UE barra fusão das gregas Aegean Airlines e Olympic Air
Comissão Europeia considerou que a operação criaria monopólio no mercado de aviação grego
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 11h43.
Bruxelas - A Comissão Europeia decidiu nesta quarta-feira proibir o projeto de fusão das companhias aéreas Aegean Airlines e Olympic Air por considerar que geraria um "quase monopólio" no mercado de transporte aéreo grego ao provocar aumento de preços para os passageiros que viajam para Atenas.</p>
O Executivo da União Europeia (UE) argumentou que a companhia resultante da fusão controlaria mais de 90% do mercado interno do transporte aéreo grego e, por isso, "não é realista" pensar que uma terceira companhia poderia pressionar a política tarifária da empresa para baixo.
Concretamente, a concentração conduziria a uma situação de "quase monopólio" em nove linhas nacionais, entre elas a que une Atenas à segunda cidade do país, Tessalônica.
A proposta das duas companhias aéreas de ceder direitos de aterrissagem e decolagem dos aeroportos gregos para compensar a redução da concorrência não convenceu a Comissão, que considera que esta proposição não é tão interessante como no caso de outras fusões analisadas anteriormente, já que os terminais gregos não estão tão saturados como outros europeus.
"A Comissão tem a obrigação de impedir a criação de monopólios. Trabalhamos para encontrar uma solução, mas as medidas corretivas propostas pelas empresas não protegeriam de maneira adequada os interesses dos consumidores", declarou o vice-presidente do órgão Executivo e comissário para a Concorrência da UE, Joaquín Almunia.
O projeto de fusão foi notificado a Bruxelas em 24 de junho de 2010 e motivou a abertura de uma investigação em 30 de julho.
Em outubro, a Comissão alertou às companhias que a união poderia ser contrária às normas antimonopólio.
Desde 2004, a Comissão já examinou 11 projetos de concentração assim como inúmeras alianças no setor, mas só bloqueou duas fusões, contando com a desta quarta-feira.
A primeira ocorreu em 2007, quando Bruxelas negou o projeto de compra da irlandesa Aer Lingus pela linha de baixo custo e também irlandesa Ryanair.