Tok&Stok aposta em lojas menores, "no caminho" do cliente
Novo formato está alinhado à estratégia da Tok Stok de aumentar capilaridade para garantir sucesso da jornada "omnichannel"
Victor Sena
Publicado em 28 de abril de 2021 às 16h25.
Última atualização em 29 de abril de 2021 às 10h50.
Até o fim de 2021, a Tok&Stok deve inaugurar mais 10 lojas no Brasil. Desse total, sete são em um novo formato que privilegia objetos de decoração, acessórios e o consumo incidental, com lojas menores em shoppings e em comércio de rua.
A primeira loja será inaugurada nesta quinta-feira no Pátio Brasil Shopping em Brasília (DF), onde a marca já tem duas lojas no modelo tradicional, que costumam ter entre 2 e 3 mil metros quadrados e forte presença de móveis. No novo formato, batizado de Tok&Stok Studio, o espaço terá em média 600 metros quadrados e cerca de 5 mil objetos.
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A distribuição deles também deve ser menor em relação às suas funções e funcionar mais de acordo com um dos nove estilos que a loja define seus produtos. Entre eles estão regional natural, regional romântico e urbano vintage.
"O formato da Tok&Stok ajuda porque é menor, assim dá velocidade de inauguração, gerando conveniência para o consumidor. A loja fica presente no meio do caminho e é mais voltada para compras não planejadas", explica Gabriel Miceli, diretor Executivo Comercial da empresa.
Miceli lembra que as compras de móveis e o trajeto até lojas maiores costuma ser algo planejado pelo cliente. Isso deve manter sua importância na estratégia da empresa, mas o foco do negócio é aumentar sua capilaridade. Para isso, a empresa decidiu apostar em modelos menores para ganhar velocidade.
A capilaridade é necessária ao se levar em conta que o modelo de compra do consumidor de decoração e móveis é híbrido. SegundoMaurício Ferro, Head de Marketing e Comunicação da Tok&Stok,35% dos clientes que vão até as lojas já tinham procurado pelos itens online.
Esse tipo de compra faz parte da jornada "omnichannel", em que a experiência online e offline se complementam.
“Tem que ser fácil ir na loja, tocar no tecido, sentir a firmeza, sentar no sofá. Se a marca é on e off, ela precisa estar presente o tempo inteiro”, explica Miceli.
Apesar de ter sentido impactos com a pandemia e queda na circulação de pessoas, assim como todo o varejo, a empresa teve um bom desempenho em 2020, principalmente com o lançamento do aplicativo.
“Com a pandemia as pessoas ficaram dentro de casa. E esse é um ambiente que a gente entende. Então, a Tok&Stok é uma plataforma que é um grande hub de conteúdo sobre como você pode ficar melhor em casa. Nesse sentido, foi uma oportunidade que surgiu, mas a gente sofreu como todo o varejo”, diz Miceli.
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