Yahoo! demitirá 2.000, mas não consegue contratar um: o CEO
Após quase dois meses da saída de Scott Thompson, companhia não dá nem sinais de quem possa ser seu substituto e, por enquanto, Ross Levinsohn está quebrando o galho
Daniela Barbosa
Publicado em 13 de julho de 2012 às 13h32.
São Paulo - Como se não bastasse ter que administrar a invasão de hackers em seu sistema e a demissão em massa de mais de 2.000 funcionários, o Yahoo! enfrenta também outro desafio: o de encontrar um CEO permanente para dirigir a companhia.
Desde a saída de Scott Thompson, em maio deste ano, Ross Levinsohn, executivo da casa, assumiu o posto de CEO interino e, pelo menos por enquanto, ele deve continuar no cargo até segundo ordem.
Ontem, em reunião com os acionistas, nenhum nome foi cogitado para assumir o posto e ninguém também sinalizou que Levinsohn possa passar de CEO provisório a permanente, no curto prazo ou médio prazo. O tema passou despercebido pelos acionistas.
A dificuldade de encontrar um executivo para tocar a companhia está diretamente ligada ao momento ruim que o Yahoo! vive. Mesmo com resultados positivos no primeiro trimestre do ano, a companhia patina no mercado e virar CEO da empresa de tecnologia pode ser sinônimo de “queimação de filme”.
Mudanças recentes
Na época em que Carol Bartz foi demitida, especialistas desse setor já afirmavam que dificilmente alguém iria topar assumir uma empresa tão complicada quanto o Yahoo!. Tanto é verdade, que a companhia demorou mais de 120 dias para anunciar o nome de seu substituto: Scott Thompson.
Thompson assumiu o posto de CEO em janeiro deste ano, mas poucos meses depois foi demitido pela empresa, por ter mentido. No currículo do ex-CEO constava que ele tinha duas faculdades, uma de ciências da computação, outra de contabilidade, mas na verdade, ele tinha apenas um diploma universitário.
A fraude foi descoberta pelo Third Point, maior acionista do Yahoo!, e a saída de Thompson do cargo foi inevitável. Já Carol foi demitida por não apresentar resultados satisfatórios aos acionistas , a executiva foi dispensada da empresa por telefone e dias depois, declarou publicamente que o Yahoo! tinha f(...) sua vida.
Levinsohn por enquanto vem quebrando o ganho. O executivo até mostrou interesse de ser efetivado no cargo e disse na reunião do conselho, desta semana, que pode fazer muito mais pela empresa. Talvez fosse o momento do Yahoo! repensar sua estratégia e agarrar a oportunidade, uma vez que achar alguém com boa vontade para tocar a companhia não está fácil.
São Paulo - Como se não bastasse ter que administrar a invasão de hackers em seu sistema e a demissão em massa de mais de 2.000 funcionários, o Yahoo! enfrenta também outro desafio: o de encontrar um CEO permanente para dirigir a companhia.
Desde a saída de Scott Thompson, em maio deste ano, Ross Levinsohn, executivo da casa, assumiu o posto de CEO interino e, pelo menos por enquanto, ele deve continuar no cargo até segundo ordem.
Ontem, em reunião com os acionistas, nenhum nome foi cogitado para assumir o posto e ninguém também sinalizou que Levinsohn possa passar de CEO provisório a permanente, no curto prazo ou médio prazo. O tema passou despercebido pelos acionistas.
A dificuldade de encontrar um executivo para tocar a companhia está diretamente ligada ao momento ruim que o Yahoo! vive. Mesmo com resultados positivos no primeiro trimestre do ano, a companhia patina no mercado e virar CEO da empresa de tecnologia pode ser sinônimo de “queimação de filme”.
Mudanças recentes
Na época em que Carol Bartz foi demitida, especialistas desse setor já afirmavam que dificilmente alguém iria topar assumir uma empresa tão complicada quanto o Yahoo!. Tanto é verdade, que a companhia demorou mais de 120 dias para anunciar o nome de seu substituto: Scott Thompson.
Thompson assumiu o posto de CEO em janeiro deste ano, mas poucos meses depois foi demitido pela empresa, por ter mentido. No currículo do ex-CEO constava que ele tinha duas faculdades, uma de ciências da computação, outra de contabilidade, mas na verdade, ele tinha apenas um diploma universitário.
A fraude foi descoberta pelo Third Point, maior acionista do Yahoo!, e a saída de Thompson do cargo foi inevitável. Já Carol foi demitida por não apresentar resultados satisfatórios aos acionistas , a executiva foi dispensada da empresa por telefone e dias depois, declarou publicamente que o Yahoo! tinha f(...) sua vida.
Levinsohn por enquanto vem quebrando o ganho. O executivo até mostrou interesse de ser efetivado no cargo e disse na reunião do conselho, desta semana, que pode fazer muito mais pela empresa. Talvez fosse o momento do Yahoo! repensar sua estratégia e agarrar a oportunidade, uma vez que achar alguém com boa vontade para tocar a companhia não está fácil.