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TAM tem 182 empregados/avião, uma das maiores médias globais

Média de funcionários por aeronave é a segunda maior do mundo entre as 27 empresas aéreas pesquisadas

Interior de avião da TAM: empresa enfrenta alta do dólar e desaquecimento da demanda (Divulgação)

João Pedro Caleiro

Publicado em 6 de agosto de 2013 às 18h23.

São Paulo – A média de funcionários por avião da TAM é tão alta que se ela quisesse colocá-los em um Airbus como passageiros, sentados e com os cintos afivelados, não caberia. Para cada aeronave que opera, a TAM mantém 182 funcionários. Para se ter uma ideia, o modelo médio da TAM é o Airbus 320, com capacidade para 150 a 180 passageiros.

A média de funcionários por avião da empresa só perde para a da Singapore Airlines, com 204. Quando são levados em conta os dados da nova parceira da TAM, as coisas não mudam muito de figura: a Lan emprega 146 pessoas por aeronave. Isso leva a Latam para uma média de 165, atrás da Air France KLM (168) e na frente da China Southern (161).

A Gol aparece não muito abaixo, com média de 137 empregador por aeronave. No final da lista, estão algumas das chamadas companhias “budget”: EasyJet (39 funcionários por avião), Vueling (33) e RyanAir (30). Os números são de 2012, contemplam 27 aéreas e foram reunidos pela corretora Brasil Plural, em relatório assinado por Chris Recouso, Catherine Foster e Italo Ferrara.

Turbulências

A TAM afirmou há cerca de uma semana que chegou a um acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para um “ajuste no quadro de tripulantes”. Cerca de 800 pilotos e comissários serão dispensados, número que a empresa pretende atingir através de um programa de demissão voluntária e de licença não remunerada. A previsão inicial era de mil demitidos.

A empresa tem sofrido com o que a Brasil Plural chama dos “quatro cavaleiros” que ameaçam o setor globalmente: inflação de combustíveis, necessidade de capital intensivo, fardos regulatórios e pressões trabalhistas. Como mostram os números, a TAM é desproporcionalmente afetada por este último problema, além do desaquecimento da demanda doméstica e pressões de custo por causa do aumento do dólar.

As demissões são uma adaptação da companhia para esta nova realidade: a TAM já diminuiu em 12% sua capacidade desde 2011. Em maio deste ano, Marco Antonio Bologna se tornou presidente da holding e Claudia Sender assumiu a presidência da empresa. Um de seus desafios é voltar a deixar os voos da empresa cheios – de passageiros, é claro.

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São Paulo – A média de funcionários por avião da TAM é tão alta que se ela quisesse colocá-los em um Airbus como passageiros, sentados e com os cintos afivelados, não caberia. Para cada aeronave que opera, a TAM mantém 182 funcionários. Para se ter uma ideia, o modelo médio da TAM é o Airbus 320, com capacidade para 150 a 180 passageiros.

A média de funcionários por avião da empresa só perde para a da Singapore Airlines, com 204. Quando são levados em conta os dados da nova parceira da TAM, as coisas não mudam muito de figura: a Lan emprega 146 pessoas por aeronave. Isso leva a Latam para uma média de 165, atrás da Air France KLM (168) e na frente da China Southern (161).

A Gol aparece não muito abaixo, com média de 137 empregador por aeronave. No final da lista, estão algumas das chamadas companhias “budget”: EasyJet (39 funcionários por avião), Vueling (33) e RyanAir (30). Os números são de 2012, contemplam 27 aéreas e foram reunidos pela corretora Brasil Plural, em relatório assinado por Chris Recouso, Catherine Foster e Italo Ferrara.

Turbulências

A TAM afirmou há cerca de uma semana que chegou a um acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para um “ajuste no quadro de tripulantes”. Cerca de 800 pilotos e comissários serão dispensados, número que a empresa pretende atingir através de um programa de demissão voluntária e de licença não remunerada. A previsão inicial era de mil demitidos.

A empresa tem sofrido com o que a Brasil Plural chama dos “quatro cavaleiros” que ameaçam o setor globalmente: inflação de combustíveis, necessidade de capital intensivo, fardos regulatórios e pressões trabalhistas. Como mostram os números, a TAM é desproporcionalmente afetada por este último problema, além do desaquecimento da demanda doméstica e pressões de custo por causa do aumento do dólar.

As demissões são uma adaptação da companhia para esta nova realidade: a TAM já diminuiu em 12% sua capacidade desde 2011. Em maio deste ano, Marco Antonio Bologna se tornou presidente da holding e Claudia Sender assumiu a presidência da empresa. Um de seus desafios é voltar a deixar os voos da empresa cheios – de passageiros, é claro.

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