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Vale atrai boa demanda em reabertura de bônus 2026

Com vendas de ativos que totalizaram US$ 1,3 bi no ano passado, a mineradora espera reduzir a dívida líquida para entre US$ 15 bi e US$ 17 bi

Vale: "Os gastos de capital estão ficando mais baixos, então há mais fluxo de caixa livre e a companhia está comprometida com a desalavancagem" (Divulgação/Vale/Divulgação)

Vale: "Os gastos de capital estão ficando mais baixos, então há mais fluxo de caixa livre e a companhia está comprometida com a desalavancagem" (Divulgação/Vale/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 21h17.

Nova York - A mineradora brasileira Vale recebeu demanda de 5 bilhões de dólares na reabertura de seu bônus 2026, com cupom de 6,25 por cento, nesta segunda-feira, no valor de 1 bilhão de dólares, com os investidores confiantes no processo de desavalancagem da empresa, informou o IFR, serviço da Thomson Reuters.

"As pessoas gostam do crédito", disse um investidor ao IFR. "Os gastos de capital estão ficando mais baixos, então há mais fluxo de caixa livre e a companhia está comprometida com a desalavancagem."

Com vendas de ativos que totalizaram 1,3 bilhão de dólares no ano passado e geraram fluxo de caixa livre, a mineradora espera reduzir a dívida líquida para entre 15 bilhões de dólares e 17 bilhões de dólares, disse a agência de classificação de Fitch.

A companhia voltou ao mercado após o rendimento do título de 2026 cair de 5,74 por cento em 22 de dezembro para 5,11 por cento na sexta-feira, segundo dados da Thomson Reuters.

A Vale é classificada com o grau de investimento por duas das três principais agências de rating, após a Moody's rebaixá-la a categoria especulativa em fevereiro do ano passado, devido ao declínio dos preços do minério de ferro e de outros metais básicos.

"Eu acho que a Moody's precisa fazer algo, uma vez que estão distantes de outras agências", disse Klaus Spielkamp, chefe de vendas de renda fixa na Bulltick. "Eles estão três degraus abaixo do grau de investimento. Isso é exagero."

Ainda assim, a Moody's alertou em nota nesta segunda-feira que os preços mais baixos dos metais em comparação com níveis vistos em 2011-2014 "vão impedir uma recuperação mais rápida nas métricas de crédito."

Na reabertura, o título de 2026 foi precificado a 107,793 por cento do valor de face, com rendimento de 5,20 por cento ou 278,3 pontos básicos acima dos títulos de referência do Tesouro dos EUA.

O BB Securities, Bradesco, JP Morgan, MUFG e Santander atuaram como coordenadores da operação.

A Vale vai utilizar os recursos captados para refinanciar o título em euro de 4,375 por cento com vencimento em 2018, e para fins corporativos gerais.

 

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