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Vale reduzirá fatia em projeto de Moçambique

Nacala é infraestrutura logística da operação moçambicana de carvão da Vale e engloba corredor ferroviário e porto para escoar a produção da mina de Moatize

Mina da Vale no norte de Moçambique: além da Vale, o governo de Moçambique e investidores privados locais são sócios com outros 30% (Johannes Myburgh/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 16h19.

Rio - A Vale deverá anunciar até o fim do primeiro semestre de 2014 a venda de metade da fatia de 70% no corredor logístico de Nacala, em Moçambique.

"Estamos em tratativas concretas em relação ao parceiro para o corredor Nacala", disse o presidente da mineradora , Murilo Ferreira, ao comentar os planos de desinvestimento da companhia.

Nacala é a infraestrutura logística da operação moçambicana de carvão da Vale e engloba um corredor ferroviário de 912 quilômetros e porto para escoar a produção da mina de Moatize. Além da Vale, o governo de Moçambique e investidores privados locais são sócios com outros 30%.

Além de reduzir seu investimento no projeto - orçado em US$ 4,4 bilhões - ao encontrar um sócio para Nacala, a Vale atende a um pleito do governo local de abrir o corredor para o escoamento de outros produtos, como alimentos. Segundo Ferreira, é um "desinvestimento especial" que levará justiça social àquele país.

De acordo com o diretor de Logística da Vale, Humberto Freitas, a ferrovia de Nacala terá capacidade para transportar 22 milhões de toneladas/ano, dos quais 18 milhões da Vale. Com a possibilidade de ampliações dos pátios de cruzamento, essa capacidade pode chegar a 50 milhões de toneladas anuais no futuro.

Sócio

A Vale está em busca de um sócio para desenvolver seus projetos na área de fertilizantes. De acordo com Ferreira, a companhia não tinha um plano B ao projeto Rio Colorado, na Argentina, do qual desistiu este ano após enfrentar problemas com o governo local. Agora, a empresa está construindo alternativas, disse o executivo.

Segundo Ferreira, a Vale está "pegando um atalho" para fazer uma associação em nível de holding ou de projetos. A companhia poderá fazer joint ventures em projetos específicos como Carnalita, em Sergipe, ou Kronau, no Canadá. A outra opção é ter um parceiro que entre na holding de fertilizantes, a antiga Vale Fertilizantes. Nesse caso, Ferreira afirmou que não quer um investidor apenas financeiro, mas operacional e que possa agregar novos ativos ao portfólio da Vale.

"Hoje o negócio de fertilizantes da Vale tem um sotaque muito brasileiro", disse, sem revelar detalhes sobre os potenciais interessados. De acordo com o executivo, a meta é ultrapassar a capacidade de produção de 4 milhões de toneladas/ano que viria do projeto Rio Colorado. Apenas em Carnalita a capacidade de produção inicial é estimada em 2,2 milhões de toneladas. A expectativa de Ferreira é que os estudos e a definição sobre esse projeto estejam concluídos até o primeiro trimestre de 2014, independentemente do anúncio do sócio.

Já em Kronau, a Vale está em fase de estudos que aponta para uma possibilidade de produção de 4 milhões de toneladas anuais. Ferreira afirmou que a decisão sobre o sócio para fertilizantes deverá ser posterior à relativa ao sócio para carvão e ao corredor Nacala, em Moçambique, onde já há uma decisão madura.

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Rio - A Vale deverá anunciar até o fim do primeiro semestre de 2014 a venda de metade da fatia de 70% no corredor logístico de Nacala, em Moçambique.

"Estamos em tratativas concretas em relação ao parceiro para o corredor Nacala", disse o presidente da mineradora , Murilo Ferreira, ao comentar os planos de desinvestimento da companhia.

Nacala é a infraestrutura logística da operação moçambicana de carvão da Vale e engloba um corredor ferroviário de 912 quilômetros e porto para escoar a produção da mina de Moatize. Além da Vale, o governo de Moçambique e investidores privados locais são sócios com outros 30%.

Além de reduzir seu investimento no projeto - orçado em US$ 4,4 bilhões - ao encontrar um sócio para Nacala, a Vale atende a um pleito do governo local de abrir o corredor para o escoamento de outros produtos, como alimentos. Segundo Ferreira, é um "desinvestimento especial" que levará justiça social àquele país.

De acordo com o diretor de Logística da Vale, Humberto Freitas, a ferrovia de Nacala terá capacidade para transportar 22 milhões de toneladas/ano, dos quais 18 milhões da Vale. Com a possibilidade de ampliações dos pátios de cruzamento, essa capacidade pode chegar a 50 milhões de toneladas anuais no futuro.

Sócio

A Vale está em busca de um sócio para desenvolver seus projetos na área de fertilizantes. De acordo com Ferreira, a companhia não tinha um plano B ao projeto Rio Colorado, na Argentina, do qual desistiu este ano após enfrentar problemas com o governo local. Agora, a empresa está construindo alternativas, disse o executivo.

Segundo Ferreira, a Vale está "pegando um atalho" para fazer uma associação em nível de holding ou de projetos. A companhia poderá fazer joint ventures em projetos específicos como Carnalita, em Sergipe, ou Kronau, no Canadá. A outra opção é ter um parceiro que entre na holding de fertilizantes, a antiga Vale Fertilizantes. Nesse caso, Ferreira afirmou que não quer um investidor apenas financeiro, mas operacional e que possa agregar novos ativos ao portfólio da Vale.

"Hoje o negócio de fertilizantes da Vale tem um sotaque muito brasileiro", disse, sem revelar detalhes sobre os potenciais interessados. De acordo com o executivo, a meta é ultrapassar a capacidade de produção de 4 milhões de toneladas/ano que viria do projeto Rio Colorado. Apenas em Carnalita a capacidade de produção inicial é estimada em 2,2 milhões de toneladas. A expectativa de Ferreira é que os estudos e a definição sobre esse projeto estejam concluídos até o primeiro trimestre de 2014, independentemente do anúncio do sócio.

Já em Kronau, a Vale está em fase de estudos que aponta para uma possibilidade de produção de 4 milhões de toneladas anuais. Ferreira afirmou que a decisão sobre o sócio para fertilizantes deverá ser posterior à relativa ao sócio para carvão e ao corredor Nacala, em Moçambique, onde já há uma decisão madura.

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