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Via Varejo ganha menos para conquistar mais mercado

A competição agressiva da dona da Casas Bahia e Pontofrio vem com um preço

Via Varejo: a competição agressiva da dona da Casas Bahia e Pontofrio vem com um preço (Germano Luders/Exame)

Karin Salomão

Publicado em 10 de maio de 2016 às 15h51.

São Paulo – Com uma estratégia agressiva de preços, a Via Varejo quer ganhar espaço no mercado em crise.

A estratégia da empresa para o último trimestre, e que irá se manter nos próximos meses, é “continuar com postura bastante competitiva, o que ajuda a melhorar o patamar de vendas e a ganhar market share”, afirmou Peter Estermann, presidente da companhia.

A competição agressiva da dona da Casas Bahia e Pontofrio vem com um preço. A margem bruta atingiu 30,5% no trimestre, 2,5 pontos porcentuais a menos que no ano passado, e a margem Ebitda ajustada ficou em 3,2% no trimestre, ante 9,5% no ano anterior.

Com receitas líquidas de R$ 4,7 bilhões, queda de 12,7%, as vendas de mesmas lojas caíram 11,8% no trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

Estermann avalia, contudo, que há uma recuperação dos resultados, já que as quedas dos trimestres anteriores foram maiores. Ele afirmou, em conferência com analistas, que os meses de fevereiro e março foram mais positivos do que janeiro.

Perseguindo a eficiência

No trimestre, a Via Varejo buscou reduzir seus custos e melhorar as sinergias com a Cnova. As despesas subiram 0,9% em relação ao ano passado.

A varejista reduziu o prazo de entregas em 50% e de montagem dos móveis e melhorou o agendamento das entregas.

Na busca por eficácia, a empresa fechou 36 lojas e terminou o trimestre com 978 unidades. Estermann afirmou que parte das vendas que ocorriam nesses locais foi recuperada por unidades próximas.

Ela também está atenta para capturar receitas de pondos fechados pela concorrência. "Temos ações específicas para capturar parte do público desses pontos", disse o presidente.

Recentemente, a Máquina de Vendas fechou mais de 100 lojas por conta de seu processo de reestruturação.

Restrição de crédito

Ao mesmo tempo em que a varejista mantém uma estratégia agressiva nos preços, ela está mais conservadora no crédito. A inadimplência, de 12,7% se manteve estável em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

A empresa está tentando melhorar sua carteira com uma nova plataforma para análise de crédito, treinamento da equipe e ajuda da consultoria McKinsey. Ela também vendeu seu centro de cobrança, o que ajudou a melhorar a performance dessa área.

São Paulo - O ano de 2015 foi amargo para grande parte das empresas no Brasil – mas há exceções. Algumas companhias não só conseguiram contornar a crise como registraram ganhos recordes no ano passado. É o caso do Itaú, que teve o maior lucro anual já visto no Brasil, de 23,35 bilhões de reais. Outros grandes bancos também se deram bem, assim como empresas do setor de finanças, seguros e energia, principalmente. A seguir, veja as companhias listadas em bolsa no Brasil que tiveram os 25 melhores resultados de 2015. O levantamento foi feito pela Economatica .
  • 2. 1. Itaú Unibanco

    2 /27(Sergio Moraes / Reuters)

  • Veja também

    Lucro em 2015R$ 23,35 bilhões
    Lucro em 2014R$ 20,24 bilhões
    Variação15,37%
    SetorFinanças e seguros
  • 3. 2. Bradesco

    3 /27(Andrew Harrer/Bloomberg)

  • Lucro em 2015R$ 17,18 bilhões
    Lucro em 2014R$ 15,08 bilhões
    Variação13,93%
    SetorFinanças e seguros
  • 4. 3. Banco do Brasil

    4 /27(Pilar Olivares/Reuters)

    Lucro em 2015R$ 14,39 bilhões
    Lucro em 2014R$ 11,24 bilhões
    Variação28,02%
    SetorFinanças e seguros
  • 5. 4. Ambev

    5 /27(Germano Lüders / EXAME)

    Lucro em 2015R$ 12,42 bilhões
    Lucro em 2014R$ 12,06 bilhões
    Variação2,98%
    SetorAlimentos e bebidas
  • 6. 5. Santander

    6 /27(Pilar Olivares/REUTERS)

    Lucro em 2015R$ 6,99 bilhões
    Lucro em 2014R$ 2,16 bilhões
    Variação223,60%
    SetorFinanças e seguros
  • 7. 6. BTG Pactual

    7 /27(Gustavo Kahil / Exame.com)

    Lucro em 2015R$ 5,62 bilhões
    Lucro em 2014R$ 3,36 bilhões
    Variação67,25%
    SetorFinanças e seguros
  • 8. 7.JBS

    8 /27(Divulgação)

    Lucro em 2015R$ 4,64 bilhões
    Lucro em 2014R$ 2,03 bilhões
    Variação128,57%
    SetorAlimentos e bebidas
  • 9. 8. BB Seguridade

    9 /27(Adriano Machado)

    Lucro em 2015R$ 4,20 bilhões
    Lucro em 2014R$ 3,45 bilhões
    Variação21,74%
    SetorFinanças e seguros
  • 10. 9. Cielo

    10 /27(Divulgação/Cielo)

    Lucro em 2015R$ 3,51 bilhões
    Lucro em 2014R$ 3,21 bilhões
    Variação9,35%
    SetorSoftware e dados
  • 11. 10. Telefônica Vivo

    11 /27(Adriano Machado/Bloomberg)

    Lucro em 2015R$ 3,42 bilhões
    Lucro em 2014R$ 4,39 bilhões
    Variação-22,10%
    SetorTelecomunicações
  • 12. 11. Braskem

    12 /27(Divulgação)

    Lucro em 2015R$ 3,14 bilhões
    Lucro em 2014R$ 864,06 milhões
    Variação263,40%
    SetorQuímico
  • 13. 12. BRF

    13 /27(Adriano Machado/Bloomberg)

    Lucro em 2015R$ 3,11 bilhões
    Lucro em 2014R$ 2,22 bilhões
    Variação40,08%
    SetorAlimentos e bebidas
  • 14. 13. Cemig

    14 /27(Divulgação)

    Lucro em 2015R$ 2,49 bilhões
    Lucro em 2014R$ 3,13 bilhões
    Variação-20,45%
    SetorEnergia elétrica
  • 15. 14. BM&FBovespa

    15 /27(Nacho Doce/Reuters)

    Lucro em 2015R$ 2,20 bilhões
    Lucro em 2014R$ 977,05 milhões
    Variação125,17%
    SetorFinanças e seguros
  • 16. 15. TIM

    16 /27(Pilar Olivares / Reuters)

    Lucro em 2015R$ 2,07 bilhões
    Lucro em 2014R$ 1,54 bilhão
    Variação34,42%
    SetorTelecomunicações
  • 17. 16. Ultrapar

    17 /27(Lia Lubambo/EXAME.com)

    Lucro em 2015R$ 1,50 bilhão
    Lucro em 2014R$ 1,24 bilhão
    Variação20,97%
    SetorQuímico
  • 18. 17. Tractebel

    18 /27(Adriano Machado/Bloomberg)

    Lucro em 2015R$ 1,50 bilhão
    Lucro em 2014R$ 1,38 bilhão
    Variação8,70%
    SetorEnergia elétrica
  • 19. 18. Kroton

    19 /27(Germano Lüders/EXAME)

    Lucro em 2015R$ 1,39 bilhão
    Lucro em 2014R$ 1,00 bilhão
    Variação39,00%
    SetorEducação
  • 20. 19. EDP Brasil

    20 /27(Mario Proenca/Bloomberg)

    Lucro em 2015R$ 1,26 bilhão
    Lucro em 2014R$ 734,50 milhões
    Variação71,55%
    SetorEnergia elétrica
  • 21. 20. CSN

    21 /27(Alexandre SantAnna/Veja Rio)

    Lucro em 2015R$ 1,25 bilhão
    Prejuízo em 2014- R$ 105,21 milhões
    VariaçãoNão se aplica
    SetorSiderurgia
  • 22. 21. Copel

    22 /27(Divulgação)

    Lucro em 2015R$ 1,19 bilhão
    Lucro em 2014R$ 1,20 bilhão
    Variação-0,83%
    SetorEnergia elétrica
  • 23. 22. WEG

    23 /27(Germano Lüders/EXAME)

    Lucro em 2015R$ 1,15 bilhão
    Lucro em 2014R$ 954,72 milhões
    Variação20,45%
    SetorMáquinas industriais
  • 24. 23. Porto Seguro

    24 /27(Divulgação/Porto Seguro)

    Lucro em 2015R$ 1,00 bilhão
    Lucro em 2014R$ 875,82 milhões
    Variação14,18%
    SetorFinanças e seguros
  • 25. 24. Taesa

    25 /27(Dado Galdieri/Bloomberg)

    Lucro em 2015R$ 909,42 milhões
    Lucro em 2014R$ 904,84 milhões
    Variação0,51%
    SetorEnergia elétrica
  • 26. 25. CCR

    26 /27(Valéria Gonçalves/EXAME.com)

    Lucro em 2015R$ 874,36 milhões
    Lucro em 2014R$ 1,34 bilhão
    Variação-34,75%
    SetorTransporte e serviços
  • 27. Agora veja as empresas no lado oposto da balança

    27 /27(Germano Luders/Exame)

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