A indústria automobilística recebeu ateñção especial dos pesquisadores. A Toyota se revelou como um mau exemplo. (.)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2010 às 14h42.
São Paulo - Ao contratar serviços terceirizados, muitas empresas podem pensar que estão se livrando de um problema, ao economizar com mão-de-obra, mas pode ocorrer exatamente o contrário. Uma pesquisa coordenada por professores da universidade de Utah, nos Estados Unidos, concluiu que terceirizar setores importantes da empresa pode ser fatal, durante a crise ou fora dela. Sob essa lógica, quanto mais competitivo for o produto, processo, ou serviço, menos terceirizado deve ser.
As estatísticas mostraram que as falhas aumentaram muito nas empresas que não avaliam os custos e impactos de uma terceirização, como o risco de má qualidade do serviço, atrasos na entrega, e aumento de preços nos fornecedores. Um dos estudos preliminares realizados pela equipe revelou que a taxa de insucesso nas companhias que terceirizam cresceu de 5% a 70% de acordo com o risco de mudanças tecnológicas, os tipos de produtos e a fatia de mercado da empresa. Isso significa que, quanto mais especializado for o trabalho, mais alto é o risco de fracasso se for terceirizado.
Toyota e a terceirização
Os estudiosos deram atenção especial à indústria automobilística e identificaram a Toyota como um exemplo de empresa com problemas de terceirização. Para eles, as companhias devem ter o controle adequado dos componentes mais especializados e que são diferenciais em relação a outras marcas. Se não houver tal controle ou uma relação exclusiva de interdependência com o fornecedor, a empresa está fadada a falhar.
Na Toyota, o sistema elétrico e o acelerador dos carros foram os componentes que sofreram com essa falta de controle interno. Segundo os pesquisadores, a estratégia de terceirizar para alcançar rápido crescimento em 2004 e 2005, sem investir na qualificação interna, fez com que a companhia sofresse as conseqüências mais tarde, com a diminuição da qualidade por parte dos fornecedores.
Siga as notícias do site EXAME sobre Gestão no Twitter