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Twitter revela quem manda no passarinho azul: Suhail Rizvi

Investidor controla 18% dos papéis da empresa e vai lucrar alto com oferta pública de ações

Twitter e Facebook: No primeiro, Rizvi investiu 1 bilhão de dólares; no segundo, outros 100 milhões (Dado Ruvic/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2013 às 07h36.

São Paulo - Todo mundo conhece alguém que tem um perfil no Twitter . Criada por Biz Stone e companhia, a empresa de capital pulverizado está perto de fazer sua primeira oferta pública de ações e teve que abrir o jogo quanto a seus controladores. Enquanto executivos e diretores juntos controlam cerca de 25% da firma e figurões como o J.P.Morgan detêm apenas 10%, o maior controlador individual concentra 18% dos papéis: trata-se do fundo de investimento Rizvi Traverse, do indiano Suhail Rizvi.

Nascido em 1966, Rizvi vive nos Estados Unidos desde os cinco anos de idade. Entre suas peculiaridades, está o fato de pagar uma pessoa para apagar fotos suas na Wikipedia e a preferência por vôos comerciais de vez em quando. Entre seus amigos, estão a rainha da Jordânia e a dupla Larry Page e Eric Schmidt, do Google. Formado pela Wharton University, Rizvi começou no mundo dos negócios em 1995.

Naquele ano, ele adquiriu uma fábrica de componentes eletrônicos em Porto Rico. Quatro anos depois, receita anual da empresa era 45 vezes maior. Em 2004, fundou com o sócio novaiorquino John Giampetroni a Rizvi Traverse - que no ano seguinte pagaria 100 milhões de dólares por participação no controle da ICM, agência de Hollywood que representava atores como Mel Gibson e Robert Redford.

Twitter

Em 2010, o fundo de Rizvi conseguiu comprar 10% do Twitter por conta de amigos em comum com Evan Williams, que havia se tornado presidente da empresa. A partir de então, o investidor foi gradualmente aumentando seu controle na companhia por meio de convites a grandes investidores.

Assim, o J.P.Morgan investiu 400 milhões de dólares no Twitter e Al-Waleed bin Talal, príncipe da Arábia Saudita, injetou outros 300 milhões - ambos em 2011. Enquanto isso, Rizvi ainda encontrava tempo para ajudar Hugh Hefner, fundador da Playboy, a recuperar o controle da revista.

"Hoje, Rizvi tem fatias nas principais startups da internet, do Facebook ao Square e Flipboard", afirma o jornal indiano The Economic Times. Até meados de 2013, seu fundo detinha cerca de 20% do Twitter - adquiridos por um investimento avaliado em cerca de 1 bilhão de dólares.

Em outras empresas, o aporte menor resultou em menos influência - como no caso do Facebook, onde Rizvi só conseguiu investir 100 milhões de dólares antes da entrada da companhia na bolsa.

No fim das contas, o investidor indiano tem feito grandes negócios. Com a oferta pública, as ações das companhias se valorizam e quem compra antes sua parte termina pagando menos e ganhando mais.

No caso do Twitter, os papéis devem custar cerca de 20 dólares. Se Rizvi vendesse todas as suas ações por esse preço, faturaria quase o dobro do que investiu para comprá-las.

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São Paulo - Todo mundo conhece alguém que tem um perfil no Twitter . Criada por Biz Stone e companhia, a empresa de capital pulverizado está perto de fazer sua primeira oferta pública de ações e teve que abrir o jogo quanto a seus controladores. Enquanto executivos e diretores juntos controlam cerca de 25% da firma e figurões como o J.P.Morgan detêm apenas 10%, o maior controlador individual concentra 18% dos papéis: trata-se do fundo de investimento Rizvi Traverse, do indiano Suhail Rizvi.

Nascido em 1966, Rizvi vive nos Estados Unidos desde os cinco anos de idade. Entre suas peculiaridades, está o fato de pagar uma pessoa para apagar fotos suas na Wikipedia e a preferência por vôos comerciais de vez em quando. Entre seus amigos, estão a rainha da Jordânia e a dupla Larry Page e Eric Schmidt, do Google. Formado pela Wharton University, Rizvi começou no mundo dos negócios em 1995.

Naquele ano, ele adquiriu uma fábrica de componentes eletrônicos em Porto Rico. Quatro anos depois, receita anual da empresa era 45 vezes maior. Em 2004, fundou com o sócio novaiorquino John Giampetroni a Rizvi Traverse - que no ano seguinte pagaria 100 milhões de dólares por participação no controle da ICM, agência de Hollywood que representava atores como Mel Gibson e Robert Redford.

Twitter

Em 2010, o fundo de Rizvi conseguiu comprar 10% do Twitter por conta de amigos em comum com Evan Williams, que havia se tornado presidente da empresa. A partir de então, o investidor foi gradualmente aumentando seu controle na companhia por meio de convites a grandes investidores.

Assim, o J.P.Morgan investiu 400 milhões de dólares no Twitter e Al-Waleed bin Talal, príncipe da Arábia Saudita, injetou outros 300 milhões - ambos em 2011. Enquanto isso, Rizvi ainda encontrava tempo para ajudar Hugh Hefner, fundador da Playboy, a recuperar o controle da revista.

"Hoje, Rizvi tem fatias nas principais startups da internet, do Facebook ao Square e Flipboard", afirma o jornal indiano The Economic Times. Até meados de 2013, seu fundo detinha cerca de 20% do Twitter - adquiridos por um investimento avaliado em cerca de 1 bilhão de dólares.

Em outras empresas, o aporte menor resultou em menos influência - como no caso do Facebook, onde Rizvi só conseguiu investir 100 milhões de dólares antes da entrada da companhia na bolsa.

No fim das contas, o investidor indiano tem feito grandes negócios. Com a oferta pública, as ações das companhias se valorizam e quem compra antes sua parte termina pagando menos e ganhando mais.

No caso do Twitter, os papéis devem custar cerca de 20 dólares. Se Rizvi vendesse todas as suas ações por esse preço, faturaria quase o dobro do que investiu para comprá-las.

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