Tesla acusa ex-funcionário de invadir seus sistemas e transferir dados
Martin Tripp teria desenvolvido um software que invadiu o sistema operacional da montadora, transferindo informações para terceiros
Reuters
Publicado em 20 de junho de 2018 às 18h35.
Última atualização em 20 de junho de 2018 às 18h36.
São Francisco - A Tesla processou um ex-funcionário alegando que ele roubou segredos comerciais da montadora elétrica e transferiu grandes quantidades de dados da empresa a terceiros, de acordo com um processo aberto nesta quarta-feira.
Na ação judicial, a Tesla alegou que Martin Tripp, que anteriormente trabalhou na Tesla Gigafactory, admitiu ter desenvolvido um software que invadiu o sistema operacional da montadora, transferindo vários gigabytes de dados para terceiros e fazendo falsas alegações à mídia.
Tripp não estava imediatamente disponível para comentar.
O software estava operando em três sistemas de computadores separados de outros colaboradores da Tesla, para que os dados fossem exportados mesmo depois que ele deixasse a empresa e implicasse falsamente esses funcionários, conforme o processo.
"Alguns meses depois de Tripp se juntar à Tesla, seus gerentes o identificaram como tendo problemas de desempenho no trabalho e às vezes sendo perturbador e combativo com seus colegas", disse a ação judicial.
"Como resultado dessas e de outras questões, em 17 de maio de 2018, ele foi designado para um novo cargo. Tripp expressou raiva por ter sido transferido."
No início desta semana, o executivo-chefe da Tesla, Elon Musk, disse aos funcionários em um email que um funcionário da Tesla não identificado havia conduzido "extensa e prejudicial sabotagem" às operações da empresa.
Um porta-voz da Tesla não fez nenhum comentário.