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Vale vê aumento de compras pela China no 4o trimestre

A empresa divulgou lucro recorde para um segundo trimestre, de 10,3 bilhões de reais, aumento de 55 por cento em relação há um ano

Vale está presente em 37 países, mas ocupa o 10° lugar  (Divulgação)

Vale está presente em 37 países, mas ocupa o 10° lugar (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 17h18.

Rio - A Vale continua apostando na demanda da China e prevê incremento de vendas para o país asiático no quarto trimestre deste ano, depois de uma prevista estabilidade no terceiro trimestre, disseram executivos da mineradora em teleconferência nesta sexta-feira para comentar o resultado divulgado na véspera.

A empresa divulgou lucro recorde para um segundo trimestre, de 10,3 bilhões de reais, aumento de 55 por cento em relação há um ano. O resultado no entanto ficou um pouco abaixo das estimativas, o que puxou a queda das ações da empresa nesta sexta-feira.

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou estar otimista com a economia chinesa, que no segundo trimestre contribuiu com cerca de um terço da receita da Vale, e disse que a inflação do país asiático será decisiva no segundo semestre.

"A inflação na China é um elemento chave e cria uma certa preocupação, eu acho que nós podemos ver alguma melhoria no segundo semestre do ano e estamos absolutamente positivos sobre o futuro da China", afirmou Ferreira.

Também presente na teleconferência, o diretor de Marketing, Vendas e Estratégia da mineradora, José Carlos Martins, reforçou a previsão positiva.

"Eu vejo uma situação estável no terceiro trimestre e a possibilidade de algum incremento no último trimestre, isso é o que normalmente acontece no mercado chinês, porque as pessoas tentam conseguir um pouco mais de minério para enfrentar o inverno", explicou.

"Mas não vemos grandes mudanças no mercado no segundo semestre, acredito que estaremos quase no mesmo nível que estivemos no primeiro semestre", complementou.

Julho bom - Ao ser perguntado por um analista se no terceiro trimestre o preço de realização do minério de ferro poderia subir cerca de 7 dólares por tonelada sobre a média de 145,30 dólares a tonelada do segundo trimestre, Martins afirmou que "é um cálculo razoável, limitou-se a dizer.


As chuvas, que prejudicaram os embarques no segundo trimestre --decorrendo em menores volumes embarcado e piora da qualidade do produto--, já ficaram para trás segundo os executivos da empresa, e não vão afetar a meta de produção de 310 milhões de toneladas em 2011.

"Julho tem sido um mês muito bom, tivemos o final da temporada de chuvas, então provavelmente tivemos um dos melhores meses de nossa história, e com isso continuamos mantendo a nossa previsão para o ano, de 310 milhões de toneladas (de minério de ferro)", informou o diretor financeiro, Guilherme Cavalcanti.

Além do minério de ferro a empresa destacou o níquel como um dos focos da sua atuação --assim como cobre, carvão e fertilizantes, onde quer aumentar atuação--, e informou que no segundo semestre deste ano a produção de níquel atingirá a capacidade plena.

"Basicamente terminamos a reconstrução do segundo forno em Subdury (Canadá), o que significa que estaremos de volta, a plena produção... Claro que você pode assumir que na segunda parte do ano estaremos produzindo 100 por cento em todas as operações (de níquel)", disse o diretor executivo de Operações de Metais Básicos, Tito Martins.

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