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Toyota suspende produção de carros na Índia por conflitos

Montadora anunciou a suspensão da produção de veículos na Índia, devido a sérios conflitos em suas duas fábricas

Fábrica da Toyota em Bidadi, Índia: grupo explica que, há um mês, são registradas "detenções deliberadas da cadeia de montagem, e intimidações e ameaças" (Dibyangshu Sarkar/AFP)

Fábrica da Toyota em Bidadi, Índia: grupo explica que, há um mês, são registradas "detenções deliberadas da cadeia de montagem, e intimidações e ameaças" (Dibyangshu Sarkar/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 10h46.

Tóquio - A principal montadora do mundo, Toyota, anunciou nesta segunda-feira a suspensão da produção de veículos na Índia, devido a sérios conflitos em suas duas fábricas, localizadas no sudoeste do país.

Em um comunicado, o grupo japonês explica que, há um mês, são registradas "detenções deliberadas da cadeia de montagem, e intimidações e ameaças aos funcionários" de médio escalão e diretores da empresa.

As duas usinas de montagem são as únicas que a Toyota possui na Índia: localizadas perto de Bangalore, no estado de Karnataka (sudoeste), empregam no total 6.400 pessoas e dispõem juntas de uma capacidade de produção anual de 310.000 veículos.

A suspensão das operações do grupo japonês neste país, o segundo mais populoso do planeta, decidida no domingo, se tornou efetiva nesta segunda-feira, explicou um porta-voz da empresa em Tóquio, esclarecendo que ninguém ficou ferido durante a agitação, e ressaltando que o grupo espera retomar a produção assim que as condições permitirem.

"A direção e o sindicato (de ambas as fábricas) negociam uma lista de reivindicações há dez semanas. Como não houve nenhum acordo bilateral, a administração do Trabalho do estado de Karnataka organizou sete reuniões entre as três partes tentando alcançar um acordo. Estes esforços conciliadores não prosperaram", afirmou a Toyota em um comunicado.

Segundo o construtor, os problemas observados em ambas as fábricas foram instigados pelos sindicatos dos trabalhadores locais de maneira paralela às negociações.

"Neste contexto, a empresa não tem outra opção a não ser declarar o 'lock-out' das usinas, para garantir a segurança de seus funcionários e da equipe diretora", concluiu a empresa japonesa.

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