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10 jovens empreendedores da internet brasileira

Conheça a inspiração, a trajetória e as perspectivas de dez jovens brasileiros com projetos promissores no mundo virtual

Joana Picq, AchaLá (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2011 às 06h12.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h31.

O dinamismo do mundo tecnológico foi o que atraiu a engenheira civil Joana Picq para a área. Filha de pai francês e mãe brasileira, Joana sempre acompanhou a diferença na oferta de serviços domésticos por aqui e na Europa. Com o aumento do acesso à internet, ela viu uma oportunidade de conectar prestadores de serviços - domésticas, babás, pintores e jardineiros, entre outros - à demanda. No final de 2010, o AchaLá foi lançado na Rocinha, no Rio de Janeiro, durante um evento conjunto com o Instituto Reação. O portal de classificados online trabalha com o público anunciante, composto por prestadores de serviços das classes C, D e E, e o contratante, formado pelas classes A, B e C. Para garantir a qualidade na indicação, são verificados o CPF e as referências dos anunciantes. No início da empreitada, Joana contava com o sócio fundador Bruno Ajuz como anjo e conselheiro. No início deste ano, Luisa Ribeiro, que conhecia Joana desde pequena, soube do projeto e entrou como CEO. “Contratar as pessoas erradas pode quebrar uma empresa”, destaca Joana. “Acompanhar somente os números do Google Analytics [ferramenta de medição de audiência] em vez de ouvir o feedback dos seus usuários também pode ser fatal”, acrescenta. O AchaLá já recebeu R$ 30 mil de investimento dos próprios fundadores. O desafio da startup agora é financiar a expansão e a operação nos próximos 18 meses, período em que devem ser implantados modelos de monetização. A estimativa é de faturar R$ 1,5 milhão em 2012.
  • 2. Marcos Passos, Bookess

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    O mundo virtual começou a fazer parte da vida de Marcos Passos, que mora em Florianópolis, Santa Catarina, bem cedo. Com apenas 13 anos, laçou o primeiro site, sobre animes. Assim como outros projetos de internet, que começaram como “brincadeira”, o site decolou e chegou a receber 50 mil visitas únicas por dia. Passos decidiu se dedicar a outros projetos e a gestão do site acabou sendo entregue à comunidade de fãs. O empreendedor teve a ideia de montar a Bokess depois de ter esquecido em casa um livro que estava lendo durante certa viagem. Ele começou a pensar em uma solução para poder continuar a ler uma obra de onde estivesse. Durante oito meses, trabalhou na ideia, até desenvolver a plataforma editorial online, que permite que conteúdos digitais sejam publicados e vendidos, e que possam ainda ser acessados pela internet ou por leitores digitais e tablets. A Bookes é um mix de editora virtual e comunidade de autores e leitores. Passos a define como uma ferramenta de autopublicação. A startup já recebeu investimentos, mas os sócios não revelam quanto. O empreendimento já soma R$ 150 mil em faturamento e pode ir além, com a pretensão de ganhar escala global. O empreendedor quer estar à frente das mudanças que estão ocorrendo no mercado editorial. “Esta transformação está apenas começando, mas nós estamos entre os líderes revolucionários”, diz.
  • 3. Rafael Zatti, Ideias.me

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  • Foi durante uma entrevista sobre crowdsourcing que Rafael Zatti, teve a ideia de criar uma plataforma através da qual empresas brasileiras pudessem explorar a inteligência coletiva. A fato de Zatti ter estudado Engenharia Elétrica poupou tempo e encurtou o caminho para que o projeto virasse realidade. O primeiro passo para se inteirar sobre o assunto e sua viabilidade foi criar um blog sobre crowdsourcing. Ele escreveu durante quase um ano sobre o tema para amadurecer a ideia da plataforma. Hoje soma 180 artigos e quatro e-books sobre crowdsourcing e inovação aberta. Com o conhecimento acumulado e a experiência que tinha em programação, angariou investimentos junto à família e, vendo que o risco seria baixo, decidiu corrê-lo. A Ideas.me abriu as portas oficialmente em fevereiro deste ano. Vender desafios para grandes empresas foi a estratégia inicial da startup, que chamou a atenção da Vivo. A próxima aposta de Zatti é usar a plataforma para prestar um serviço que permitirá a pequenas e médias empresas resolver problemas por meio da inteligência coletiva. Entre os planos futuros, a intenção é expandir para outros países, como Chile e Argentina, e disseminar a cultura de colaboração no Brasil como forma de interagir com os clientes.
  • 4. Anna Valenzuela, Migux

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    A rede social para crianças Migux nasceu a partir da observação da empreendedora Anna Valenzuela do mercado de internet brasileiro. “Sabíamos que as crianças estavam usando produtos de internet – Orkut, MSN e afins – que não haviam sido concebidos para eles. Não nos preparamos, simplesmente fizemos”, conta. O projeto foi lançado em 2008 e contava seis sócios, todos com experiência em portal da internet. Atualmente, restam apenas dois. O Migux foi o primeiro produto da startup Brancaleone, antes focada na criação de diversos produtos. “Quando lançamos o Migux, cerca de um ano e meio após a abertura da empresa, rapidamente percebemos que ali estava nosso business e que precisaríamos rapidamente ajustar a rota da empresa e, claro, nosso foco”, lembra. Anna afirma que o diferencial do projeto está no apoio de educadores. “É uma rede com três milhões de usuários, associada à inteligência coletiva, criatividade digital e responsabilidade social”, detalha. O espaço seleciona conteúdo infantil de diversas partes do mundo para disponibilizar aos usuários. O Migux ainda não recebeu investimento externo e não divulga seu faturamento. A expectativa para os próximos três anos é que a rede esteja consolidada no universo infantil, além da expansão do empreendimento para desenhos, coleção de livros e aplicativos.
  • 5. Hugo Barros, Crowdtest

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    Quando o mineiro Hugo Barros criou o Crowdtest, em 2010, já trazia experiência de negócios anteriores na bagagem. Os dois primeiros deixaram de existir com menos de um ano de vida, enquanto o terceiro – a Base2, de testes de software – serviu de base para o empreendimento que ele considera como preferido, por ser executado exclusivamente pela internet. Voltado para o mercado de terceirização de software, o Crowdtest paga internautas para identificarem falhas, avaliando a qualidade do software para as empresas. Para o fundador da startup, o diferencial está no serviço rápido a um custo baixo. Foi através da pesquisa de uma das consultorias do Programa Prime, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que o mineiro soube da demanda reprimida para o serviço. Para viabilizar o projeto, Barros e seu sócio, Robert Pereira, captaram a soma de R$ 280 mil em investimentos provenientes de instituições de amparo à pesquisa e de um investidor-anjo da Aceleradora, que virou sócio minoritário da empresa. Para este ano, a projeção de faturamento é de R$ 930 mil.
  • 6. Felipe Salvini, Sieve

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    Com apenas 27 anos, Felipe Salvin, já pode se considerar um empreendedor serial. Sua primeira empresa, de hospedagem de sites, chegou a contar com 500 clientes e, após dois anos de vida, acabou sendo vendida. Já o segundo negócio, na área de voz sobre IP (VoIP), fechou as portas após oito meses de operação. “Aprendi que ter empresa consome muito dinheiro de forma muito rápida”, ele conta. Foi durante a Campus Party, evento que reúne profissionais e entusiastas da internet em São Paulo, que seu terceiro negócio decolou. Ele venceu o concurso Campuseiros Empreendem com a Sieve, empresa de inteligência competitiva para o mercado de comércio eletrônico. A startup começou no quarto de Salvini, no Rio de Janeiro, com dois estagiários. Meses mais tarde, eles entraram para a incubadora de negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Nos próximos dois anos, a meta da empresa é tornar-se referência em monitoramento de preços no e-commerce brasileiro e partir para a internacionalização. Além de Salvini, a startup tem como sócios, Luis Vabo, um investidor-anjo e um fundo.
  • 7. Mayara Campos, Tutudo

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    A Tutudo tem apenas seis meses de vida. Entretanto, a general manager da startup, Mayara Campos, já percorre o caminho dos jogos sociais há muito mais tempo. Com passagem pelas duas principais empresas do ramo voltadas a América Latina – Mentez e Vostu –, acompanhou de perto o mercado e mapeou os hábitos dos brasileiros em jogos sociais durante três anos. “Aprendi que e os brasileiros estão bem abertos para novos hábitos, principalmente na internet.” A startup possui três sócios, um deles a Bossa Nova Investimentos. Até o final do ano, deve ser feita uma nova rodada com investidores. Para atraí-los, Mayara aposta em dois fatores: conhecimento e paixão pelo que se faz. A dedicação é determinante também na composição da equipe que integra a empresa. “Um dos fatores mais importantes para a empresa dar certo ou não são as pessoas que estão envolvidas. Busque aquelas com perfil complementar ao seu, motivadas e que acreditem o tanto quanto você no negócio”, ela recomenda. A Tutudo funciona como uma carteira virtual, que permite que o usuário faça pagamentos pela internet, tanto em jogos sociais como em outros serviços. A vantagem é que ela não precisa ser carregada apenas pela internet, permitindo que consumidores que não têm cartão de crédito também possam utilizar o serviço. É possível comprar créditos através de uma rede de mais 230 mil pontos de venda, incluindo lotéricas, farmácias e padarias.
  • 8. Mauro Ribeiro, Empreendemia

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    Desde os tempos de escola, Mauro Ribeiro já criava os primeiros sites como aventura pessoal e atendia os primeiros clientes. Aos poucos, a curiosidade pela internet, suas formas de organização e interatividade o levaram a cursar Engenharia da Computação. A expansão das redes sociais o inspirou a ter seu empreendimento.No início, Ribeiro pensou em uma rede para conectar médicos e fornecedores de equipamentos e produtos, mas achou inviável. Mais tarde, Ribeiro conheceuMillor Machadoe Luiz Alberto Piovesana, que criaram o blog Saia do Lugar, voltado a empreendedores, e tinham o projeto de criar uma rede social para este público. A Empreendemia nasceria em 2009, em Campinas, São Paulo.O site reúne pequenos empreendedores em uma espécie de vitrine virtual – organizada a partir da atividade e região – para troca de contatos e oportunidades de negócios. “No geral, é alguém que acabou de conhecer a internet e ainda está em processo de aprendizado, ou que não tem tempo de pesquisar fornecedores”, explica Ribeiro. Em 2010, o faturamento da startup foi de R$ 40 mil, montante já atingido neste ano, em julho. “Estamos buscando um sócio investidor para financiar uma expansão mais agressiva no início de 2012. Chegou a hora de fazer a empresa decolar”, diz.
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