United e Continental recuperam rentabilidade
No primeiro resultado conjunto, empresas apresentaram aumento de 21,9% da receita no ano
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2010 às 15h17.
Nova York - A United e a Continental Airlines divulgaram hoje seus primeiros resultados conjuntos como a maior companhia aérea do mundo em um grande momento para o setor, graças à recuperação da demanda após a crise, o que permitiu à nova empresa a recuperar a rentabilidade.
A nova United Continental ganhou nos nove primeiros meses do ano US$ 578 milhões (US$ 2,78 por ação), contra as perdas de US$ 411 milhões (US$ 2,83 por ação) acumuladas no mesmo período de 2009.
Esta é a primeira vez que as duas companhias - que até agora eram a terceira e quarta do setor - apresentam as suas contas em conjunto, depois que se fundiram em 1º de outubro, desbancando a concorrente Delta Air Lines como maior companhia aérea do mundo.
Esta notável melhora se deve em grande parte ao aumento da demanda de voos nos últimos meses, à medida que a sociedade e as empresas se recuperam da recessão econômica, algo que repercutiu nas grandes companhias aéreas.
Por isso, o aumento da demanda contribuiu para que as receitas da United Continental - que no futuro passará a se chamar apenas United - aumentassem 21,9% no período, chegando a US$ 14,796 bilhões.
A grande contribuição veio do transporte de passageiros, graças ao qual recebeu US$ 13,588 bilhões, 21,7% a mais que um ano antes; embora o transporte de mercadorias tenha registrado um avanço de 41,1%, para US$ 522 milhões.
Diante do aumento de 21,9% das receitas, as despesas operacionais subiram 12,5%, fazendo com que a companhia registrasse um lucro operacional de US$ 1,038 bilhão, em comparação às perdas de US$ 87 milhões do ano passado.
"Com a integração das duas empresas e a criação da maior companhia aérea do mundo" passamos confiança a nossos clientes, destacou hoje o vice-presidente executivo da empresa, Jim Compton, quem ressaltou que a United Continental planeja manter sua disciplina de despesas.
Por isso, a capacidade dos voos não aumentará mais que 2% em 2011, mas haverá um aumento das receitas obtidas por cada passagem vendida, uma estratégia seguida também por outras grandes companhias aéreas.
Todas elas vivem agora um bom momento, pois o novo contexto as permitiu reestruturar suas contas, como demonstraram esta semana com a difusão de seus resultados.