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Unicórnio de gestão de gastos corporativos, americana Jeeves levanta US$ 75 milhões e foca no Brasil

Os recursos serão usados para a operação nos mercados do Brasil, México e Colômbia

Dileep Thazhmon, da Jeeves: "Este é um ano de grandes investimentos no Brasil" (Jeeves/Divulgação)
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 6 de maio de 2024 às 09h50.

Última atualização em 6 de maio de 2024 às 11h13.

Há pouco mais de 18 meses no mercado brasileiro, a startup americana Jeeves está dobrando a aposta no país e pretende que o mercado local represente cerca de 25% da receita no intervalo de 12 meses.

A fintech atua com serviços de gestão de gastos corporativos, oferecendo linhas de crédito, cartões para controle de gastos dos funcionários e conta internacional. No portfólio de clientes, estão médias e grandes empresas com volume expressivo de transações internacionais. Entram na lista nomes como Burger King, H&M, Kavak, Rappi e Hotmart.

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Em operação desde 2021, a Jeeves virou um unicórnio um ano depois, logo após captar US$ 180 milhões, em uma rodada série C liderada pela Tencent e a última desde então.

Mas o modelo de negócio ganhou um novo impulso com uma linha de crédito de US$ 75 milhões.O valor foi levantado com a Community Investment Management (“CIM”), organismo que trabalha com investimentos de impacto por meios de veículos de dívidas.

Como a Jeeves pretende utilizar o novo capital levantado

Os recursos serão usados para financiar o limite liberado aos clientes da startup e também para apoiar uma solução que acaba de chegar ao mercado, o Jeeves Pay.

O produto dispensa uso de cartões para a realização de pagamento, mas o grande diferencial está na oferta de uma linha de crédito que os clientes podem usar e pagar em até 37 dias, aliviando o capital de giro.

“Esse é um dos produtos com crescimento mais rápido que nós temos em outros mercados, como México e Colômbia, e nós acabamos de lançar no Brasil”, afirma Dileep Thazhmon, fundador e CEO da Jeeves.

A Jeeves surgiu inspirada nos problemas que Thazhmon enfrentou em sua primeira startup, a Jeeng, um negócio para automação de marketing digital adquirido pela OpenWeb em 2020 por US$ 100 milhões.

“Mesmo operando em apenas dois países, nós tínhamos dois cartões corporativos, duas contas de banco diferentes e duas redes de pagamento que nos faziam ter que esperar uns 30 dias, depois do mês final, para saber quanto tinha sido o nosso gasto. É isso o que estamos tentando resolver com a Jeeves”, diz.

De acordo com o empreendedor, os recursos serão destinados à operação na América Latina, concentrada em países como México e Colômbia, além do Brasil.

A startup está presente em 22 países, divididos por quatro blocos de segmentação - hispânicos, América do Norte, Europa e Brasil. O país é um único mercado, na estratégia da Jeeves, que aparece separado,  uma demonstração do potencial que a startup visualiza por aqui.

“Para nós sermos bem-sucedidos, temos que ser bem-sucedidos no Brasil. Então, o nosso investimento e o nosso time refletem também estão refletindo isso”, diz.

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Qual é a estratégia da Jeeves em relação ao mercado brasileiro

Atualmente com 10 profissionais no Brasil, a Jeeves está abrindo um escritório na Paulista, em São Paulo, contratando um country manager para a operação local e vai ampliar o número de funcionários. Neste processo, também deslocou o general manager da operação mexicana, onde a startup começou, para a atuar no país.

“Este é um ano de grande investimentos no Brasil”, afirma, sem abrir números de quanto a Jeeves está colocando na operação. Cerca de 450 clientes de um total de mais de 6.000 clientes são brasileiros.

De acordo com o empreendedor, o dinheiro para ampliar a operação local vem do próprio caixa e do que foi captado lá atrás. “Nós estamos fortes em posição de caixa, a operação está sob controle e a nossa receita está crescendo. Nós não estamos pensando em abrir rodada agora, talvez possamos olhar no fim do próximo ano”.

Um passo importante para o cenário atual foi o foco em levar todos os produtos para o positivo e ampliar a margem da operação no ano passado, chegando a 20% de margem de contribuição. A empresa fez um exercício de olhar mais para perdas operacionais, custos de aquisição dos clientes, investimentos em marketing e produtividade.

“Já 2024 será uma combinação de crescimento e margem. Como a margem está positiva, nós sentimos que podemos investir mais em crescimento”, afirma.

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