Usiminas conclui instalação de tecnologia para pré-sal
Investimento para conseguir método de resfriamento foi de R$ 539 milhões
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2010 às 16h35.
São Paulo - A Usiminas, maior produtora de aços planos do Brasil, anunciou nesta quinta-feira a conclusão de investimento em tecnologia de aço especial para atender exigências da indústria petrolífera que vai explorar a camada pré-sal brasileira.
A companhia investiu 539 milhões de reais na tecnologia de resfriamento acelerado de chapas grossas Continuous On Line (CLC), desenvolvida pela Nippon Steel, uma das principais acionistas da Usiminas.
A linha de produção montada na usina de Ipatinga (MG) tem capacidade para 500 mil toneladas anuais de chapas grossas especiais de alto valor agregado.
O produto que sairá dessa linha tem alta resistência mecânica "sem perder as características de soldabilidade", afirma a Usiminas. A alta resistência, por exemplo, é necessária para tubulações que sejam capazes de aguentar elevadas pressões, já que as profundidades de exploração do pré-sal alcançam os 5 quilômetros. O produto tem aplicações também em cascos de navios e plataformas.
Segundo a Usiminas, o aço que será produzido pela nova instalação pode ser soldado de maneira mais fácil que chapas grossas convencionais, o que trás ganhos de produtividade para clientes.
Em entrevista à Reuters esta semana, o presidente da Usiminas, Wilson Brumer, afirmou que a companhia está focada em ganhos de produtividade e em adição de valor a seus produtos, em um momento em que a indústria siderúrgica nacional enfrenta forte concorrência de produtos importados.
Na sexta-feira passada, a companhia anunciou que desistiu de construir uma nova usina em Santana do Paraíso (MG) que teria capacidade para 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano para se dedicar a investimentos de melhoria da competitividade de suas instalações em Cubatão (SP) e Ipatinga.
Às 16h11, as ações da Usiminas exibiam alta de 1,7 por cento, para 21,7 reais.