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Usiminas reajusta laminados a quente em 13% desde janeiro

Preços devem ser reajustados entre 6 e 8 por cento a partir de 1o de março


	Produção de aço: a Usiminas teve prejuízo anual de 531 milhões de reais em 2012
 (DOMINGOS PEIXOTO/EXAME)

Produção de aço: a Usiminas teve prejuízo anual de 531 milhões de reais em 2012 (DOMINGOS PEIXOTO/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 16h19.

São Paulo - A Usiminas vai reajustar na sexta-feira preços de aços vendidos a distribuidores pela segunda vez neste ano, em um esforço para melhorar resultados frente a sinais de recuperação da atividade industrial do país e de importações sendo atingidas por imposto maior.

Segundo fonte do mercado de distribuição, responsável por cerca de 30 por cento das vendas das usinas brasileiras, a Usiminas informou nesta semana reajustes de preços entre 6 e 8 por cento a partir de 1o de março.

Produtos planos galvanizados terão preços elevados em 7 por cento, enquanto bobinas laminadas a frio ficarão 6,10 por cento mais caras. Já os laminados a quente serão reajustados em 7,95 por cento, informou a fonte.

No caso da tonelada de bobinas laminadas a quente, o reajuste será somado à alta de cerca de 5 por cento informada pela Usiminas em janeiro, compondo um reajuste total de cerca de 13 por cento desde o início do ano. Em janeiro, a empresa também elevou em 5 por cento o preço da chapa grossa.

Procurada, a Usiminas informou que não comenta sua política de preços. A companhia encerrou 2012 com o primeiro prejuízo anual em mais de uma década, de 531 milhões de reais.

O diretor comercial da siderúrgica, Sérgio Leite, afirmou na semana passada que a empresa tinha como intenção acompanhar preços internacionais, "que apresentam viés de alta no primeiro trimestre".

Segundo a fonte, a expectativa é que as rivais da Usiminas, CSN e ArcelorMittal, "vão mexer também (nos preços). Provavelmente ninguém vai querer ficar muito longe".


Procurados, distribuidores independentes afirmaram que a CSN também está comunicando intenção de rever seus preços a partir de março, mas até esta quinta-feira ainda não havia informado percentuais de reajuste.

"A CSN está falando que vai ter reajuste a partir de março. Está seguindo o mesmo caminho (...) O primeiro aumento ainda está atravessado pela garganta, conseguimos repassar apenas para alguns clientes", disse representante de uma distribuidora em São Paulo.

Enquanto isso, a ArcelorMittal avisava distribuidores nesta quinta-feira sobre aumentos de preços para uma série de produtos a partir de sexta-feira, incluindo aço para construção civil, entre 8 e 10 por cento, segundo um representante do setor.

Tanto a CSN quanto a ArcelorMittal também reajustaram preços para a distribuição em janeiro.

Procuradas, a CSN e ArcelorMittal disseram que não comentam política de preços.

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