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Vale investirá US$ 1,8 bilhão em 2004

O anúncio de que irá desembolsar 1,8 bilhão de dólares em 2004 mostra que a política de investimentos da Vale do Rio Doce continua tão agressiva como nos últimos anos. Segundo o presidente da companhia, Roger Agnelli, a maior parte do investimento (1,4 bilhão) será destinada à ampliação da capacidade de produção de minérios. O […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O anúncio de que irá desembolsar 1,8 bilhão de dólares em 2004 mostra que a política de investimentos da Vale do Rio Doce continua tão agressiva como nos últimos anos. Segundo o presidente da companhia, Roger Agnelli, a maior parte do investimento (1,4 bilhão) será destinada à ampliação da capacidade de produção de minérios. O restante será na expansão de outros negócios, como a geração de energia e a oferta de serviços logísticos, diz Agnelli.

Na atividade de mineração, o maior investimento será feito no projeto de expansão da extração feita em Carajás (PA), que receberá 76,4 milhões de dólares. O objetivo é elevar a capacidade de produção no local para 70 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Também será feito um aporte de 28,8 milhões de dólares como parte do projeto de expansão dessa mesma capacidade para 85 milhões de toneladas anuais. Nossa previsão é de que a demanda das siderúrgicas no mundo continuará alta nos próximos 24 meses, afirma Agnelli. Segundo ele, um dos maiores mercados a serem abastecidos por esse minério é a China, cujas encomendas vêm crescendo nos últimos meses.

Em relação aos negócios paralelos à mineração, o principal foco de investimento será a compra de locomotivas e vagões para serem usados nas três estradas de ferro da empresa. O orçamento de 2004 prevê a aquisição de 88 locomotivas e 3 178 vagões, que custarão, ao todo, 312,6 milhões de dólares. Estamos acelerando as compras destinadas às ferrovias, diz Agnelli. Vamos dar uma arrancada na nossa área de logística, que no ano passado dependeu de autorizações do governo para continuar crescendo. Em 2003, a Vale adquiriu 2 022 vagões.

Captações e dividendos
O presidente da Vale afirmou ainda que, só neste mês, a empresa conseguiu captar 640 milhões de dólares e lembrou que esse financiamento foi feito em prazos de até 30 anos. Nossa capacidade de investir é muito alta e nosso custo do capital é o mais baixo do país, diz ele. Diante desse quadro favorável, o conselho de administração da Vale fez uma previsão de distribuição inicial de dividendos aos acionistas na ordem de 550 milhões de dólares para este ano - em 2003, a previsão inicial era de que essa remuneração chegaria a 400 milhões de dólares, mas elas acabaram somando 675 milhões. Procuramos ser conservadores nessa previsão de dividendos, diz Agnelli. Dependendo do nosso desempenho, o conselho da empresa poderá propor dividendos adicionais, como aconteceu no ano passado.

CSN
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) também anunciou, há dois dias, que irá investir boa parte de seu orçamento para os próximos 30 meses de 850 milhões de dólares - para aumentar sua presença no mercado de mineração de ferro, amplamente dominado pela Vale. A empresa pretende aumentar a produção da Mina de Casa de Pedra, instalada em Congonhas (MG), de 12 milhões de toneladas por ano para 40 milhões.

Além da mineração, a CSN pretende expandir o Porto de Sepetiba (RJ) para a exportação do minério - instalar uma usina de pelotização com capacidade para produção de 6 milhões de toneladas por ano.

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