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Apresentado por ABF

3 empresários que saíram do zero e criaram franquias de sucesso

Conheça as histórias de empreendedores que criaram modelos de negócios altamente lucrativos e expandiram suas empresas pelo país

Aposta na classe C: “Nossa vantagem foi o pioneirismo e por trabalharmos para a classe C. Depois de adquirirem um produto ou um serviço de qualidade, não querem abrir mão”, explica Marko Porto, na foto com a esposa, do Spa da Sobrancelhas (Diego Morais/Estúdio ABC)

Aposta na classe C: “Nossa vantagem foi o pioneirismo e por trabalharmos para a classe C. Depois de adquirirem um produto ou um serviço de qualidade, não querem abrir mão”, explica Marko Porto, na foto com a esposa, do Spa da Sobrancelhas (Diego Morais/Estúdio ABC)

Ainda adolescente, Cleusa Maria da Silva, de 50 anos, enfrentou o trabalho em canaviais. A dificuldade financeira era tão grande que a família não sabia o que era bolo nem nos aniversários. A jovem mudou-se para São Paulo e foi contratada como empregada doméstica para uma dona da casa que costumava fazer bolos sob encomenda. Com a perna quebrada, coube a Cleusa dar conta de um pedido de 35 quilos. A empregadora foi só elogios e a incentivou a fazer bolos. Para ajudá-la, comprou uma batedeira e descontou em parcelas do seu salário.

Cleusa, da Sodiê Doces, vai apostar nos salgados (Sodiê Doces/Divulgação)

Foram dois anos trabalhando de madrugada para dar conta dos pedidos. Tempos depois, já em Salto, no interior paulista, Cleusa tomou coragem, alugou um pequeno ponto comercial de 20 metros quadrados e montou uma lojinha. “Não queria que meu filho fosse um boia-fria e chegasse em casa com o rosto sujo de carvão. Esse foi o maior estímulo naqueles tempos de dificuldade”, relembra.

Assim nasceu a primeira Sensações Doces, loja que teve esse nome por 12 anos, até que Cleusa descobriu que uma multinacional possuía o registro do nome no Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Ela já havia expandido os negócios por meio do franchising e contava com 74 lojas. Cleusa bancou do bolso 1 milhão de reais para trocar a identidade visual das lojas da rede com o novo nome: Sodiê Doces, que é a soma da primeira sílaba dos nomes de seus filhos − Sofia e Diego.

Depois de duas décadas e 286 unidades, a empresa deve chegar a 250 milhões de reais em vendas este ano. Agora, Cleusa começa uma nova empreitada de 4 milhões de reais − uma fábrica de salgados em Boituva (SP) com capacidade para produzir de 30 000 a 50 000 unidades por dia.

Até o fim do ano, começa a estruturar um novo modelo de negócios, a Sodiê Salgados. A produção já vem abastecendo de forma experimental quatro unidades-piloto da marca de bolos. A ideia é que, ainda em 2017, todas as franquias da Sodiê Doces passem a oferecer com exclusividade os salgados da franqueadora. Hoje, cada um compra de um fornecedor, o que compromete a padronização. “Estou começando de novo 20 anos depois. Mas esse recomeço é muito bom”, diz a entusiasmada Cleusa.

O DINHEIRO DA BELEZA
Aos 40 anos, Marko Porto já havia fechado as portas de uma loja de materiais elétricos e dois salões de beleza. O carioca conta que foi desesperador pensar que não teria como sustentar a família. Ele tentou entender a razão do insucesso nos negócios e percebeu que sua maior clientela era de sobrancelha, serviço mais rápido e com menos custos fixos. Deu, então, prioridade ao que chamou de embelezamento do olhar das clientes.

Em parceria com a mulher, Jane Muniz, de 37 anos, vendeu o terceiro salão. “Em 2008, alugamos uma sala comercial no Méier (bairro de classe média na zona norte da capital fluminense) para fugir dos custos do ponto de rua. Assim surgiu a primeira unidade do Spa das Sobrancelhas. O segundo salão foi aberto em 2009, o terceiro, no ano seguinte, quando o casal decidiu franquear a primeira unidade. Segundo Marko, como era o projeto-piloto, seria mais fácil passar uma operação já conhecida para as mãos da franqueada.

Este ano a empresa completa uma década. Paralelamente à abertura de franquias, Marko investiu no desenvolvimento de uma linha de produtos da marca que agora vai ganhar fábrica própria para a produção de embalagens e envase. As franqueadas – hoje, são 400 – serão o canal de distribuição. Neste ano, a empresa espera faturar 100 milhões de reais, ante os 93 milhões de reais em 2016.

Volta ao mundo: a rede Sterna Café foi criada em meio a viagens e experiências com café (Sterna Café/Divulgação)

CAFÉ NA BAGAGEM
Deiverson Migliatti, de 33 anos, já deu três voltas ao mundo. E foi graças a essa experiência que teve a ideia de montar uma rede de franquias. Ainda na faculdade, conseguiu uma vaga como estagiário na Casas Bahia, onde fez carreira. Em 2007, tirou férias, vendeu o carro e comprou uma passagem de volta ao mundo no esquema “mochilão”. Quando voltou, fez um curso de comunicação com o mercado. “Foi a chance de conviver com profissionais que tinham o próprio negócio. Aquilo me despertou
para o empreendedorismo”, lembra.

Após uma reestruturação na empresa, Migliatti foi demitido. Foi o empurrão para colocar o pé no mundo das franquias. Primeiramente como franqueado da Subway, depois da Morana e do KFC. A primeira fonte de recursos foi uma linha de crédito para pequena empresa; a segunda foi a sogra, com quem comprou um café no Hospital Infantil Sabará, em São Paulo. Em 2009, fez mais uma viagem de volta ao mundo e descobriu a paixão por café. No terceiro tour, em 2013, foi buscar ideias para desenhar sua própria cafeteria. Surgia a Sterna Café. O nome veio de um pássaro da família da andorinha que costuma atravessar o mundo.

Na primeira unidade, aberta em São Paulo em 2015, testou receitas e fez ajustes. Hoje, são duas cafeterias próprias, quatro franqueadas (a primeira aberta em 2016), cinco em obras e quatro em fase de pré-contrato. “Servimos café de origem especial para ser bebido de diferentes formas”, explica. A bebida mais barata custa, em média, 4 reais. “Como aconteceu com o vinho e a cerveja, as pessoas estão aprendendo a apreciar outros blends”, afirma.

Os pontos da Sterna costumam ser dentro de prédios comerciais, o que dá ao negócio a vantagem de ter um alto consumo. “É um ritual. A pessoa quer relaxar um pouco do trabalho e vai até o térreo tomar um café. É nessa fidelização que nós acreditamos”, aposta o franqueador.

- (Estúdio ABC/Divulgação)

 


Este conteúdo faz parte do Especial Franquias 2017 patrocinado pelas seguintes empresas: Dia, Grand Vision, Influx, Life USAMania de Churrasco, New Era Cap, Ortodontic Center, Siluets e Spa das Sobrancelhas.

 

 

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