Unidade do Uber teria comprado empresa de sensores em 2016
Presidente-executivo da pouco conhecida Tyto Lidar LLC disse em um post de maio de 2016 no LinkedIn que a empresa havia sido vendida
Reuters
Publicado em 1 de março de 2017 às 14h39.
São Paulo - Uma empresa agora de propriedade do Uber comprou no ano passado silenciosamente uma pequena empresa especializada em tecnologia de sensores usada em veículos autônomos, dando à empresa de transporte urbano por aplicativo uma patente na tecnologia e possivelmente uma defesa contra um processo de roubo de segredos comerciais movido contra ela pelo rival Alphabet.
O presidente-executivo da pouco conhecida Tyto Lidar LLC disse em um post de maio de 2016 no LinkedIn que a empresa havia sido vendida, ao mesmo tempo que ele e três outros executivos se juntaram à Otto, de acordo com seus perfis na rede de negócios online. Os dados oficiais das patentes dos EUA mostram que a Otto adquiriu a tecnologia Tyto ao mesmo tempo.
A Otto, uma startup de caminhões autônomos fundada por ex-funcionários da Alphabet, foi comprada pela Uber em agosto.
A aquisição não divulgada pode se tornar um fator na disputa legal entre Uber e Alphabet, que controla o Google, já que as duas empresas do Vale do Silício desenvolvem agressivamente a tecnologia de condução autônoma, amplamente vista como o futuro do transporte rodoviário privado nos Estados Unidos.
Igualmente, pode acabar sendo uma nota de rodapé no complexo litígio, que pode levar anos para se desenrolar.
A unidade autônoma de automóveis da Alphabet, Waymo, processou Uber e Otto na semana passada, alegando que o ex-funcionário Anthony Levandowski, que deixou Waymo para integrar a Otto, baixou e roubou mais de 14 mil arquivos confidenciais, incluindo detalhes sobre detecção de luz e tecnologia de sensores, um elemento crucial na maioria dos sistemas de automóveis autônomos.
A empresa alegou que sem esses projetos da Waymo, o Uber não poderia ter desenvolvido a sua tecnologia tão rápido como diz.
Um porta-voz do Uber recusou-se a comentar sobre Tyto, citando o litígio pendente, mas chamou a ação da Waymo de "uma tentativa infundada de retardar um concorrente". A Waymo não quis comentar sobre Tyto.