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Venda de fábrica de fertilizantes da Petrobras é cancelada

Segundo a estatal, o plano de negócios proposto pelo comprador impossibilitou determinadas aprovações governamentais

Petrobras: Havia uma previsão de que o Conselho se reunisse ainda hoje para chancelar o nome de Andrade (Sergio Moraes/Reuters)
AO

Agência O Globo

Publicado em 28 de abril de 2022 às 10h38.

Última atualização em 28 de abril de 2022 às 11h03.

A Petrobras informou na manhã desta quinta-feira que não foi concluído o processo de venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), no município de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, para o grupo russo Acron. Segundo a estatal, o motivo foram as intenções russas.

"O plano de negócios proposto pelo potencial comprador, em substituição ao projeto original, impossibilitou determinadas aprovações governamentais que eram necessárias para a continuidade da transação", disse a estatal.

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A venda da unidade foi anunciada em fevereiro pela então ministra da Agricultura, Tereza Cristina durante evento em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul (MS).

O acordo entre Petrobras e Rússia foi anunciado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em fevereiro, poucos dias antes de o presidente Jair Bolsonaro — que festejou a notícia em redes sociais na época — viajar para a Rússia, e cerca de duas semanas antes da invasão da Ucrânia por tropas russas.

O valor da operação não foi revelado, mas segundo uma fonte, a soma corresponderia ao que a Petrobras já havia investido no empreendimento, em torno de R$ 3,8 bilhões. A expectativa era que fábrica começasse a operar em 2027.

A nefociação foi cercada de polêmica. A senadora e pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet — que, há 11 anos, quando era prefeita de Três Lagoas, cedeu um terreno de 50 hectares para a fábrica — afirma que a estatal, além de ter se precipitado com a venda, não se preocupou em colocar no contrato um prazo que obrigue a compradora a produzir a partir de determinado período.

 

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