“Valor compartilhado” traz nova era no mundo dos negócios
“Podemos beneficiar o acionista, mas também deixar um rastro positivo na sociedade”, disse Lourenço Bustani, da Mandalah, sobre "valor compartilhado"
Gabriela Ruic
Publicado em 29 de novembro de 2017 às 14h40.
Última atualização em 29 de novembro de 2017 às 16h30.
São Paulo – A busca de lucro por meio do envolvimento das empresas na identificação e solução dos problemas sociais e ambientais que afligem a sociedade, visão conhecida como “valor compartilhado” , representa uma nova era para o mundo dos negócios.
É em que acredita Lourenço Bustani, cofundador da Mandalah, consultoria de inovação brasileira cuja filosofia é baseada no conceito de “inovação consciente”. Bustani foi eleito o brasileiro mais criativo no mundo dos negócios pela revista Fast Company em 2012. Ele falou durante o EXAME Fórum Sustentabilidade 2017, evento realizado por EXAME para debater as práticas de “valor compartilhado” e a incorporação dessa visão no Brasil e no mundo.
“Nenhum homem é uma ilha”, notou ele ao citar o escritor Ernest Hemingway para falar sobre a simbiose entre lucro e o propósito. “Podemos beneficiar o acionista, mas também deixar um rastro positivo na sociedade”, continuou, destacando a relevância cada vez maior do papel social que as corporações devem exercer, não apenas em prol das benesses para os negócios, mas também visando impactos positivos para a sociedade.
“A dimensão social não é apenas de um ato de bondade aleatório. É o todo, mas também o papel que você exerce nesse todo”, concluiu Bustani.