professor Marcelo Pimenta salienta: o empreendedor só conseguirá resultados quando a sua empresa contar com um modelo validado de negócio. Em outras palavras, isso significa que é necessário observar, analisar e colocar a sua ideia à prova antes de lançá-la ao mercado.
“A linha teórica da administração mudou ao longo dos últimos anos. Antes, você desenvolvia todo o produto até o final para causar uma surpresa no mercado. Hoje, quem faz isso, tem uma grande chance de errar”, afirma.
Segundo Pimenta, é necessário adotar a teoria do Mínimo Produto Viável. “Você tem uma ideia? Tente traduzi-la de uma maneira simples e a coloque no mercado para ser avaliada previamente.” Dessa maneira, essa avaliação fará toda a diferença na hora de construir um modelo sólido para a empresa.
Verifique se é necessário entrar em uma aceleradora
Apesar de ser um apoio para os jovens empreendedores, nem sempre as aceleradoras são o melhor caminho para uma startup iniciar sua trajetória no mercado. “A opção de entrar ou não em uma aceleradora irá depender da história do empreendedor”, afirma Pimenta.
Dessa maneira, o professor recomenda que jovens com talento e boas ideias, mas sem dinheiro e experiência, ingressem em uma aceleradora. “A instituição estará disposta a investir dinheiro na empresa, fornecer mentorias com especialistas e indicar investidores interessados na startup”, diz.
“Já um profissional com uma carreira consolidada em uma grande empresa, que conhece o mercado e tem vontade de empreender talvez não necessite colocar sua empresa em uma aceleradora”, considera. Para o professor, empreendedores com esse perfil já contam com experiência, capital e influência suficientes para solidificar uma startup.
Conheça as suas próprias características
Apesar de tentador, o mercado do empreendedorismo está reservado para pessoas que contam com características próprias a essa realidade. “É necessário ser alguém que está sujeito a riscos, além de ter capacidade de se levantar depois de ser derrotado. Empreender e fracassar também faz parte do aprendizado”, afirma Pimenta.
O professor considera que o empreendedor deve ter uma personalidade que equilibre duas questões contraditórias: a persistência e a desistência. “Tem horas que você precisa perseverar, você não pode desistir da sua ideia. Mas tem um momento que não adianta bater cabeça, é necessário discernir.”
Observe novas tendências
O professor da ESPM apresenta um número contundente: 90% dos aplicativos disponíveis na App Store dão prejuízo para os desenvolvedores. “Hoje é muito comum ver aplicativos de delivery de comida, por exemplo. Há dezenas de startups que já oferecem isso e ainda recebo em sala de aula pessoas querendo fazer produtos desse tipo. Mas simplesmente não há espaço para todos”, diz Pimenta.
Assim, é necessário verificar as tendências globais e buscar iniciativas consideradas inéditas. “Há algum espaço em meio de pagamentos móveis, gameficação, além de todas as possibilidades oferecidas pelas impressoras 3D, que irão mudar a maneira que observamos a indústria.”