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Triunfo tem interesse em adquirir ativos da UTC em Viracopos

O presidente da UTC, Ricardo Pessoa, é um dos réus na Operação Lava Jato, da Polícia Federal


	Aeroporto de Viracopos, em Campinas: aeroporto é operado pelo Consórcio Construtor Viracopo
 (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

Aeroporto de Viracopos, em Campinas: aeroporto é operado pelo Consórcio Construtor Viracopo (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2015 às 12h08.

São Paulo - A companhia de infraestrutura Triunfo tem interesse em adquirir a participação da construtora UTC no consórcio que opera o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), disse nesta terça-feira o presidente da empresa, Carlo Alberto Bottarelli.

"Viracopos é importante na estratégia (da empresa)", disse Bottarelli em teleconferência com analistas. "Temos acordo de direito de preferência, a decisão de venda não está na nossa mão, está na mão do nosso sócio. Mas temos interesse sim."

O aeroporto é operado pelo Consórcio Construtor Viracopos, formado por Constran (controlada pela UTC Participações) e Triunfo, responsável pela execução da obra.

O presidente da UTC, Ricardo Pessoa, é um dos réus na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e é apontado como um dos chefes do cartel de empresas formado para obter contratos de obras da Petrobras com sobrepreço. O executivo responde o processo em liberdade.

As declarações foram feitas durante teleconferência com analistas para tratar da venda, anunciada na véspera, de duas usinas hidrelétricas e da comercializadora de energia da Triunfo para a China Three Gorges em uma operação que pode chegar a quase 2 bilhões de reais.

De acordo com o presidente da Triunfo, os recursos da venda serão utilizados para reduzir a alavancagem da companhia. A dívida líquida passará de 4,6 bilhões de reais para 2,9 bilhões de reais, com um índice de dívida líquida sobre Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caindo de 4,2 vezes para 3 vezes.

A expectativa da empresa é que a operação seja analisada pelos reguladores brasileiros em até 60 dias. "A venda é sinal claro da transformação da companhia", disse Bottarelli. "Nossa ideia é crescer organicamente com fluxo de dividendo e dívida nas controladas", completou.

"O sinal do controlador é claro, zerar a dívida da holding", afirmou o executivo. A expectativa é que os ativos vendidos saiam do balanço da companhia entre outubro e o fim de dezembro, disse Bottarelli.

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