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Stefanini já está em 39 países – e quer chegar ainda mais longe

A companhia anunciou que pretende fazer mais de uma aquisição fora do país no próximo ano

Marco Stefanini: "a gente entende que ainda tem muito espaço para ganhar" (Stefanini/Divulgação)

Luísa Melo

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 17h18.

Última atualização em 1 de dezembro de 2016 às 18h03.

São Paulo - Presente em 39 países que falam 35 línguas diferentes, a provedora brasileira de soluções em TI Stefanini ainda não se cansou de avançar sobre territórios estrangeiros.

"Independentemente dos movimentos políticos fora do Brasil, que demonstram um contrafluxo na globalização (como o Brexit e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos), a gente entende que ainda tem muito espaço para ganhar", afirmou o presidente global do grupo, Marco Stefanini.

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Ele revelou que pretende fazer mais de uma aquisição fora do país no próximo ano. Já estão no radar aproximadamente 20 empresas da China, Reino Unido e Suíça.

No curtíssimo prazo, porém, nenhum anúncio será feito. Novidades devem ser divulgadas somente daqui a quatro ou seis meses, contou o executivo.

A multinacional deve encerrar 2016 com 2,6 bilhões em vendas, quantia em linha com a registrada no ano passado. A margem de lucro esperada é de cerca de 10%.

Hoje, pouco mais da metade de sua receita vem das unidades internacionais ou exportações.

Para 2017, a expectativa é de um desempenho melhor, de crescimento orgânico de 10% a 12% e, incluindo novas compras, de aumento de até 20% no faturamento.

Na definição de Stefanini, com a instabilidade econômica e política no Brasil e também em menor grau na América Latina, 2016 foi um ano "daqueles em que se trabalha para colher resultados futuro".

"Este foi um ano de ajustes para melhorar a gestão para que a gente volte a crescer significativamente em 2017, mesmo dentro de um cenário desafiador", disse.

A empresa mudou estruturas de algumas áreas, cortou custos e trocou pessoas de funções, por exemplo, na busca por mais eficiência.

Resultados

A Stefanini Brasil, isolada, deve apresentar um avanço de 18% no faturamento em 2016, contra 20% em 2015. A filial Argentina deve crescer 40%.

Mas o desempenho fraco de algumas subsidiárias do grupo prejudicou o resultado consolidado. A Orbittal, comprada do Itaú em 2012, foi uma das que encolheram.

A companhia, que vende plataformas de processamento de cartões de crédito, perdeu um grande cliente neste ano, um contrato que já estava previsto para encerrar.

Seus produtos, porém, foram atualizados e ela passará a oferecer uma plataforma digital completa para bancos de pequeno e médio porte, que vai suportar desde serviços administrativos até os cartões.

"Essa é uma ótima notícia para o próximo ano", comemorou Stefanini.

O executivo também celebra a recém-firmada joint venture com a empresa de defesa israelense Rafael, na qual o grupo tem uma participação de 60%.

A ideia é aplicar as tecnologias militares de satélite e drones da parceira, usadas originalmente para derrubar mísseis, a serviços de segurança cibernética e de automação industrial.

"Isso não nos traz nenhum faturamento agora, mas é uma promessa para o futuro", afirmou.

Outro movimento importante feito em 2016 foi a compra da colombiana Sysma, que fornece sistemas ERP para o governo daquele país. Ela foi incorporada pela Stefanini Colômbia, braço com maior destaque na América Latina.

Entre aquisições, novas plataformas e estratégias para inovação, o grupo investiu cerca de 100 milhões de reais neste ano. Para 2017, ainda não há orçamento, os aportes vão depender das oportunidades de expansão.

As compras são financiadas com o dinheiro em caixa e com dívidas tomadas no exterior. Uma abertura de capital não está nos planos, por enquanto, mas também não é descartada, de acordo com Marco Stefanini.

Ele considera a possibilidade de se unir a outro investidor (como fundos) caso apareça a chance de adquirir uma empresa de grande porte.

O grupo Stefanini tem 21.200 funcionários em 98 escritórios pelo mundo, 12.000 deles na operação local. Segundo ranking da Fundação Dom Cabral, ela é a quinta companhia brasileira com maior presença fora do país, à frente de nomes como JBS e Gerdau.

Acompanhe tudo sobre:ExportaçõesFusões e AquisiçõesResultadoStefaniniTecnologia da informação

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