Vale calcula perda de R$ 100 milhões com interdição de porto
O impacto econômico total da medida dependerá do tempo da paralisação das atividades em dois píeres do complexo portuário de Tubarão
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2016 às 20h19.
São Paulo e Rio - A Vale calcula um prejuízo de mais de R$ 100 milhões em apenas três dias com a suspensão temporária das atividades em dois píeres do complexo portuário de Tubarão, afetando operações da mineradora e da ArcelorMittal Brasil.
Nesta sexta-feira, 22, a empresa entrou com mandado de segurança contra a decisão da Justiça Federal do Espírito Santo, pedindo que a liminar seja cassada e as atividades no local retomadas de imediato.
O impacto econômico total da medida dependerá do tempo da paralisação. No recurso a Vale fala em prejuízo diário de R$ 35 milhões para o porto.
O Porto de Tubarão foi responsável pelo embarque de 82,5 milhões de toneladas de minério de ferro da Vale de janeiro a setembro de 2015, cerca de 33% da produção da companhia no período.
A empresa estima que a com a interdição do Píer II de Tubarão deixará de embarcar 200 mil toneladas diárias de minério.
Além disso, o Terminal de Praia Mole (TPM) deixará de receber cerca de 44 mil toneladas de carvão, destinado a alimentar as operações da Vale e de muitas siderúrgicas.
O Bradesco BBI calcula que, considerada a capacidade de produção do sistema sudeste da Vale, de 115 milhões de toneladas e um custo caixa de produção nesse sistema de US$ 35 a tonelada, conforme cálculos da instituição financeira, a Vale pode perder potencialmente US$ 175 milhões de sua geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) por trimestre, considerando o atual preço do minério de ferro em US$ 41 a tonelada.
No recurso, os advogados da Vale falam em uma reação em cadeia: "O resultado da insólita determinação (judicial) inviabilizará as operações da Vale, não só no Porto de Tubarão, como em toda a sua cadeia produtiva, e gerará, em apenas três dias, prejuízos superiores a R$ 100 milhões".
Segundo a defesa, a decisão coloca em risco a economia do Espírito Santo e, caso a decisão não seja suspensa, a de Minas Gerais, já que a Vale não terá como escoar sua produção local.
"Essa decisão cria uma catástrofe econômica", afirma o advogado Sergio Bermudes, que defende a mineradora no caso.
Analistas acreditam que, dependendo do tempo da paralisação, ela pode ajudar a sustentar os preços do minério de ferro no curto prazo. A cotação da commodity vem caindo e renovando suas mínimas desde o ano passado.
A Vale embarca cerca de 105 milhões de toneladas de minério ao ano por Tubarão, principal porto exportador do produto no país.
Além dos impactos na economia nacional, a Vale destaca que com a interdição dos terminais portuários, cerca de 2.100 empregados que atuam diretamente na operação do Píer II e do TPM estão impossibilitados de exercer as suas atividades.
São Paulo e Rio - A Vale calcula um prejuízo de mais de R$ 100 milhões em apenas três dias com a suspensão temporária das atividades em dois píeres do complexo portuário de Tubarão, afetando operações da mineradora e da ArcelorMittal Brasil.
Nesta sexta-feira, 22, a empresa entrou com mandado de segurança contra a decisão da Justiça Federal do Espírito Santo, pedindo que a liminar seja cassada e as atividades no local retomadas de imediato.
O impacto econômico total da medida dependerá do tempo da paralisação. No recurso a Vale fala em prejuízo diário de R$ 35 milhões para o porto.
O Porto de Tubarão foi responsável pelo embarque de 82,5 milhões de toneladas de minério de ferro da Vale de janeiro a setembro de 2015, cerca de 33% da produção da companhia no período.
A empresa estima que a com a interdição do Píer II de Tubarão deixará de embarcar 200 mil toneladas diárias de minério.
Além disso, o Terminal de Praia Mole (TPM) deixará de receber cerca de 44 mil toneladas de carvão, destinado a alimentar as operações da Vale e de muitas siderúrgicas.
O Bradesco BBI calcula que, considerada a capacidade de produção do sistema sudeste da Vale, de 115 milhões de toneladas e um custo caixa de produção nesse sistema de US$ 35 a tonelada, conforme cálculos da instituição financeira, a Vale pode perder potencialmente US$ 175 milhões de sua geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) por trimestre, considerando o atual preço do minério de ferro em US$ 41 a tonelada.
No recurso, os advogados da Vale falam em uma reação em cadeia: "O resultado da insólita determinação (judicial) inviabilizará as operações da Vale, não só no Porto de Tubarão, como em toda a sua cadeia produtiva, e gerará, em apenas três dias, prejuízos superiores a R$ 100 milhões".
Segundo a defesa, a decisão coloca em risco a economia do Espírito Santo e, caso a decisão não seja suspensa, a de Minas Gerais, já que a Vale não terá como escoar sua produção local.
"Essa decisão cria uma catástrofe econômica", afirma o advogado Sergio Bermudes, que defende a mineradora no caso.
Analistas acreditam que, dependendo do tempo da paralisação, ela pode ajudar a sustentar os preços do minério de ferro no curto prazo. A cotação da commodity vem caindo e renovando suas mínimas desde o ano passado.
A Vale embarca cerca de 105 milhões de toneladas de minério ao ano por Tubarão, principal porto exportador do produto no país.
Além dos impactos na economia nacional, a Vale destaca que com a interdição dos terminais portuários, cerca de 2.100 empregados que atuam diretamente na operação do Píer II e do TPM estão impossibilitados de exercer as suas atividades.