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Souza Cruz: mudança nos ingredientes do fumo dará abertura para comércio ilícito

Para companhia, restrições novas restrições impostas pela Anvisa pode favorecer mercado ilegal de cigarro

Souza Cruz: companhia teme novas restrições da Anvisa  (Germano Lüders/EXAME.com)

Souza Cruz: companhia teme novas restrições da Anvisa (Germano Lüders/EXAME.com)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 4 de julho de 2012 às 21h09.

São Paulo - As decisões recentes impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - de restringir alguns ingredientes no cigarro - deve atrapalhar o desempelho da Souza Cruz no país.

Segundo Andrea Martini, presidente da empresa, a medida de dar abertura para o mercado ilícito de fumo. "Já temos contra nós os impostos e agora essa nova mudança deve impactar novamente nossas operações", afirmou o executivo a EXAME.com.

A Anvisa proibiu recentemente algumas substancias nos cigarros, como aroma e sabores. "Em alguns casos, a mudança nos ingredientes chega a ser de 95%. Temos até setembro do próximo ano para nos adequarmos a essa nova realidade", disse Martini.

O mercado ilegal de fumo no país representa 28% do setor e o número é alto na avaliação do presidente da Souza Cruz. 

No ano passado, as vendas da Souza Cruz caíram 3% na comparação com 2010, mesmo assim a companhia conseguiu lucrar mais no período. A companhia de fumo foi eleita, pelo segundo ano seguido, a melhor companhia de bens de consumo, da edição especial Melhores e Maiores de EXAME.

No ano passado, as vendas da companhia somaram 3 bilhões de dólares. Já o lucro líquido totalizou 805,3 milhões de dólares, 10,5% maior em relação a 2010.

A companhia é uma das melhores no ranking de rentabilidade de EXAME, com 40,8% de retorno do investimento obtido no ano. Outro destaque da companhia é a riqueza criada por empregado, que atingiu, no ano passado, 786.597 dólares.

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