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Sony cresce no Brasil e enfrenta dificuldades no mundo

Receitas da operação brasileira mais do que quadruplicaram na comparação com 2012 com crescimento das vendas de smartphones


	Sony Mobile: empresa enfrenta dificuldades para lucrar com o segmento móvel em outros países
 (Divulgação/Sony)

Sony Mobile: empresa enfrenta dificuldades para lucrar com o segmento móvel em outros países (Divulgação/Sony)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 12h34.

Rio de Janeiro - As receitas da operação brasileira da Sony Mobile quadruplicaram no ano passado, ampliando sua relevância nos negócios globais da japonesa Sony, que enfrenta dificuldades para lucrar com o segmento móvel em outros países.

Segundo o presidente da Sony Mobile do Brasil, Ricardo Junqueira, em 2013 as receitas da operação brasileira mais do que quadruplicaram na comparação com 2012 devido ao crescimento das vendas de smartphones. Ele não deu detalhes.

No mundo, as receitas consolidadas da Sony Corp somaram 72 bilhões de dólares no ano fiscal de 2013 encerrado em março, alta anual de 14,3 por cento. O segmento mobile respondeu por 15,3 bilhões de dólares, alta de 29,7 por cento.

Segundo ranking da consultoria Teleco, com base em dados da IDC, a Sony não está entre as oito maiores do mercado global de smartphones.

Para ampliar sua fatia no Brasil, a empresa está apostando em smartphones mais simples à prova d'água, capacidade anteriormente restrita a aparelhos top de linha, tablets de tamanho menor e maior durabilidade de bateria, disse Junqueira.

Alguns dos lançamentos recentes à prova d'água foram os smartphones e tablets Xperia Z3. Foi lançado ainda o Xperia M2 Aqua, o primeiro aparelho intermediário à prova d'água.

"No ano passado, a operação brasileira passou a ter importância grande (dentro da empresa)", disse Junqueira.

Segundo o executivo, esse aumento ocorreu porque a partir do ano passado a matriz passou a dar mais atenção ao mercado brasileiro, o que permitiu à marca lançar no país modelos até então restritos ao exterior. "Conseguimos trazer para o país uma linha de produtos na faixa de preços que antes não atingíamos, com aparelhos de entrada a 499 reais", disse, lembrando que os top de linha podem chegar a 2,6 mil reais.

A Sony também ampliou o portfólio de aparelhos produzidos no Brasil. Segundo Junqueira, a fábrica que a companhia tinha no país não conseguiu acompanhar o aumento da demanda. "Abrimos a segunda fábrica em janeiro no interior de São Paulo", disse.

A aposta continua sendo a plataforma Android, do Google, porém, a Sony Mobile não descarta novidades em termos de sistema operacional. "A Sony está aberta a analisar outras plataformas", declarou Junqueira, sem dar detalhes.

De acordo com a consultoria IDC, foram vendidos 35,6 milhões de smartphones no Brasil em 2013, crescimento de 123 por cento frente ao ano anterior. A consultoria ainda não divulgou dados deste ano, mas a previsão é de crescimento de 30 por cento.

Apesar do avanço em mercados como o Brasil, a Sony Mobile vem enfrentando dificuldades no mundo. A Sony alertou em julho que não espera lucrar com smartphones este ano, citando a fraca demanda global.

Em julho, a companhia reduziu sua meta de vendas de smartphones no mundo de 50 milhões para 43 milhões de unidades em 2014.

A meta anterior foi considerada "um pouco agressiva" pelo diretor de planejamento Hiroki Totoki.

Uma das marcas japonesas mais conhecidas, a Sony luta para tirar sua divisão de eletrônicos do vermelho.

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