3 cuidados na hora de pedir empréstimos
Especialista ensina a avaliar os empréstimos da sua empresa e a calcular os juros
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2012 às 14h28.
Quais são os cuidados na hora de pedir um empréstimo?
Respondido por Rodrigo Zeidan, especialista em finanças
Quando uma pequena empresa apresenta uma série de dívidas, às vezes, pode precisar recorrer a instituições financeiras para solicitar um empréstimo. Entretanto, é essencial que o empresário fique atento aos prazos e aos juros antes de concluir a operação.
1. Aprenda sobre o Custo Efetivo Total (CET)
Na única vez em que comprei um carro, estava em dúvida sobre pagar à vista ou a prazo, em 12 vezes. Perguntei ao vendedor sobre a taxa de juros e fui informado que estava em 1,2% ao mês. Como, à época, essa taxa parecia bem convidativa, decidi que ia comprar o carro a prazo. Contudo, quando fui ver a prestação, refiz as contas e descobri que a taxa efetiva que estava sendo cobrada era 1,7% ao mês.
A diferença estava no fato de que eram cobrados, para a efetivação do empréstimo, uma taxa de contrato e um seguro, o que acabava elevando a prestação e, portanto, a taxa de juros. Ao final acabei comprando o carro à vista, saindo da concessionária com a impressão de que muitas pessoas acabam entrando em armadilhas por não saber calcular a verdadeira taxa de juros de um empréstimo, seja ele pessoal ou comercial. No site do Banco Central do Brasil é possível ver a explicação detalhada sobre o CET.
2. Prazo importa
Uma das piores armadilhas na hora de pegar empréstimos é se concentrar no valor da prestação e se ela cabe no orçamento da empresa. Contudo, isso pode significar que a empresa acaba ficando com uma dívida quase infinita, a ser paga em 50 vezes, por exemplo. O ideal para a empresa é conciliar o prazo da dívida com a razão pela qual a dívida está sendo contraída.
Assim, se for para capital de giro a dívida deverá ter prazo curto, especialmente se tiver como fonte o capital bancário. Já se for para um projeto de investimento que será recuperado em anos, a dívida poderá, então, ter prazo alongado. Casar o prazo da dívida com os recebimentos da empresa é tão importante quanto se preocupar com a diferença nas taxas de juros cobradas.
3. Fuja das vendas casadas
Essa dica vale, principalmente, para empréstimos bancários: para estabelecer “relacionamentos”, muitos gerentes tentam vender diversos tipos de produtos, como seguros, com a condição implícita de que facilitaria linhas de crédito para a empresa.
Qualquer produto que deve ser adquirido para que a empresa tenha acesso a linhas de crédito acaba aumentando o valor dos juros. O empresário deve sempre estar atento ao verdadeiro valor dos juros, fugindo de armadilhas que acabam aumentando a real taxa de juros paga.
Quais são os cuidados na hora de pedir um empréstimo?
Respondido por Rodrigo Zeidan, especialista em finanças
Quando uma pequena empresa apresenta uma série de dívidas, às vezes, pode precisar recorrer a instituições financeiras para solicitar um empréstimo. Entretanto, é essencial que o empresário fique atento aos prazos e aos juros antes de concluir a operação.
1. Aprenda sobre o Custo Efetivo Total (CET)
Na única vez em que comprei um carro, estava em dúvida sobre pagar à vista ou a prazo, em 12 vezes. Perguntei ao vendedor sobre a taxa de juros e fui informado que estava em 1,2% ao mês. Como, à época, essa taxa parecia bem convidativa, decidi que ia comprar o carro a prazo. Contudo, quando fui ver a prestação, refiz as contas e descobri que a taxa efetiva que estava sendo cobrada era 1,7% ao mês.
A diferença estava no fato de que eram cobrados, para a efetivação do empréstimo, uma taxa de contrato e um seguro, o que acabava elevando a prestação e, portanto, a taxa de juros. Ao final acabei comprando o carro à vista, saindo da concessionária com a impressão de que muitas pessoas acabam entrando em armadilhas por não saber calcular a verdadeira taxa de juros de um empréstimo, seja ele pessoal ou comercial. No site do Banco Central do Brasil é possível ver a explicação detalhada sobre o CET.
2. Prazo importa
Uma das piores armadilhas na hora de pegar empréstimos é se concentrar no valor da prestação e se ela cabe no orçamento da empresa. Contudo, isso pode significar que a empresa acaba ficando com uma dívida quase infinita, a ser paga em 50 vezes, por exemplo. O ideal para a empresa é conciliar o prazo da dívida com a razão pela qual a dívida está sendo contraída.
Assim, se for para capital de giro a dívida deverá ter prazo curto, especialmente se tiver como fonte o capital bancário. Já se for para um projeto de investimento que será recuperado em anos, a dívida poderá, então, ter prazo alongado. Casar o prazo da dívida com os recebimentos da empresa é tão importante quanto se preocupar com a diferença nas taxas de juros cobradas.
3. Fuja das vendas casadas
Essa dica vale, principalmente, para empréstimos bancários: para estabelecer “relacionamentos”, muitos gerentes tentam vender diversos tipos de produtos, como seguros, com a condição implícita de que facilitaria linhas de crédito para a empresa.
Qualquer produto que deve ser adquirido para que a empresa tenha acesso a linhas de crédito acaba aumentando o valor dos juros. O empresário deve sempre estar atento ao verdadeiro valor dos juros, fugindo de armadilhas que acabam aumentando a real taxa de juros paga.