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Softbank tem lucro de US$ 12 bi, mas esconde resultado operacional

O ganho seria um alívio após as perdas recordes registradas no trimestre anterior, de 8,9 bilhões de dólares, após a queda de valor no Uber e WeWork

Masayoshi Son, do Softbank: grupo deixou de apresentar o resultado operacional (Kim Kyung-Hoon/File Photo/Reuters)

Masayoshi Son, do Softbank: grupo deixou de apresentar o resultado operacional (Kim Kyung-Hoon/File Photo/Reuters)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 11 de agosto de 2020 às 12h59.

Última atualização em 11 de agosto de 2020 às 13h00.

O Softbank, conglomerado japonês liderado por Masayoshi Son, divulgou hoje seus resultados trimestrais. O lucro líquido cresceu 12%, para 1,3 trilhão de ienes ou 12,3 bilhões de dólares, no trimestre de abril a junho. Parte dos ganhos do Softbank vêm da fusão da norte-americana Sprint com a T-Mobile nos Estados Unidos e a consequente venda das ações do Softbank na T-Mobile.

O ganho seria um alívio após as perdas recordes registradas no trimestre anterior, de 8,9 bilhões de dólares após a queda de valor de uma de suas grandes apostas, a empresa de compartilhamento de escritórios WeWork.

A gigante de tecnologia, no entanto, não divulgou o lucro operacional, dizendo que não "era uma medida útil" para avaliar a performance dos investimentos do conglomerado. Como consequência, as ações estão em queda de 2,12%, ao meio dia (horário no Brasil).

O fundo de investimentos Vision Fund, de 100 bilhões de dólares aplicados em empresas como Oyo, Gympass, Creditas e Loggi, teve um ganho de 297 bilhões de ienes, ou 2,8 bilhões de dólares no trimestre, depois que a empresa vendeu alguns ativos e reavaliou o valor de seu portfólio para cima.

O Softbank enfrentou críticas por conta de alguns de seus maiores investimentos, como a plataforma de mobilidade Uber e a empresa de compartilhamento de escritórios WeWork, avaliadas por analistas como tendo valores acima do real e modelos de negócio sem lucro.

A empresa planeja vender cerca de 41 bilhões de dólares em ações para diminuir dívidas e levantar caixa - para o presidente Masayoshi Son, as ações do conglomerado estavam muito abaixo de seu valor ideal. A estratégia de acumular caixa deve se manter nos próximos meses como uma força de proteção contra a pandemia do novo coronavírus. Para Son, "defesa é essencial numa batalha. Para o Softbank, que tem diversas dívidas, a defesa é caixa", disse ele na apresentação dos resultados.

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