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Xiaomi não vê impacto com queda das vendas de smartphones

Em 2015, a companhia ficou abaixo das metas de vendas de smartphones em 12 por cento

Xiaomi: vice-presidente disse que o modelo de negócios da empresa não se baseava em dinheiro com vendas de aparelhos (foto/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 25 de novembro de 2016 às 14h36.

Pequim - A queda nas vendas de smartphones não terá grande impacto para a chinesa Xiaomi , já que o crescimento do lucro será impulsionado pelas vendas de aparelhos domésticos inteligentes e pela receita de seu conjunto de softwares, disse um executivo da companhia.

A Xiaomi foi avaliada em 46 bilhões de dólares na última captação de fundos em 2014, o que a tornou por um tempo a empresa iniciante de tecnologia mais valiosa do mundo.

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Mas em 2015, a companhia ficou abaixo das metas de vendas de smartphones em 12 por cento, enquanto as vendas de smartphones na China no terceiro trimestre caíram 45 por cento, segundo a consultoria IDC, criando dúvidas de que essa avaliação ainda se justifique.

O vice-presidente global da Xiaomi, Hugo Barra, disse que o modelo de negócios da empresa não se baseava em dinheiro com vendas de aparelhos e que a companhia não precisava levantar mais fundos.

"Basicamente, estamos dando aparelhos sem fazer nenhum dinheiro ... nós nos preocupamos com os fluxos de receitas recorrentes ao longo dos anos", disse o executivo brasileiro em entrevista à Reuters. "Poderíamos vender 10 bilhões de smartphones e não faríamos um único centavo de lucro", acrescentou.

Em abril, o vice-presidente da Xiaomi Liu De disse que a empresa espera que as vendas de aparelhos inteligentes dobrem para 10 bilhões de iuans (1,5 bilhão de dólares) este ano.

A empresa investiu pesadamente na Índia e no Sudeste Asiático e está fazendo sua primeira incursão no mercado norte-americano - lançando no próximo mês seu primeiro dispositivo capaz de roaming nas redes 4G do país.

Em janeiro, a Xiomi vai participar pela primeira vez da feira de eletrônicos de consumo CES, em Las Vegas, lançando um novo produto, disse Barra.

"Não há pressão para fazermos um IPO ou mesmo uma rodada de levantamento de capital", disse o executivo.

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