Negócios

SulAmérica busca reduzir uso do seguro saúde

Para a empresa, quantidade de pessoas que acionam o seguro saúde está acima do esperado

SulAmérica: no segundo trimestre, os prêmios de seguro saúde totalizaram 1,3 bilhão de reais  (.)

SulAmérica: no segundo trimestre, os prêmios de seguro saúde totalizaram 1,3 bilhão de reais (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - A SulAmérica está preocupada com a intensidade com que os clientes estão acionando o seguro saúde, e estuda medidas para aliviar essa pressão. O objetivo é trazer a taxa de sinistro desse segmento para a média esperada pela empresa. "Esperamos que isso vá se normalizar", disse Thomaz Menezes, presidente da seguradora.

A taxa de sinistros do segmento de saúde (o total pago em coberturas de ocorrências dos clientes) atingiu 85,8% no segundo trimestre - um incremento de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado. Já o índice geral de sinistralidade da empresa foi de 76,8% no trimestre. A taxa indica uma queda de 1,9 ponto percentual em relação à comparação.

O que contribuiu para reduzir a média foi o seguro automotivo, com taxa de sinistro de 57,9% - uma melhora de 5,4 pontos na comparação.

Ajustes

Em teleconferência de apresentação de resultados nesta segunda-feira (9/8), a seguradora atribuiu o aumento do uso do seguro saúde a alguns fatores (leia a cobertura da teleconferência). Entre eles, estariam o aumento de tecnologia, da maior demanda por novos serviços e da melhora no atendimento como um todo.

A SulAmérica já estabeleceu medidas para analisar a esse aumento de frequência com maior profundidade. Entre elas, estão a auditoria em contas médicas, a revisão da rede de prestadores e a revisão de pedidos de pagamento. As medidas serão implementadas ainda em agosto. O objetivo é baixar a utilização e a frequência aos níveis esperados.

No segundo trimestre, os prêmios de seguro saúde totalizaram 1,3 bilhão de reais. Eles cresceram 15,7% em relação ao mesmo período de 2009. Os prêmios correspondem à receita gerada por esse segmento para a seguradora.

 


BrasilVeículos

No final de maio, a SulAmérica vendeu sua participação na BrasilVeículos e comprou na BrasilSaúde. No início do mês, o Banco do Brasil havia fechado um acordo com a seguradora Mapfre para a área de automóveis - os espanhóis adquiram a fatia da SulAmérica na BrasilVeículos. O negócio respondia por mais de 10% das receitas da empresa na época.

A SulAmérica vai continuar, por seis meses e meio, prestando serviços para a BrasilVeículos no mesmo formato que o atual. Depois desse período, continuará a prestação de serviços por cerca de 20 meses, no total. A empresa afirma que já se prepara para o fim desse processo desde outubro de 2009.

Hoje, a cobrança desses serviços é um percentual sobre o prêmio retido da BrasilVeículos A empresa espera, nesse cronograma, uma redução da despesa administrativa e da mão-de-obra, por exemplo. A expectativa da SulAmérica é manter a sinistralidade um pouco acima da atual, mas sem entrar em guerras de preços no segundo semestre.

 


Acompanhe tudo sobre:América LatinaAutoindústriaCarrosDados de BrasilEmpresasPar CorretoraSaúdeSegurossetor-de-segurosSulAméricaVeículos

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024