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10 tendências de negócio que têm tudo para bombar em 2019

Especialistas em inovação elencam setores e tecnologias que terão um papel ainda maior neste ano. Confira:

Ideias: boa parte das tendências de negócios que tem tudo para bombar em 2019 têm como objetivo melhorar serviços e produtos aos usuários finais (Foto/Thinkstock)

Ideias: boa parte das tendências de negócios que tem tudo para bombar em 2019 têm como objetivo melhorar serviços e produtos aos usuários finais (Foto/Thinkstock)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 16 de abril de 2019 às 11h18.

A palavra que definirá 2019 para os empreendimentos brasileiros é “consumo”. O otimismo está forte no empresariado, seja pela previsão de crescimento de 2,7% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano ou pelo índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, ter chegado a bater 96 mil pontos na semana passada. Se a retomada do crescimento se confirmar, negócios inovadores poderão aproveitar a disposição dos brasileiros em voltar a comprar.

Por isso, boa parte das tendências de negócios que têm tudo para bombar em 2019 têm como objetivo melhorar serviços e produtos aos usuários finais. É o caso de startups de setores como serviços financeiros e mobilidade urbana. Outra finalidade é ajudar na captação dos melhores clientes, como empreendimentos que atuem com marketing digital.

Confira, a seguir, 10 tendências de negócio que têm tudo para bombar em 2019:

1 — Blockchain

Em 2019, especialistas apostam que o blockchain, uma tecnologia de registro que usa a descentralização como medida de segurança, finalmente será usado como um diferencial. “Há empresas que dizem fazer uso da tecnologia, mas seus clientes não veem a diferença. Agora, veremos empresas possíveis apenas por meio do blockchain”, afirma Alan Leite, CEO da aceleradora Startup Farm.

A maioria associa o blockchain apenas às criptomoedas - mas a tecnologia pode ser empregada em diversos setores. “O potencial é revolucionário e vai impactar radicalmente o setor bancário e de saúde, por exemplo”, diz Luís Gustavo Lima, sócio da aceleradora ACE.

Um levantamento feito à pedido da Folha de São Paulo apontou que, das 4.200 empresas que fazem parte da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), somente nove aderiram e aplicaram a tecnologia blockchain em seus negócios.

Já há algumas iniciativas internacionais, como o Hyperledger, projeto de código aberto da The Linux Foundation que reúne nomes como Accenture, Allianz, IBM, Intel, JP Morgan e Deutsche Börse, entre outras organizações que têm aderido à iniciativa. Outro projeto no qual vale ficar de olho é o consórcio R3, que trabalha com mais de 80 membros como bancos, reguladores e parceiros tecnológicos para desenvolver projetos como a plataforma de blockchain Corda, o “novo sistema operacional” do mercado financeiro.

2 — Fintech

As startups de serviços financeiros existem há anos: o Brasil fechou agosto de 2018 com 453 startups financeiras em operação, de acordo com o Radar FintechLab, um crescimento de 23% sobre 2017. O bom momento para elas no Brasil continuará em 2019, na visão de todos os especialistas consultados.

“Ainda temos um cenário de concentração de serviços financeiros e algumas microáreas podem crescer, como microcrédito, crédito consignado e seguros [insurtechs]”, afirma Pedro Ramos, conselheiro da Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Já Leite, da Startup Farm, aposta também nas insurtechs e nas fintechs que trabalhem com a digitalização do dinheiro, seja nos bancos digitais ou nos pagamentos.

3 — Inteligência artificial

A inteligência artificial, que faz algoritmos identificarem tendências de maneira cada vez mais similar ao cérebro humano, é a aposta de gigantes como Baidu e Google há anos. “Não é exagero dizer que quase tudo relacionado com nossa vida cotidiana e nas empresas terá participação direta desse tipo de tecnologia”, afirma Lima, da ACE.

Algumas aplicações específicas que podem bombar em 2019 são interfaces conversacionais, especialmente para dispositivos mobile e para equipamentos em casa, o que nos leva à próxima tendência.

4 — Internet das coisas

A internet das coisas é uma rede de objetos que, por meio de sensores e conexões com a rede, possibilita a coleta e transmissão de dados. Os smart devices, como são chamadas esses equipamentos inteligentes, já estão presentes em prédios conectados de cidades como São Paulo, afirma Leite, da Startup Farm. “A IoT, como é chamada, veio para ficar, porque é um dos vetores do desenvolvimento da indústria 4.0”, complementa Lima, da ACE.

5 — Lojas físicas e digitais integradas

Com o avanço das compras pela internet, há quem pense que os dias das lojas físicas estão contados. Mas as pessoas não vão parar de comprar presencialmente. “Os pedidos online por serviços de entrega, porém, mudam bastante a relação entre físico e digital. O consumidor quer ter seu produto a qualquer momento, então o online deve ser conveniente. Enquanto isso, a loja física vira um espaço de experiência”, diz Leite.

6 — Marketing digital

Para Ramos, da ABStartups, o marketing dá diferencial às empresas e neste ano não será diferente. Com a retomada do consumo, será preciso investir na área para ganhar visibilidade. Empreendimentos que apostam na publicidade, especialmente no econômico meio digital, irão bombar neste ano. “O advertising é a base da internet e vejo negócios interessantes na área, como mídia programática.”

7 — Mobilidade urbana

Assim como as fintechs, negócios de mobilidade urbana vêm surgindo e se popularizando nos últimos anos. O que começou com os serviços de motoristas, como 99 e Uber, expandiu-se para startups de bicicletas, patinetes e até caminhões, afirma Ramos. “Todas as grandes metrópoles brasileiras irão aproveitar esse momento.”

8 — Proteção de dados

Vazamentos de dados de usuários na internet, como o que aconteceu na rede social Facebook, aumentaram as preocupações com privacidade. Por aqui, foi sancionada a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que visa garantir a privacidade e a segurança das informações pessoais dos brasileiros a partir de fevereiro de 2020.

Pela autorização de uso de dados gerados na internet ser um direito dos usuários, empresas terão de se adequar às normas. Para Lima, sócio da aceleradora ACE, a oportunidade está em soluções que gerenciem a privacidade dos clientes.

9 — Realidade mista

A realidade mista, ou híbrida, une características da realidade virtual com as de realidade aumentada. Para Leite, a realidade mista está presente nas nossas vidas, ainda que de forma tímida. É o caso, por exemplo, do jogo para celular Pokémon Go. Em 2019, essa tecnologia deverá se expandir para mais aplicações.

10 — Saúde e bem-estar

Não é preciso dizer que os mercados de saúde e bem-estar possuem sérias lacunas no Brasil. Por isso, todos estão de olho em plataformas que barateiam e aumentam a acessibilidade aos serviços de saúde. “É o caso, por exemplo, das plataformas Dr. Consulta, de clínicas de baixo custo, e Vittude, para atendimento psicológico”, afirma Leite, da Startup Farm.

“São custos altos para todos, então desde hospitais públicos ao Alber Einstein [hospital de alto padrão] estão procurando novas formas de atendimento e de realização de exames.”

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