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Veja as dicas do guru do Pão de Açúcar para atingir metas

Raj Sisodia, co-fundador do Instituto Conscious Capitalism, defende líderes espiritualmente maduros e funcionários que não sejam guiados por “cenouras” e “gravetos”

Raj Sisodia em palestra no Grupo Pão de Açúcar: para o consultor, as empresas não precisam gastar muito com marketing (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 12h37.

São Paulo - Os executivos devem pensar menos no dinheiro que ganham, e mais em encontrar um propósito para suas empresas – algo que faça as pessoas sentirem falta delas, caso deixem de existir. Essa é a linha de pensamento do consultor indiano Raj Sisodia, co-fundador do Instituto Conscious Capitalism. O grupo tem outras ideias – também polêmicas – sobre como uma empresa pode atingir suas metas.

O Instituto foi criado em 2009 e defende que uma forma mais complexa de capitalismo está emergindo, que alia boa performance financeira e qualidade de vida. O consultor veio ao Brasil no final de 2011 para conhecer lojas do grupo P ão de Açúcar e conversar com membros do grupo.

O livro Firms of Endearment (em português, "Os segredos das empresas mais queridas", sem edição no Brasil), do qual ele é co-autor, foi apresentado à Abilio Diniz pelo seu outro guru, Jim Collins.

Sisodia, a pedido de EXAME.com, elaborou uma lista com os 10 pontos mais importantes para uma empresa atingir seus objetivos e se aperfeiçoar:

Não é apenas o dinheiro que importa

Para Sisodia, a empresa precisa desenvolver e vivenciar um propósito verdadeiramente mais ‘healing’ - sigla em inglês para heroico, evolutivo, alinhado, amável, inspirador, natural e generoso. O principal é ter um propósito maior – e não se importar apenas com o dinheiro.

Acionistas são o fim, não o meio

Outro mandamento é tratar todos os acionistas como o fim e não como meio. Isso significa que não pode haver exploração de um em benefício de outros. Logo, a empresa sempre deve buscar resultados em que todos saiam ganhando – e rejeitar o pensamento de trade-off.


Os acionistas são entendidos em um sentido mais amplo, e incluem a sociedade, os sócios, os investidores, os clientes, os empregados e o meio ambiente. Os fornecedores são o segundo ponto mais importante, para Sisodia. É necessário procurar os melhores e trata-los como verdadeiros parceiros.

Não gastar tanto com marketing

A empresa não precisa gastar muito com marketing – isso que diz é Sisodia que, inclusive, é professor de marketing na Bentley University. A companhia deve confiar na lealdade dos consumidores e na propaganda boca a boca por parte dos acionistas.

Não procure quem corre atrás de cenouras ou gravetos

É necessário ser muito cuidadosos para contratar funcionários com um bom mix entre paixão e propósito e capacidade de amar e se importar. A empresa deve confiar primeiro em motivações intrínsecas e não em cenouras ou gravetos – ou seja, procurar funcionários realmente motivados e envolvidos com o trabalho e não aqueles que só se preocupam com o bônus do final do ano. Também é importante dar às pessoas muita autonomia e oportunidade de ter autoridade. A compensação dos executivos deve ser modesta – o frontline, por sua vez, deve ser bem remunerado.

Descentralização

A empresa deve prestar atenção para criar e sustentar uma cultura tactile (tangível) – sigla em inglês para confiança, autenticidade, cuidado, transparência, integridade, aprendizado e empoderamento. O sistema de administração deverá ser baseado em descentralização, empoderamento, inovação e colaboração.

Líderes maduros

Os líderes deverão ser indivíduos emocionalmente e espiritualmente maduros. “Sonhe e crie o futuro junto com todos os acionistas. Repita o processo todos os anos”, afirmou Sisodia.

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São Paulo - Os executivos devem pensar menos no dinheiro que ganham, e mais em encontrar um propósito para suas empresas – algo que faça as pessoas sentirem falta delas, caso deixem de existir. Essa é a linha de pensamento do consultor indiano Raj Sisodia, co-fundador do Instituto Conscious Capitalism. O grupo tem outras ideias – também polêmicas – sobre como uma empresa pode atingir suas metas.

O Instituto foi criado em 2009 e defende que uma forma mais complexa de capitalismo está emergindo, que alia boa performance financeira e qualidade de vida. O consultor veio ao Brasil no final de 2011 para conhecer lojas do grupo P ão de Açúcar e conversar com membros do grupo.

O livro Firms of Endearment (em português, "Os segredos das empresas mais queridas", sem edição no Brasil), do qual ele é co-autor, foi apresentado à Abilio Diniz pelo seu outro guru, Jim Collins.

Sisodia, a pedido de EXAME.com, elaborou uma lista com os 10 pontos mais importantes para uma empresa atingir seus objetivos e se aperfeiçoar:

Não é apenas o dinheiro que importa

Para Sisodia, a empresa precisa desenvolver e vivenciar um propósito verdadeiramente mais ‘healing’ - sigla em inglês para heroico, evolutivo, alinhado, amável, inspirador, natural e generoso. O principal é ter um propósito maior – e não se importar apenas com o dinheiro.

Acionistas são o fim, não o meio

Outro mandamento é tratar todos os acionistas como o fim e não como meio. Isso significa que não pode haver exploração de um em benefício de outros. Logo, a empresa sempre deve buscar resultados em que todos saiam ganhando – e rejeitar o pensamento de trade-off.


Os acionistas são entendidos em um sentido mais amplo, e incluem a sociedade, os sócios, os investidores, os clientes, os empregados e o meio ambiente. Os fornecedores são o segundo ponto mais importante, para Sisodia. É necessário procurar os melhores e trata-los como verdadeiros parceiros.

Não gastar tanto com marketing

A empresa não precisa gastar muito com marketing – isso que diz é Sisodia que, inclusive, é professor de marketing na Bentley University. A companhia deve confiar na lealdade dos consumidores e na propaganda boca a boca por parte dos acionistas.

Não procure quem corre atrás de cenouras ou gravetos

É necessário ser muito cuidadosos para contratar funcionários com um bom mix entre paixão e propósito e capacidade de amar e se importar. A empresa deve confiar primeiro em motivações intrínsecas e não em cenouras ou gravetos – ou seja, procurar funcionários realmente motivados e envolvidos com o trabalho e não aqueles que só se preocupam com o bônus do final do ano. Também é importante dar às pessoas muita autonomia e oportunidade de ter autoridade. A compensação dos executivos deve ser modesta – o frontline, por sua vez, deve ser bem remunerado.

Descentralização

A empresa deve prestar atenção para criar e sustentar uma cultura tactile (tangível) – sigla em inglês para confiança, autenticidade, cuidado, transparência, integridade, aprendizado e empoderamento. O sistema de administração deverá ser baseado em descentralização, empoderamento, inovação e colaboração.

Líderes maduros

Os líderes deverão ser indivíduos emocionalmente e espiritualmente maduros. “Sonhe e crie o futuro junto com todos os acionistas. Repita o processo todos os anos”, afirmou Sisodia.

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